quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A proscrição de José Dirceu

Por Dalva Teodorescu

Essa história de da mídia demonizar José Dirceu, chegando a estigmatiza-lo, como se fosse um pária ou um “leproso”, como se dizia no século dezenove, também tem que começar a mudar.

Não vou aqui defender possíveis faltas de José Dirceu. E penso que por ser muito visado deveria tomar cuidado duplo com que fala.

Mas é preciso reconhecer que o ex-ministro está respondendo a um processo na justiça e ainda não foi julgado. Sem provas nem julgamento, não se pode proscrever ninguém.
Nunca ouvi falar que Dirceu beneficiou um próximo, família ou não. Nem que enriqueceu com cargos no governo.

Vejo denúncias de que o ex-ministro presta assessoria para empresas. E o acusam de fazer lobby. Como se estivesse impedido de atividades profissionais. Nunca provaram que essas atividades eram ilegais.

Por isso é um abuso e um desrespeito, inclusive com a justiça, quando a oposição usa a imagem de Dirceu como se ele fosse um perigoso criminoso. Um proscrito
Penso que é necessário virar a mesa dessa imagem que busca cristalizar José Dirceu como um demônio, antes ser julgado culpado.

Não quer dizer que tenha que ocupar cargo num possível governo petista, antes do veredicto judiciário, mas daí a bani-lo, me parece um absurdo, gostem ou não do ex-ministro e de controvertido temperamento .

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