quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Boas Festas!

Pessoas de Fibra: Feliz Natal e Próspero Ano Novo!!!

Dois vídeos de presente pra vocês: o primeiro um presente enviado pela amiga Soraia e o segundo, bem, só para encher nossos corações com o espírito natalino.






Hare Krishna, Saravá, Oxalá !!! Seja bem-vindo 2011

E aguardem, voltaremos "repaginadas".

Abraços, boas festas e até lá !!!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O Debate dos Blogueiros Progressistas do Rio

Por Miguel do Rosário
Direto de Gonzum

Os blogueiros progressistas do Rio de Janeiro continuam botando a mão na massa e trabalhando. No dia 18 de dezembro, um sábado quente e modorrento, a uma semana do Natal, conseguimos reunir mais de sessenta pessoas, inclusive de outros estados, inclusive os guerreiros da Rede Liberdade, para um debate sobre a função política da blogosfera à luz da nova correlação de forças criada pela eleição de Dilma Rousseff. Organizamos tudo na marra, sem patrocínio. Eu, um reles blogueiro desempregado, botei uma boa grana do próprio bolso; e não só eu, vários outros companheiros o fizeram; como sempre a blogosfera demonstrou generosidade, idealismo e disposição para fazer acontecer. Valeu a pena. É o tipo de investimento que você faz com orgulho. Alugamos o auditório do Sindicato dos Bancários, que possuía um bom sistema de ar-condicionado e bebedouro com água mineral (fatores fundamentais nessa época do ano no Rio…), compramos garrafas térmicas para servir café, chocolate, amendoins, biscoitinhos doces e salgados. Não tem preço ficar de frente, tocar e abraçar aqueles idealistas, de olhos bondosos e puros, que outros chamam de “sujos” e que agora alguns tentam destruir a golpes de pedantismo.

Houve problemas com o som e com a internet. Um companheiro nosso que deveria trazer o som, não o fez, e tivemos que falar sem microfone, o que não foi problema por se tratar de um auditório com excelente acústica. Também não foi possível fazer a transmissão online via internet, igualmente por incompetência nossa, que nos esforçaremos para que não se repita em eventos futuros.

Fabiano Santos, um cientista político de primeira grandeza, do Iupesp-UERJ, abriu o debate com uma brilhante exposição sobre o momento político brasileiro. Relatou, em primeiro lugar, como mergulhou de cabeça na blogosfera, após sentir-se ofendido com matéria publicada num grande jornal do Rio, que atacava o instituto onde ele trabalhava, o Iuperj. Passou a ser um consumidor de blogs, começando pelo do Nassif.

Fabiano Santos elogiou o termo “progressista”, conceito que, segundo ele, contava com sua total simpatia, como aliás deixou claro ao aceitar prontamente o convite que lhe fiz de participar do evento e pela seriedade com que desempenhou sua tarefa. O cientista elogiou muito a contribuição dos blogueiros progressistas no sentido de ampliar o debate democrático no país.

Santos analisou a função da blogosfera política nas eleições e discorreu sobre as perspectivas eleitorais futuras. Uma das funções seria a reiteração ideológica, onde o indivíduo encontraria em alguns blogs uma visão parecida. Este fator, segundo ele, tem relevância política porque fornece argumentos e autoconfiança para um determinado núcleo duro, de pessoas interessadas no assunto, que são procuradas pela maioria, que apenas se interessa por política durante o momento eleitoral.

Outra função, que seria a ideal, seria a de persuadir, e eventualmente mudar o voto de uma pessoa.
Santos disse acreditar, no entanto, que a primeira função seria mais comum na blogosfera de esquerda atual.

Em seguida, ele fez considerações de ordem propriamente política-eleitoral-partidária. Lembrou a tese de seu pai, Wanderley Guilherme dos Santos, de que há uma possiblidade forte de união entre Aécio Neves e lideranças do PSB, e mesmo de outros partidos, sobretudo porque muitos estão se sentindo “órfãos” na divisão de poder entre PT e PMDB. Lembrou que da mesma forma que o PT se aliou ao PL, o PSB pode se aliar ao PSDB. A diferença (e aqui vai minha opinião, embora eu ache que o Fabiano concordaria com ela) é que, no caso da dupla PT X PL, a esquerda vinha na cabeça, enquanto a chapa PSDB X PSB teria um perfil hegemonicamente conservador.

Respondendo a uma pergunta minha, Santos apontou mais um desafio para a esquerda: lidar com o avanço das bandeiras conservadoras gerado pela ascensão social de um número grande de pessoas. A partir do momento em que se amplia o tamanho da classe média, outras demandas se impõem, entre elas, a discussão sobre a carga tributária.

Santos observou, todavia, que esses dilemas, hoje muito prementes entre a esquerda européia (onde a classe trabalhadora que votava na esquerda hoje vota na direita pelas mesmas razões), ainda demorarão a se tornar tão aguçados no Brasil. Observação minha: não vão demorar tanto, ainda mais porque a mídia já identificou esses possíveis ponto-fracos da esquerda e vem trabalhando com afinco para satanizar a cobrança de impostos (o que não é difícil, visto que ninguém gosta de pagar imposto; de maneira que a pregação tem um quê de irresponsabilidade republicana, bem típica do tipo de direita que temos no Brasil). Outra observação é que isso é processo político normal e inevitável e se a esquerda não souber enfrentar essa luta com sabedoria, merecerá a derrota.

O cientista disse ainda que a imprensa grande é conservadora no mundo inteiro, com raras exceções. Eu lembrei das exceções: França e Itália, onde temos grande imprensa de esquerda, mas em todos os países americanos, mídia grande é ligada aos partidos conservadores.

Bemvindo Sequeira falou em seguida. Lembrou do tempo em que foi diretor do sindicato dos artistas, e sofria na mão de uma ultra-minoria ultra-esquerdista que sabotava sistematicamente as convenções, forçando as melhores cabeças a irem embora para casa, depois do que eles assumiam as votações e aprovavam bandeiras radicais, inconvenientes e contraproducentes.

O ator contou a história do grupo Rede Liberdade, que promove encontros virtuais, entrevistas, festas, e outros eventos.

Sequeira, como era de se esperar, extraiu fortes risadas da plateia com sua irreverência livre e inteligente. Socialista maduro, responsável, positivamente astuto, o ator e comediante também fez uma bela defesa da liberdade de expressão nos debates políticos, ou seja, do não-patrulhamento, e a tolerância para com a opinião divergente. A harmonia carinhosa entre ele, que defende a ação do governo estadual e federal no Complexo do Alemão, e o cartunista Latuff (a seu lado na mesa), que a critica ferinamente, era um exemplo maravilhoso e concreto. É possível discordar sem rancor.

Latuff dedicou grande parte de seu tempo a criticar a ação do Estado no Complexo do Alemão. Apesar d’eu discordar dele, compreendo e até apoio (por mais paradoxal que isso possa parecer) a manifestação de Latuff. De fato, a mídia produziu um consenso assustador nesse caso. O Globo deixou bem claro o que pode fazer quando “gosta” de uma determinada ação governamental: abraça-a com a mesma violência manipuladora e exagerada que usa para atacar ações que não gosta. Mesmo apoiando a ação, eu adverti por aqui a minha profunda discordância do tom salvacionista adotado pela Globo para descrever a ação.

O fato, porém, é que os principais movimentos sociais ligados às favelas apoiaram a invasão do Alemão pelo exército e polícia, mas todos tivemos muito medo de uma carnificina e por isso mesmo houve uma grande mobilização para que fosse tomado extremo cuidado para com os direitos humanos. A bem da verdade, a própria presença maciça dos canais de tv ajudou a evitar um banho de sangue. A mídia, conservadora ou não, é importante neste caso, porque permite à sociedade vigiar de perto o poder público.

Depois do evento, uma parte dos blogueiros progressistas confraternizaram no Bar do Gomes, na Lapa, que eu e meus amigos chamamos ainda pelo nome antigo: o Ceará. Rodrigo Brandão, Arles, Rô, Latuff, o Betinho de BH, e vários outros. Havia um objetivo de confabular sobre o Encontro Regional, mas a bem da verdade, a gente usou o tempo para falar genericamente de política, relembrar anedotas, trocar impressões, ou simplesmente falar besteira.

O Emir Sader, que participaria do debate, mas não pode fazê-lo por estar em Foz do Iguaçu, num evento de lideranças da América Latina, mandou-nos uma cartinha:


"Caros blogueiros, caros companheiros e amigos


Impossibilitado de participar desse importante debate, mando um abraço a todos. Terminamos um ano e uma década muito importantes para o Brasil e a América Latina. Começamos a construir alternativas ao neoliberalismo – ao reino do dinheiro, do tudo se vende, tudo se compra, e, que tudo tem preço – para começar a entender e a colocar em prática o principio democratico de que o essencial não tem preço. E o essencial são os direitos de todos.
No plano da comunicação, nossa ação guerrilheira surte efeitos e nos anima a seguir adiante. Mas não devemos ter ilusões; lutamos contra Exércitos regulares, com um poder de fogo muito superior ao nosso.
Estamos coseguindo demonstrar a superioridade politica, cultural e moral, do plurairismo, da diversidade, da multiplicação de vozes – princípios em que deve se assentar uma politica democrática de comunicação social.

Com debates como esse, vamos estabelecendo os elos desse nova politica.

Sou apenas mais um da nossa turma.

Um abraço.
Emir Sader "

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Lula bate novo recorde de aprovação de acordo com pesquisa CNI/Ibope

CANAL RURAL :

Política | 16/12/2010 | 17h59min



O governo Lula bateu novo recorde de aprovação, segundo pesquisa do Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria. O levantamento também revela a expectativa dos brasileiros em relação ao governo Dilma. A maioria está otimista.

Dos entrevistados, 62% acreditam que a presidente eleita fará um governo ótimo ou bom, enquanto 19% crêem que será regular, 11% não sabem ou não responderam, e 9% disseram que a gestão será ruim ou péssima.

Em comparação ao atual governo, 58% dos questionados acreditam que Dilma fará uma gestão igual, 18% melhor, e 14% pior do que a atual. Cerca de 10% não sabem ou não responderam.

O levantamento mostra ainda o governo Lula com 80% de aprovação, o maior resultado alcançado pelo presidente ao longo dos oito anos de mandato. Dos entrevistados, 16% classificaram a gestão como regular e 4% como ruim ou péssima.

A avaliação do presidente também superou as pesquisas anteriores: Lula chega ao fim do mandato com 87% de aprovação. No Nordeste, o índice vai a 95%, contra 80% no Sul, 85% no Sudeste e 90% no Centro-Oeste e Norte do país.

A recondução do ministro Temporão na cota dos profissionais de saúde

Dalva Teodorescu

Essa história de nomear ministro por cota de partidos da coalizão é um dos absurdos da política brasileira que deve ser sanado na necessária reforma política.

Quando leio que a presidente eleita vai nomear um determinado ministro na sua cota pessoal fico pasma.

Todos os ministros deveriam ser escolhidos por sua competência e a confiança que inspira na presidente eleita.

Se foi o caso com os ministros da área econômica, não o foi para os outros ministériso, onde o fisiologismo pareceu imperar.

A nomeação do senador Garibaldi Alves para o importante ministério da Previdência é patético e uma ilustração exemplar.

Preocupa os profissionais da saúde pública a nomeação do futuro ministro da Saúde.

Muitos gostariam que o ministro Temporão permanecesse no cargo. Esse é também o ponto de vista de muitos petistas e, pasmem, do jornal O Estado de São Paulo que reconhece os feitos do atual ministro.

Com o pouco de verba o ministro fez o que pode na pasta da saúde. A extinção da CPMF impediu a realização do PAC da Saúde. Por outro lado, o ministro não contou com apoio político no congresso e não conseguiu que muitos de seus projetos para a saúde fossem votados.

Reconduzir o ministro José Gomes Temporão para a pasta da Saúde por conta da cota dos eleitores e profissionais da saúde, que muito batalharam pela vitória da presidente eleita, parece coerente e lógico.

Nesse caso, a presidente eleita Dilma Rousseff teria que dar todo o apoio político e os recursos necessários para o ministro levar a termo as reformas na área da saúde para o fortalecimento do SUS.

Procura se um prefeito para São Paulo

Por Dalva Teodorescu

Por esses dias ouvi de um passante que nós paulistanos estamos sem prefeito.
De veras, nunca antes se viu tanto descaso com a cidade que se desumaniza a cada dia.

Há poucos anos atrás era um prazer nos domingos frescos e vazios caminhar pela av. Brigadeiro Luiz Antonio e chegar ao centro antigo da cidade, apreciando os antigos teatros e centros culturais. Tudo isso acabou.

Nos domingos e feriados um tapete humano se forma ao longo da velha Brigadeiro. Pedintes, moradores de rua, bêbados, crianças maltrapilhas ocupam a cidade. Ficou perigoso para os moradores andar a pé nos fins de semana, nos arredores dessa avenida.

O prefeito Kassabe fechou alguns albergues do centro e expulsou a população de rua dos arredores da região central e, na falta de uma política habitacional e ocupacional adequada, essa população emigrou para a região dos jardins, que virou terra de ninguém.

Nas alamedas do Jardim Paulista as calçadas estão um caos. Cada prédio tem seu pedaço de calçada, um mais feio e mais esburacado que o outro. A força de ceder espaço para os carros, as calçadas ficaram estreitas e foram ocupadas por postes de fio elétrico. Não sobrou espaço para o pedestre.

Atravessar um cruzamento nessas alamedas mais que um desafio é um risco. A prioridade absoluta dos faróis para os carros deixa os pedestres reféns da CET e é preciso paciência e longos minutos de espera.

Em contrapartida, o farol abre alguns segundos para os passantes e é preciso correr para conseguir atravessar a tempo, sem ser atropelado. Mortes por atropelamento na Av. Brigadeiro Luis Antonio com a Paulista é frequente.

Em alguns cruzamentos, como na Alameda Joaquim Eugênio de Lima com a Alameda Santos, nem farol para pedestre tem. E tudo isso parece normal.

A Avenida Paulista, que tanto encanta os paulistanos, está sendo estigmatizada pelos ataques aos homossexuais.

Sem contar a sujeira e o desmazelo com os bens comuns, como as lixeiras constantemente quebradas e trasbordando de lixo.

Em volta de viagem ao Rio de Janeiro, que está vivendo um momento promissor, é ainda maior a percepção de que as coisas não andam bem por aqui.

Não. São Paulo não é só isso. São Paulo não é uma cidade conservadora por natureza. A cidade está vivendo um baixo astral porque está abandonada. Sim, um baixo astral e está na hora de dar um basta a isto e retomar seu lugar de vanguarda.

Estamos falando da região nobre. O que dizer das enchentes e dos desmoronamentos de moradias dos bairros periféricos, que um subprefeito da zona leste justificou como sendo por falta de rede de esgotos na região. Como se a maior parte dos bairros de São Paulo fossem servidos por rede de esgoto!

Ninguém ouve nem vê o Prefeito falar sobre essas mazelas. Ninguém cobra do prefeito do DEM que se ocupe da cidade que o elegeu.

O prefeito está mais preocupado em fazer tramoia na câmera de vereadores para garantir seu futuro político e sair candidato a governador do estado.

Esqueceu que só articulação política não elege ninguém, é preciso mostrar governabilidade coisa que parece não preocupar o prefeito.

Não Kassab, o Paulistano não vai te dar um cheque em branco, como ocorreu nas eleições de 2008, quando o povo votou num bonequinho criado para compensar a sua falta de carisma.

Agora, todo mundo já sabe que prefeito é o Kassab.

A prisão de Julian Assange expõe os limites da livre expressão nos EUA

Por Dalva Teodorescu

A Corte Suprema de Londres validou hoje o pedido de liberdade condicional de Julian Assange, cofundador e porte-voz do site WikiLeaks. Uma primeira demanda já tinha sido aceita na terça-feira por um tribunal de Westminster, mas o procurador tinha recorrido contra essa decisão.

A prisão de Julian Assange contraria todos os princípios ocidentais de liberdade de expressão. Curiosamente a imprensa brasileira não prega uma defesa clara de WikiLeaks.

Ao contrário, o Estadão, em editorial, defendeu que a prisão de Assange não tem nada a ver com a divulgação dos segredos da diplomacia americana e sim com as acusações de estupro e assédio sexual a duas mulheres na Suécia

Ninguém acreditou nessas acusações nem no motivo da prisão.

Só o Jornal do Dr. Ruy que justifica suas convicções pelo fato de que, em 1971, documentos secretos do Departamento de Defesa Americana foram vazadose, na ocasião, a Suprema Corte dos EUA decidiu a favor do jornal The New York Times, que divulgou os documentos do Pentágono.

Às vezes me pergunto por que o Jornal o Estado de São Paulo tem tanta boa vontade em relação aos EUA. A complascencia chega à servilidade.

O Jornal não diz que os EUA bisbilhotaram ou investigaram países amigos e inimigos, mas sim “Os EUA se interessaram em saber...”.

Todos sabem que a liberdade de expressão nos Estados Unidos, em muitos casos, é “razão de Estado” e a imprensa americana convive bem com isso.

Durante a guerra do Iraque os repórteres americanos só mostravam o que o exército autorizava. As imagens veiculadas pela imprensa americana não correspondiam em nada à veiculadas pelos meios de comunicação europeus, muitas recebidas pela TV Qatar, Al Jazeera.

Mas, aos olhos de parte da imprensa brasileira, quando se trata dos Estados Unidos, tudo isso é normal.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Lula é Papai Noel dos gays, diz presidente da ABGLT

Deu na Folha on Line : 15/12/2010 - 16h59
Lula é Papai Noel dos gays, diz presidente da ABGLT

LARISSA GUIMARÃES
DE BRASÍLIA

Em encontro com os movimentos sociais nesta quarta-feira, o presidente Lula foi chamado de "Papai Noel dos gays".

Ao discursar durante o evento, o presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), Toni Reis, lembrou que nesta semana o governo decidiu que casais gays, em união estável, podem declarar o Imposto de Renda juntos.

Também nesta semana, o governo decidiu criar um conselho nacional voltado ao movimento gay com a função de combater a homofobia e promover os direitos dessa comunidade.

"O Lula é muito gente boa. Tem até a barba branca, é o Papai Noel dos gays", afirmou, arrancando gargalhadas da plateia, composta por lideranças do movimento social.

O presidente da ABGLT, no entanto, lembrou que tem crescido manifestações homofóbicas no país, como os recentes ataques a homossexuais na avenida Paulista. Ele reclamou também da atuação do Legislativo. "O Executivo bancou muitas coisas, mas o Legislativo está em falta com a gente", criticou.

Ao fim do discurso, Reis entregou a Lula uma bandeira com as cores do arco-íris, do movimento gay.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Em Cancun, Kátia Abreu recebe Motosserra de Ouro

Com a dica de um de nossos seguidores de fibra Rinaldo:
Da Rede Brasil Atual
Por João Peres

São Paulo - A líder da bancada do agronegócio no Congresso Nacional, senadora Kátia Abreu (DEM-TO), recebeu nesta quarta-feira (8) a "Motosserra de Ouro". A premiação dispensada por movimentos sociais e organizações não-governamentais aos personagens da sociedade que, na avaliação deles, mais colaboraram para o desmatamento.


A inusitada entrega ocorreu em Cancun, no México, onde lideranças de todo o mundo debatem caminhos para reduzir efeitos do aquecimento global na 16ª Conferência das Partes (COP-16) sobre Clima da Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo o Canal do Produtor, página oficial da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a senadora e outros representantes do agronegócio estão no local para promover palestras sobre a visão do empresariado rural brasileiro em torno do tema.



Neste ano, a CNA organizou um encontro em São Paulo no qual reuniu especialistas que, por um lado, duvidam da existência do aquecimento global e, por outro, afirmam que haverá efeitos positivos no fenômeno, como, por exemplo, o fato de que menos mortes serão provocadas pelo frio.

Nesta quarta, a senadora desprezou o agrado, que seria entregue por uma ativista do movimento indígena da Amazônia em parceria com o Greenpeace. De acordo com a ONG, a condecoração é uma lembrança aos parlamentares de que a tentativa de revogar o Código Florestal significa um retrocesso às políticas de combate ao desmatamento. “Se o Brasil legalizar mais desmatamentos, o custo da conservação aumentará muito e pode tornar a aplicação do REDD no Brasil inviável”, explica André Muggiati, representante da Campanha Amazônia do Greenpeace na COP-16.

Esta semana, parlamentares ligados ao agronegócio tentaram colocar novamente em votação no plenário da Câmara a matéria relatada pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que prevê redução da área de preservação dentro de propriedades e redução das faixas de conservação de árvores à beira de lagos e rios, entre outras questões. A tentativa de votar o texto, novamente rechaçada por deputados de diversos partidos, contraria acordo acertado durante as eleições, pelo qual só deveria haver apreciação em plenário na próxima legislatura, que se inicia no ano que vem.

Assassinato colateral: militares dos EUA matam civis - 2007

Por Stanley Burburinho

Wikileaks...

Vídeos com legenda em português que mostram um helicóptero matando civis (jornalistas da Reuters), ferindo crianças e um tanque passando em cima de um corpo e, no rádio, os americanos acham graça.

Veja que o piloto do helicóptero implora para atirar contra as pessoas. Atira depois de autorizado e ri quando vê que estão todos mortos. Todos os mortos eram civis. Nenhum portava armas como afirmava o atirador ao seu superior para conseguir a permissão.

Os vídeos estão com legenda em português.


1 – Parte 1: Assassinato Colateral: Militares dos EUA matam civis - (PT-BR)




2 – Parte 2: Assassinato Colateral: Militares dos EUA matam civis – (PT-BR)


terça-feira, 7 de dezembro de 2010

De CartaCapital

De Antonio Luiz M.C.Costa, editor de internacional de CartaCapital, sobre o cerco a Wikileaks


O Ocidente tem dificuldade cada vez maior em conviver com os direitos e garantias em nome dos quais julga ter o dever de impor sua vontade ao resto do mundo.

Sente cada vez mais a necessidade de leis de exceção e estados de exceção, que pouco a pouco viram regra. O mundo vai descobrindo que é ilusório confiar na Internet como garantia de liberdade de informação.

Wikileaks não revela os segredos da diplomacia Israelense

Por Dalva Teodorescu

Jornalistas de vários países, cuja diplomacia foram envolvidos nas intrigas americanas reveladas pelo site Wikileaks, se perguntam por que Israel não foi atingido pelos 250 mil documentos vazados.

O vazamento dos documentos secretos causou constrangimento, ver mesmo tensão, entre os EUA e países aliados.

Revelou que países então considerados amigos não eram tão amigos, e muito se tramam uns contra os outros nas conversas secretas com os diplomatas americanos.

Nenhum país que interessa, pelo bem ou pelo mal, os EUA foi poupado, menos Israel. Por quê?

Seria a intimidade da diplomacia entre Israel e os EUA mais bem protegida que com os outros países?

Segredos envolvendo a diplomacia dos dois países não seriam tratados por telegramas e e-mail?

O site Wikileaks divulga o material bruto e articula as datas para a publicação com a imprensa. Cabe aos veículos de imprensa selecionar e divulgar os fatos que acharem convenientes.

No caso dos 250 despachos secretos, o site teceu parceria com os jornais NYT, The Guardian, El País, Le Monde e a revista Der Spiegel.

A correspondente em Paris de um dos jornais mais importantes da Índia, The Hindu, arriscou a seguinte hipótese:

O que há em comum entre os cinco veículos de comunicação é o fato de suas ações majoritárias pertencerem ao capital de grupos judeus. E possivelmente os seus editores selecionam os dados publicados, evitando embaraços nas relações Israel-EUA.

Sempre acho complicado dizer que os grandes veículos de comunicação do mundo estão nas mãos do capital judeu. Até porque não conheço levantamento sobre os veículos de comunicação influentes no mundo que estariam nas mãos de cristãos, mulçumanos e hindus.

Mas a dúvida é pertinente e cabe a esses órgãos de imprensa explicar porque Israel não aparece no maior vazamento de documentos oficiais da história, que põe em xeque a diplomacia americana.

Wikileaks pós a nu e de joelho a secretária de estado dos EUA

Por Dalva Teodorescu

Não era um segredo que Hilary Clinton seria um desastre para o processo de paz no oriente médio e um empecilho para a criação de um estado palestino. Agora sabe-se que madame Clinton é um desastre para a diplomacia americana em geral.

Bisbilhoteira e paranóica, a secretária mostrou também que tem pouco escrúpulo e não hesitou em investigar o Secretário geral da ONU, Ban-Ki Moon, o fiel dos fiéis aos EUA, e a saúde mental da presidente da Argentina Cristina Kirchner.

Francamente, quem tem a saúde mental questionável é a própria Clinton que mentiu feio, durante sua campanha, sobre um suposto perigo que teria enfrentado numa visita à Bósnia e que se revelou inteiramente falso.

Quem confia ainda na diplomacia americana e em Hilary Clinton?

Wikileaks e a Interpol

Por Dalva Teodorescu

O australiano Julian Assange, fundador do site Wikileaks, apresentou se hoje à polícia Britânica e está em prisão provisória até meados de dezembro, quando a Inglatera decedirá sobre sua extadiçao para a Suécia.

A Suécia emitiu ordem de prisão internacional contra ele por acusação de estupro e assédio sexual.

A acusação é grave, mas ninguém duvida que esteja ligada a motivações políticas em razão da divulgação, por seu site, dos documentos secretos dos EUA.

Até porque, alguém já viu uma busca da Interpol, envolvendo países de vários continentes, para capturar um indivíduo acusado de assédio sexual e estupro?

Curiosamente, os jornalistas brasileiros, tão vigilantes quanto a livre expressão, têm se calado sobre o direito de Julian Assange divulgar os documentos secretos da diplomacia americana.

Porque será?

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

6 de dezembro – Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres

Por Daniela
Com a dica no Facebook de Alice Garcez
http://generoracaetnia.org.br/pt/sala-de-imprensa/calendario/item/244-6-de-dezembro-–-dia-nacional-de-mobilização-dos-homens-pelo-fim-da-violência-contra-as-mulheres.html


No dia 6 de dezembro de 1989, Marc Lepine, de 25 anos, invadiu armado uma sala de aula da Escola Politécnica, na cidade de Montreal, Canadá. Ordenou que os 48 homens presentes se retirassem da sala, permanecendo no recinto somente as mulheres. Gritando “Vocês são todas feministas!”, o jovem atirou e assassinou 14 mulheres, a queima roupa. Em seguida, suicidou-se. Em uma carta deixada por ele, justificava seu ato dizendo que não suportava a idéia de ver mulheres estudando Engenharia, um curso tradicionalmente voltado para os homens. Esse massacre mobilizou a opinião pública mundial, gerando amplo debate sobre as desigualdades entre homens e mulheres e a violência gerada por esse desequilíbrio social.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Algumas informações sobre o Ministro Haddad

Por Stanley Burburinho

Sobre o Ministro Haddad tenho algumas informações:


O Método TRI: "ONU: metodologia aplicada no ENEM garante isonomia mesmo que prova seja reaplicada" - mailto: http://migre.me/2anXJ

Em 2004, o Enem foi aplicado na Febem pela primeira vez - http://migre.me/27jKd

Haddad de 2007 a 2010, em todo o país, já fechou 20 mil vagas em cursos de Direito com avaliação ruim. Barões da educação perderam milhões. Haddad na educação superior à distância, de 2008 a 2010, fechou 3.800 pólos de apoio presenciais inadequados e suspendeu 20 mil vagas. A educação superior à distância é a mina de ouro para os barões por causa escala: baixo custo e possibilidade de aumentar nº de alunos sem precisar de grande infra-estrutura.

Os barões não se conformam com regulação na educação à distância. Eles pensavam que o Haddad não mexeria nisso.

Na gestão Haddad implantou-se o mais profícuo projeto de EAD público da história, a Universidade Aberta do Brasil (UAB)

Meta de Haddad é 50% com ensino superior nos próximos anos. Educação reduz a manipulação pela velha imprensa.

Os barões não perdoam o Haddad por isto: "MEC mostra problemas no ensino a distância" -http://youtu.be/E-ByqHDeWK4

Haddad revogou a DRU (Desvinculação das Receitas da União), criada por FHC e Paulo Renato, que surrupiou, desde 95, 10 bilhões da educação por ano.

Haddad criou o FUNDEB. Fundo que financia não só a educação fundamental como no tempo do Paulo Renato, mas também à educação infantil e educação média.

Todos os relatórios de organizações internacionais mostram que o Brasil avançou muito nesta década em educação. Isso incomoda.

Nunca houve tantos concursos para professores das universidades federais, graças à expansão do REUNI.

Haddad criou o SINAES (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) que permite a regulação do setor. O SINAES permite fechar cursos. Sistema privado odeia o SINAES.

Haddad fechou cursos à distância da Unicid por falta de qualidade. Deputados não gostaram. Unicid contribui PARA campanhas.

Haddad foi o mentor do PROUNI. Foi idéia dele com a esposa quando ele ainda era Secretário Executivo (Vice) do Tarso Genro.

Em 2002, as receitas brutas da maior empresa de bebidas do Brasil (AMBEV), e da 2º mineradora do mundo (VALE), estavam pouco abaixo das receitas obtidas no setor de educação privada.

Em 2002, as quatro maiores empresas de transporte aéreo juntas, na época, (VARIG, TAM, GOL, VASP), tiveram receita bruta inferior à receita do setor privado de educação superior.

Na era FHC, Paulo Renato causou atraso de uma década na educação, diz deputado -http://migre.me/25NeO

Paulo Renato distorceu a Lei Darcy Ribeiro. Confundiu "progressão continuada" com "formação de analfabetos"

Em 1995, FHC assume e cria a "aprovação automática". Menos repetentes, mais vagas sem gastar nada.

Sessenta países membros da OCDE submetem os estudantes ao ENEM – lá conhecido como teste PISA.

Na gestão Haddad, o FIES passou a dispensar fiador. E, se o aluno cursar Medicina ou se tornar professor de escola pública não paga o financiamento – o Estado paga tudo - http://migre.me/26s39

Para o ano que vem, o Haddad estabeleceu que o ENEM também será critério para receber financiamento do FIES- http://migre.me/24vxA

Institutos federais também usam o ENEM. Previsão de 83 mil vagas públicas para este ano.

Com avaliação mais rigorosa, Haddad fechou milhares de vagas de faculdades particulares. Faculdades particulares odeiam o Haddad.

Haddad fez o IDEB que deu transpararência à avaliação da educação básica. Cada município tem IDEB. Tem prefeito que odeia Haddad por conta dessa transparência.

Haddad fechou cursos à distância da universidade Castello Branco por falta de qualidade.

Um dos mais recentes embates de Haddad, contra a mercantilização da educação, foi com o todo poderoso Di Genio, do Objetivo.

Haddad criou a universidade aberta do Brasil com mais de 200 mil alunos estudando graduação à distância de graça.

Haddad foi quem começou a distribuição de livros didáticos para o ensino médio em 2005. Antes era só para o ensino fundamental

Haddad criou 214 escolas técnicas e as transformou em institutos federais com cursos de graduação e pós-graduação. Especialmente licenciaturas para formar professores.

Haddad aumentou o orçamento do MEC de 19 bilhões para 70 bilhões em 2011.

Haddad estendeu o ensino obrigatório para nove anos e agora é obrigatório dos quatro aos dezessete anos. Emenda Constitucional.

Haddad criou o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) com compromisso de metas de qualidade até 2022, firmado por todos os prefeitos e governadores do Brasil. Acordo histórico.

Haddad melhorou o IDEB do Brasil de 3.8 para 4.6 em quatro anos. Objetivo é chegar a seis em 2022 (média dos países da OCDE: mais ricos).

Haddad mais que dobrou o nº de vagas de ingresso nas universidades federais. De 113 mil para 270 mil.

Em 2009, número de novos alunos aumentou 17% em relação a 2008. E os formandos até 2008 são reflexos dos ingressos nas Federais até 2002.

A aprovação automática do Paulo Renato inflou índices na Educação Básica, esvaziou salas e dispensou novos investimentos.

Análise do Fernando Rodrigues da Folha de São Paulo: “Após Enem, chance de Haddad ficar no governo Dilma é quase zero” - http://migre.me/27HdT

OBS: O Haddad não ficará como Ministro da Educação nos próximos quatro anos do governo da Dilma porque em 2013 ele será o Prefeito de São Paulo.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A possibilidade de Sérgio Cortes assumir a pasta da Saúde deixa perplexos os profissionais da saúde

Por Dalva Teodorescu


Causou extrema inquietude nos profissionais de saúde pública, engajados há décadas na construção do Sistema Único de Saúde, a possível indicação do médico Sérgio Cortes para o Ministério da Saúde.

É um consenso nacional que, para consolidar e cumprir a missão do SUS de garantir o acesso universal à saúde com qualidade a toda população brasileira, são necessários, não somente vultosos investimentos financeiros, mas também a implementação rigorosa de ações que aumentem a eficiência de um modelo já consagrado.

Diante disso, parece um contrassenso delegar essa enorme responsabilidade a um profissional dedicado à criação de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) no Rio de Janeiro, de maneira desarticulada da estrutura hierarquizada e descentralizada do SUS, nos últimos anos.

Outras iniciativas tomadas pelo Secretário de Estado da Saúde do Rio de Janeiro, como a terceirização de serviços e o investimento em parceria com entidades privadas, apesar de contar com o apoio de algumas outras Secretarias Estaduais, ainda não convenceram os protagonistas do movimento sanitário.

Ao lado desses componentes estratégicos duvidosos, os ativistas da resposta brasileira á epidemia de AIDS colocam em destaque a gestão conturbada do Dr. Cortes no controle da AIDS no estado do Rio de Janeiro.

Alguns fatos são particularmente inaceitáveis e incompreensíveis, como episódios de desorganização no fornecimento dos medicamentos antirretrovirais, fornecidos pelo Ministério da Saúde.

Da mesma forma, causou verdadeiro espanto o fato que muitas ações de prevenção foram interrompidas e outras não iniciadas, na medida em que a Secretaria Estadual da Saúde do Rio de Janeiro, sob a gestão de Sérgio Cortes, não utilizou os recursos de incentivos relacionados à AIDS, transferidos pelo Ministério da Saúde nos últimos anos. Hoje esses recursos correspondem a milhões de reais retidos no cofre do estado.

Estas deficiências, já veiculadas pela imprensa, certamente estão vinculadas às altas taxas de mortalidade por AIDS, ainda observadas no Rio de Janeiro, além de certamente contribuir para a redução da qualidade de vida dos pacientes em tratamento.

Estes fatos e não podem ser ignorados ou minimizados pela presidente eleita, Dilma Rousseff, para tomar sua decisão.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Lula foi escolhido para receber o Prêmio Indira Gandhi para a Paz 2010

De Sérgio Lima/Folhapress


Lula foi escolhido para receber o Prêmio Indira Gandhi para a Paz, o Desarmamento e o Desenvolvimento para 2010, concedido pelo governo da Índia. Seu nome foi indicado por um júri internacional presidido pelo primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh.

A decisão foi anunciada em comunicado oficial do governo indiano, no qual Lula é elogiado pela “excepcional” contribuição aos programas que se destinam a acabar com a fome e promover o desenvolvimento do Brasil.

O prêmio inclui um valor em dinheiro e a publicação das iniciativas do agraciado. Por meio de sua assessoria, o presidente informou que se dispõe a ir à Índia depois de deixar o cargo no dia 1º de Janeiro quando transmitirá o poder à presidenta eleita, Dilma Rousseff. Já conquistaram a premiação, desde 1986, entre outros, o ex-secretário geral das Nações Unidas Kofi Annan e o ex-presidente da União Soviética Mikhail Gorbachev.

Alckmin indicou um clínico para a Secretaria da Saúde de São Paulo

Por Dalva Teodorescu


Os profissionais de saúde pública receberam com cautela a indicação do governador eleito Geraldo Alckmin, de um clínico, Giovanni Guido Cerri, para assumir a Secretaria de Estado da Saúde.

É certo que Giovanni Guido Cerri não é só clínico e foi diretor do hospital da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), mas essa experiência, infelizmente, ainda não tem incluído como lidar com os aspectos essenciais da saúde pública.

A escolha de Giovanni Guido Cerri foi aplaudida em comentários na imprensa e alguns chegaram a declarar que a presidente eleita, Dilma Rousseff, deveria seguir o exemplo de São Paulo, nomeando um clínico para o Ministério da Saúde.

A presidente eleita, por sua vez, recebeu um grupo de médicos clínicos, todos renomados, para um encontro em São Paulo. Até aí tudo certo.

O que acontece é que as autoridades governamentais recebem assistência médica em consultórios e clínicas privadas de altíssimo custo e onde atuam médicos altamente especializados e com grande renome em suas respectivas áreas.

Essas autoridades não se tratam no SUS e desta forma sua experiência pessoal em Saúde é frequentemente determinada pela convivência com seus clínicos.

Como é desejável em qualquer relação médico paciente, estabelecem com seus médicos clínicos relações de cordialidade, ver mesmo afetiva, e sua escolha para cargos governamentais é influenciada também por essa relação.

Mas, frequentemente, quando assumem o cargo o universo extremamente restrito e elitista onde atuam esses profissionais é transportado para sua gestão no sistema público de saúde.

Por isso é importante escolher os Secretários e Ministros entre profissionais da área de saúde pública, com experiência em vigilância epidemiológica, planejamento, organização de serviços e avaliação.

É sempre bom lembrar que a concepção e a criação do Sistema Único de Saúde- SUS foram decorrentes do trabalho persistente e eficiente dos profissionais de saúde pública, iniciado na década de sessenta e que se consagrou na constituição de 1988.

Por mais excelência que seja o desempenho médico dos profissionais da área clínica, sua experiência está tão distante da saúde pública como a Avenida Paulista da favela de Heliópolis.

Pode haver exceção, como o exemplo do cardiologista Adib Jatene, mas de forma geral, as gestões desses profissionais foram irrelevantes e não mostrou avanços substanciais em áreas essências da saúde pública.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Zizek animado

Por Daniela

Um amigo internauta, Ivan, indicou este vídeo. É uma aula de Zizek transposta para uma animação. Muita informação em apenas 11 minutos. Recomendo.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O ENEM, a Justiça e a imprensa ou: quem penaliza mais os alunos

Por Dalva Teodorescu

Interropmpemos nossas férias, porque é impossível ficar calada diante do absurdo Kafkaniano que a imprensa e a justiça estão transformando o erro de gabarito em algumas provas do ENEM.

No jornal da gazeta de terça feira, a apresentadora Maria Lídia virou dona Maria. Perguntei-me se a apresentadora estava lendo um texto editado pelo patrão ou se era sua opinião própria. Não é possível tamanha má fé.

Diante da dificuldade de admitir a importância que se tornou o Enem para a democratização do ensino no Brasil, a apresentadora preferiu fazer um daqueles sermões costumeiro. Dadeira de lição, desta vez Maria Lídia exagerou na dose, e sem constrangimento afirmou que o ENEM é um fracasso.

Maria Lídia seguia a velha mídia, que coordenadamente e unanimemente esbravejou para condenar o exame, por causa de um erro pontual.

A mídia endossou, sem avaliar com distanciamento, a atitude questionável de uma juíza do Ceará. Avaliação de distanciamento que foi feita por todos especialistas em educação e pelo presidente da OAB Ophir Cavalcante.

Claro que os alunos prejudicados têm o direito de reclamar. Não é nada agradável esse tipo de contratempo diante do estresse do exame. Mas o erro, que deve ser sim condenado, atingiu 0,003 três de alunos. Foram 2 mil alunos prejudicados entre três milhões de estudantes.

No seu programa na Band News, Richard Boechard igualmente desqualificou o exame sem concessão. Comparou com o exame da FUVEST que nunca tem problemas.

Tenho grande respeito pelo Boechard, mas desta vez ele foi muito rápido em seus comentários.

O exame da FUVEST está consolidado, existe há várias décadas. Outro argumento que a mídia tradicional não quer considerar é que o exame da FUVEST se refere á uma única faculdade, ele abarca somente os alunos que se inscrevem na USP, Universidade de São Paulo.

O ENEM é um exame que se realiza em todo território nacional. Não é a mesma logística. O ENEM seria mais bem comparado com o BAC francês, que é aplicado em toda a França.

O BAC francês é o exame que permite aos alunos sair do ciclo secundário e entrar no ciclo universitário. Foi criado por Émile Durkheim (1858 – 1917), no final do século XIX e ainda hoje é uma instituição de referência da educação francesa.

Todos os anos milhares de estudantes passam o seu BAC, muitos chegam atrasados e perdem o exame, lágrimas são derramadas e, com frequência, problema pontuais, como gabaritos trocados e perdas das provas, acontecem.

No BAC desse ano, exatamente, aconteceu de extraviar provas realizadas por alunos e os prejudicados tiveram que se submeter a novos exames.

A imprensa informa o ocorrido e só, não cria factóide. Os alunos e seus pais reclamam com razão, muitos querem sair de férias. Mas todo mundo sabe que aqueles alunos que foram prejudicados farão novas provas e pronto.

A Justiça não se mela de problemas dessa ordem, a imprensa não faz todo um alarde e a oposição não pede a cabeça do ministro da educação. Nem tampouco o ministro vai prestar conta no senado ou na televisão.

A reação da imprensa e da Procuradoria Geral da Justiça foi exagerada e ilustra o quanto ainda somos uma democracia em formação.

E mais inquietante, mostra a omnipresença da justiça em todos os fatos de sociedade. Será que cabe á justiça proibir a divulgação do gabarito do ENEM? Será que isso é sinal de uma democracia forte? Com certeza não. Tudo não precisa e não pode ser tratado como um assunto da Justiça.

Qual atitude prejudica mais a totalidade dos alunos? A do MEC que diz que os alunos prejudicados se submeterão a novas provas ou a justiça que está condenando a totalidade dos 3 milhões de alunos e de seus pais à incertezas da validade do exame ou da necessidade de fazer nova prova.

É essa a questão que uma imprensa séria e que se põe a serviço da população deve fazer.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Férias das mulheres de fibra

Queridas pessoas de fibra,

Muito obrigada pelas visitas e comentários de todos. Pedimos desculpa pela demora na publicação dos últimos comentários, na verdade, uma moderadora está de licença médica, a outra de enfermeira e a outra em férias.
Dentro de uma semana voltaremos ao normal e com novas propostas de atuação. Enquanto isso comemoremos a nossa vitória! Parabéns Brasil!
Um grande abraço a vocês que nos acompanharam nessa jornada e, mais uma vez, obrigada pela compreensão,
Até breve,
Mulheres de Fibra.

domingo, 31 de outubro de 2010

Votem com o coração e a razão.

Por Mulheres de Fibra

O Dia amanheceu lindo. O sol brilhou forte trazendo bons presságios.

Votem bem, votem com o coração e a razão.

Vamos eleger uma mulher para a presidência e, mais do que isso, uma mulher de fibra, de coragem e comprometida com a justiça social e o povo de seu país.

O dia será longo. Mas vamos manter a firmeza até o fim e, esperar, com confiança, a vitória final.

Mulheres de Fibra deseja boa sorte à Dilma Rousseff e a seus apoiadores e um bom dia a todos.

O debate da Globo

Por Dalva Teodorescu


Registramos aqui nosso repúdio pela maneira como A Globo se comportou no último debate.

Nada contra as questões dos eleitores indecisos. Mesmo se, como dizem, não foram totalmente formuladas por eles.

Repudiamos a maneira como o trabalho de câmara se comportou ao longo do debate. Dilma apareceu muitas vezes desfocada, durante suas intervenções.

A câmara registrava os gestos da candidata enquanto Serra falava e preservava o candidato tucano quando era a vez de Dilma responder às questões.

O cúmulo do descaramento se deu nas considerações finais. Dilma foi pega de perfil, de corpo inteiro e de longe.

Serra teve direito a um close. Seu rosto ocupou a tela inteira da televisão. A TV dos Marinhos não perde uma oportunidade para mostrar a sua desenvoltura quando se trata de comportamento ético e equitável.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A lógica que guia a opinião do Papa nas eleições presidenciais

Por Dalva Teodorescu

Depois do Financial Time e Economist, foi a vez do Papa se intrometer nas eleições do Brasil.

No entanto duas lógicas distintas guiam a iniciativa dessas entidades.

As publicações britânicas são guiadas por uma lógica econômica liberal e pela visão de que o Brasil cresceu, se fortaleceu e ocupará um lugar central na economia internacional, nos próximos anos.

Fomos acostumados a que os editoriais dos grandes jornais internacionais declarassem sua preferência em candidatos, apenas quando se tratava das eleições americanas, em razão de sua óbvia importância na economia mundial.

Se é raríssimo o FT fazer editorial apoiando candidatos dos países vizinhos, do continente Europeu, mais dificil ainda é opinar sobre a escolha de um candidato de países com economia de pouca expressão internacional, como alguns países da Africa Central, por exemplo.

Portanto, a iniciativa do FT e Economist deve ser vista como um fato positivo e vinculado à importância que o Brasil adquire na cena internacional.

Já a intromissão do chefe do Vaticano obedece a uma lógica obscurantista de uma igreja misógina.

O que sabe o Papa Bento XVI e seus bispos, esses homens que nunca contraíram o matrimonio e nunca assumiram família, sobre a realidade das mulheres.

Numa lógica oposta ao FT e Economist, o Vaticano de Bento XVI se intromete em países pobres. Obedecendo essa lógica continua falando para os brasileiros como se fossem criaturas menores e imaturas.

Alguém já viu o papa falar contra o aborto para a laica sociedade francesa ou a inglesa e mesmo americana. Nunca ele ousaria.

A igreja católica vai até onde o povo permite. E nessa permissão da sociedade, a imprensa, que se quer sempre tão vigilante em relação à autonomia das instituições, tem um papel relevante.

Um exemplo dessa intromissão indevida da Igreja Católica se deu recentemente nas Filipinas, onde o presidente Benigno Aquino III anunciou que o Estado ajudaria casais pobres que desejassem utilizar um método contraceptivo.

A declaração do presidente provocou imediatamente a fúria da Igreja Católica. Muito influente no país, em 2008 ela conseguiu bloquear um projeto de lei sobre o planejamento familiar.

O governo argumenta que o desenvolvimento do arquipélago de 94 milhões de habitantes passa pelo planejamento demográfico. Coisa que a Igreja Católica faz questão de ignorar.

O que deve ficar claro é que esse tipo de comportamento dos representantes da Igreja é mais resultado do tipo de sociedade do que do próprio papa Bento XVI. O papa cumpre de maneira muito reacionária o dogma da Igreja que representa.

A opinião do Courrier International sobre a velha mídia brasileira

Por Dalva Teodorescu


Os jornais se apressaram em divulgar editorial de Financial Time dizendo que Serra seria melhor opção para o Brasil, nesse momento porque realizaria uma política mais liberal (Menos Estado na economia).

O Jornal O Estado lembrou que antes do Jornal Britânico, revista Economist também manifestou seu apoio ao candidato do PSDB.

O jornal do Dr. Ruy omitiu que as duas publicações pertencem ao mesmo grupo e adotam a mesma linha editorial liberal.

Antes do primeiro turno, muitas publicações estrangeiras se dedicaram ao do governo presidente Lula, sem merecer tanto destaque.

Uma publicação do Frances Courier International trás análises do governo Lula produzida pelas revistas veja, Época e Isto É, além do jornal português, o Público e de um analista mexicano.

Veja, Época e O Público fazem críticas ferozes ao governo Lula, mas também acabam com a ideia de um Brasil socialmente e economicamente melhor, preferem ressaltar o que temos de pior e, lendo o artigo, numa publicação estrangeira fica mesmo constrangedor.

Coube ao Courrier International, em editorial e em um artigo assinado por Paul Jurgens, logo abaixo da crítica virulenta de Época e Veja, precisar que quatro grandes famílias dividem entre si o controle das principais mídias brasileiras: Marinho, Mesquita, Frias e Civita.

Segundo o colunista do Courrier, essas famílias nunca admitiram a eleição de Lula, um presidente com pouca instrução vindo de um estado pobre e formado no sindicalismo.

Paul Jurgens informa ainda que recentemente essas mídias dispararam uma campanha contra Dilma Rousseff na esperança de 'tirar fora" o Partido dos trabalhadores da presidência da República.

A publicação francesa reproduz 3 capas de Veja, uma manchete da Folha e outra do jornal Extra (de O Globo) para ilustrar como as matérias dos jornais são as vezes caricaturais.

Mas, segundo Jurgens, o eleitor não é ‘tapado’ e em respostas a algumas dessas manchetes, as piadas circulam massivamente no Twitter.

O artigo termina dizendo que essa imprensa parece ter perdido sua influência de antigamente. Hoje, diz a matéria, o fato que seu leitor se situa na região sudeste, a mais rica do país, limita sua irradiação.

Isto, segundo o colunista, porque a sociedade tem hoje acesso à informação pelas ONGs e por Internet.

O autor lembra ainda que outras TV abertas adotaram uma postura cautelosa em suas críticas ao governo, sem dúvida para não afastar seu público constituído dos menos favorecidos e da baixa classes média que continuam a admirar um presidente como eles.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Manifesto de Mulheres com Dilma

Mulheres de Fibra assina e reproduz aqui o manifesto de Mulheres com Dilma

Há um manifesto de mulheres com Dilma, iniciado por ex-presas políticas, muitas das quais conviveram com ela na prisão, e seguida por mulheres em geral. No momento está com 1.858 assinaturas. Pedimos divulgação do texto. Elizabeth Lorenzotti

Somos milhões de mulheres como Dilma

A onda de difamação e boataria que tem marcado a campanha contra a candidata à presidente Dilma Rousseff é um enorme retrocesso na vida política do país.

Vemos, indignadas, as tentativas de desqualificá-la e de transformar uma campanha democrática em uma ?guerra suja?.

Comprovamos, indignadas, como as camadas mais retrógradas da sociedade brasileira não suportam as transformações que o governo Lula ? com Dilma ? trouxe para o país.

Fazendo-o crescer com distribuição de renda e mais justiça social. Mais educação. Mais emprego e moradia. Mais saúde. Mais cultura. Mais comida na mesa dos brasileiros.

Como os ataques e boatos contra a Dilma têm sido, sobretudo, dirigidos a ela em sua condição de mulher, queremos aqui, ao lado de milhões de mulheres brasileiras, defendê-la.

Somos mulheres cidadãs, trabalhadoras, independentes, profissionais, donas de casa. Somos mulheres de todos os feitios, profissões e crenças.Somos mulheres de todas as idades: jovens, filhas, mães, avós e bisavós.

Muitas entre nós foram, como Dilma, presas, torturadas, perseguidas, viveram no exílio, na clandestinidade.

Muitas, entre nós, viveram, como ela, o mesmo processo de luta contra a Ditadura Civil-Militar que por 21 anos esmagou e envergonhou nosso país.

Muitas, entre nós, viveram, como a Dilma, todo o processo de luta que nos trouxe ao país de agora que ela está ajudando a construir. Somos todas Marias, Clarices, Dilmas e Severinas.

Queremos a continuidade das transformações pelas quais o país vem passando. Queremos uma vida melhor para todos os brasileiros. Queremos homens, mulheres, jovens e crianças vivendo felizes em um país de tolerância e justiça social.

O que decidiremos, no dia 31 de outubro, é o aprofundamento dessa alternativa de crescimento com justiça social, ou o retrocesso de crescer concentrando renda e aumentando a miséria do país. É isso o que está em jogo. Por isso, queremos Dilma como presidente!

São Paulo, 16 de outubro de 2010

Engenheiros, arquitetos, agrônomos com Dilma

21.10.10 - BRASIL

Várias organizações

Adital - Nós -Engenheiros, Arquitetos, Agrônomos, Urbanistas, Geólogos, Geógrafos, Técnicos Industriais e Agrícolas- signatários deste documento, vimos manifestar todo nosso apoio à eleição DILMA PRESIDENTE.

Em 8 anos (2003-2010) de Governo, Lula e DILMA criaram as condições para um novo ciclo de desenvolvimento econômico, com sustentabilidade ambiental e social.
Apoiamos Dilma por que:

1º) Lula e Dilma criaram o PAC - Programa de Aceleração do Crescimento, que a partir de 2007 garantiu investimentos nas áreas energética (Luz Para Todos, hidrelétricas, energia eólica, petróleo etc), logística (portos, aeroportos, ferrovias, malha rodoviária etc) e infra-estrutura social e urbana (habitação, saneamento, drenagem etc), com R$ 656,5 bilhões em investimentos;

2º) Dilma e Lula implantaram o programa Minha Casa Minha Vida, o maior programa de produção habitacional da história, garantindo o direito à moradia digna e o reaquecimento da cadeia produtiva da construção civil;

3º) Lula e Dilma trabalharam pelo investimento de R$ 168,24 bilhões em habitação (repasses e financiamentos), elevando a níveis recordes o crédito imobiliário no país e beneficiando, entre 2003 e 2010, mais de 4 milhões de famílias;

4º) Dilma e Lula implantaram um novo modelo de geração e distribuição de energia elétrica, pelo qual a menor tarifa é o critério básico para a licitação de novos empreendimentos, incentivando adoção de fontes renováveis de geração de energia, através de implantação parques eólicos, usinas de geração de biomassa e construção de novas hidrelétricas;

5º) Lula e Dilma duplicaram o número de vagas nos ensino técnico e tecnológico e nos cursos universitários;

6º) Dilma e Lula ampliaram e recuperaram as rodovias (mudando a modelagem dos contratos), duplicaram a malha ferroviária com a conclusão da ferrovia Norte-Sul, Transnordestina e com a licitação da construção da novas ferrovia Leste-Oeste;

7º) Lula e Dilma ampliaram a assistência técnica aos agricultores rurais e iniciou a implantação da Engenharia e Arquitetura Pública nos assentamentos Urbanos;

8º) Dilma e Lula implantaram o microcrédito rural, para famílias com renda bruta anual de até R$ 2 mil e ampliaram o seguro safra para a agricultura familiar;

9º) Lula e Dilma incentivaram o renascimento da indústria naval brasileira com a construção da platafoma P - 50 por estaleiros brasileiros e com exigência do conteúdo nacional nas compras da PETROBRAS;

10º) Dilma e Lula instituíram o novo marco regulatório nas exploração do Petróleo, garantindo recursos futuros para investir na educação e melhoria das condições de vida de todos os brasileiros;

11º) Lula e Dilma incentivaram a produção de biodiesel e aprovaram a obrigatoriedade de mistura do biodiesel (na proporção de 2%, com avanços até 5%) ao diesel tradicional, criando mercado interno de 800 milhões de litros/ano e beneficiando 250 mil famílias;

12º) Dilma e Lula realizaram concurso público para preenchimento de vagas na área tecnológica em Empresas Estatais, Universidades, Instituto Federais de ensino tecnológico, nas empresas de pesquisas e em órgãos públicos, entre outros;

13º) Lula e Dilma, com as políticas econômicas e sociais do Governo Federal, proporcionaram que 30 milhões de brasileiros ingressassem na classe média e 20 milhões deixassem a linha da miséria.

Votamos em *DILMA* porque ela demonstrou, na prática, compromisso com o setor e com os profissionais da área tecnológica do Brasil.

1. Arquiteto Oscar Niemeyer
2. Engenheiro Civil Ubiratan Felix dos Santos - Presidente do SENGE/BA
3. Arquiteto e Urbanista Jorge Fontes Hereda - Vice Presidente da CAIXA
4. Engenheiro Agrônomo Marcelino Galo - Diretor do SENGE-BA / Deputado Estadual Eleito PT-BA
5. Geólogo Pedro Ricardo Moreira - Diretor Geral IMA
6. Engenheiro agrônomo Joseildo Ramos - Deputado Estadual PT-BA
7. Engenheiro agrônomo Gerson Bittencourt - Deputado Estadual PT-SP
8. Engenheiro agrônomo Lindsley Rasta - PV-PR
9. Secretário de Transporte de Guarulhos/SP José Evaldo Gonçalo
10. Engenheiro Eletricista Vicente Trindade - Vice presidente FISENGE
11. Engenheiro civil Luis Edmundo - Empresário Vitória da Conquista/BA
12. Engenheiro Eletricista Haroldo Lima - Ex- Deputado Federal PCdoB-BA / Presidente a ANP
13. Arquiteto Zezéu Ribeiro - Deputado Federal PT-BA
14. Engenheira Civil Maria Del Carmem - Deputada Estadual PT-BA
15. Engenheiro Agrônomo Joseildo Ramos - Deputado Estadual PT- BA
16. Engenheiro Civil Marcelo Nilo Deputado Estadual PDT-BA
17. Ricardo Marques - Vice - Prefeito de Vitoria da Conquista-BA
18. Geólogo Manoel Barreto - Diretor da CPRM
19. Engenheiro Fernando Freitas - Presidente do SENGE-PE
20. Engenheiro Fernando Jogaib - Vice - Presidente do SENGE- Volta Redonda
21. Engenheiro Eletricista Olimpio Santos - Presidente do SENGE-RJ
22. Engenheiro Eletricista Nilo Gomes - Presidente do SENGE- MG
23. Engenheiro Agrônomo Carlos Bittencourt - Presidente da FISENGE
24. Engenheiro Civil Sebastião - Presidente do SENGE - ES
25. Engenheiro Civil Fernando Fiorotti - Presidente do CREA-ES
26. Engenheiro Civil Gilson Nery - Diretor da FISENGE
27. Engenheiro Civil Rosivaldo - Presidente do SENGE-SE
28. Engenheira Agrônoma Almeria - Ex- Presidente do SENGE-PB
29. Engenheiro Eletricista Ezequiel - Vice - Presidente do SENGE - RO
30. Engenheiro Agrônomo Jonas Dantas - Presidente do CREA-BA
31. Geólogo Argemiro Garcia - Presidente da ABG
32. Ângelo Marcos Arruda - Presidente da FNA
33. Engenheira de Alimentos Márcia Ângela Nori - Vice - Presidente do SENGE-BA
34. Engenheiro Civil Mário Gonçalves Viana Junior - Diretor do SENGE/BA
35. Geólogo Renato Santos Andrade - Diretor do SENGE-BA
36. Arquiteta e Urbanista Eleonora Lisboa Mascia -Vice-presidente do SINARQ/BA
37. Arquiteta e Urbanista Jandira França - Presidente do SINARQ/BA
38. Arquiteta e Urbanista Aida Bittencourt - Diretora do SINARQ/BA
39. Urbanista Glória Cecília Figueiredo - mestranda do PPG-AU/UFBA
40. Arquiteta e Urbanista Laila Mourad - Doutoranda do PPG-AU/UBA
41. Inês Magalhães - Secretária Nacional de Habitação do Ministério das Cidades
42. Arquiteto Cid Blanco - Ministério das Cidades
43. Arquiteto e Urbanista Antônio César Ramos -Ministério das Cidades
44. Engenheira Civil Lucy Carvalho -SINDUSCON
45. Gilberto Aguiar - Coordenador Nacional do Movimento Nacional de Luta pela Moradia
46. Engenheiro Agrônomo Aroldo Andrade - Diretor do SENGE-BA
47. Engenheiro Mecânico Pedro Rocha - INGÁ
48. Engenheiro Agrônomo José Leal do INCRA
49. Nelson Baltrusis - Prof do Mestrado em Planejamento Territorial - UCSal
50. Engenheira Agrônoma Fernanda Silva -Vice Prefeita de Uruçuca
51. Engenheiro Agrônomo Nilton Freire - Diretor do SENGE-BA
52. Arquiteto Daniel Colina - Presidente do IAB/BA
53. Engenheiro Eletricista Orlando Andrade
54. Ramiro Cora - Confederação Nacional das Associações de Moradores
55. Gilberto Gegê - Coordenador do Movimento em defesa do Trabalho e da Moradia
56. Engenheiro Civil Enock Ferreira dos Santos Filho
57. Engenheiro Civil José Fidelis Sarno - Ex- Presidente do SENGE-BA
58. Engenheiro Agrônomo Josias Gomes- Deputado Federal PT-BA
59. Arquiteta Bianka Rocha - Secretaria Estadual de Meio Ambiente-BA
60. Engenheira Civil Cláudia Júlio - Prefeitura Municipal de Belo Horizonte
61. Engenheiro Civil Marcos Ferreira Pimentel- Conselheiro do CREA-BA
62. Engenheiro Civil Paulo Gustavo C. Lins - UFBA - BA
63. Arquiteto Urbanista Javier Alfaya - Dep. Estadual PC do B-BA
64. Arquiteta Lelia Maria Dias
65. Arquiteta Maria Auxiliadora Machado
66. Engenheira Florestal Ana Paula Dias - IMA
67. Engenheiro Agrônomo - Ruy Murici - SEMA
68. Engenheiro Civil Areobaldo Aflitos - Professor da UEFS
69. Engenheiro Eletricista Ciro Ferreira Aragão - FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS/RJ
70. Engenheiro Agronômo Luiz José Lira- CDA
71. Engenheiro Agronômo Luis Anselmo -CDA
72. Engenheiro Eletricista Joel de Souza Miranda Filho, Projetista Autônomo
73. Geólogo Manoel Barretto, Diretor de Geologia da CPRM-SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL.
74. Engenheiro de Minas Miguel Sobral - DNPM
75. Arquiteto e Urbanista Itamar Costa Kalil
76. Arquiteta Marilene Lapa - Prefeitura Municipal de Ilhéus
77. Engenheiro Civil Sidney Siqueira - Segurança no Trabalho- ICCE-RJ
78. Engenheiro Civil Luciano Silveira - Segurança do Trabalho, Professor UVA/Cabo Frio e Engenheiro FW Engenharia.
79. Adm.Empresas/Tec.Mecanico - Rogerio Sarti- Empresário - Cabo Frio/RJ
80. Arquiteto Canagé Vilhena- RIO/RJ
81. Engenheira Eletricista Marisa Coeli Britto Cunha Reis - BA
82. Arquiteto Ary Pascoal Domingos
83. Engenheiro Ambiental Cesar Aparecido dos Santos
84. Engenheiro Agrônomo Paulo Medrado - EBDA
85. Arquiteto e Urbanista Ricardo de Gouvêa Corrêa
86. Engenheiro CivilJosé Roberto Pedreira Franco Celestino- CEPRAM/ABES-BA
87. Arquiteta e Urbanista Inês El-Jaick Andrade - Departamento de Patrimônio Histórico da Fundação Oswaldo Cruz (RJ)
88. Engenheiro Eletricista / Biólogo - Sergio Govea
89. Engenheiro Civil Anesio Miranda - Ex- Presidente do Clube de Engenharia da Bahia 90. Engenheiro Eletricista - José Urano Santana Bomfim - CHESF
91. Engenheira Civil Evalda Maria Pichani Celestino
92. Geólogo Aroldo Misi - Prof. Titular da UFBA
93. Geólogo Haroldo Sá - Prof. Associado da UFBA
94. Geólogo Maria da Glória da Silva - Profa Associada da UFBA
95.Geólogo Washington Franca Rocha - Prof. Titular da

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Carta de Carlos Torres de Moura ao jornalista Ricardo Noblat

Por Dalva Teodorescu


Carlos Torres Moura, da Além Paraíba-MG, publicou no Escrevinhador, de Rodrigo Vianna, uma carta aberta ao jornalista Ricardo Noblat.

A carta é uma resposta aos comentários agressivos do colunista da Globo ao presidente Lula, por ter escolhido a candidata Dilma Rousseff. Noblat escreveu em seu blog que falta à Lula “caráter, nobreza de ânimo, sentimento, generosidade”.

A carta, mais que oportuna vale é uma lição de nobreza, por isso a reproduzimos aqui:

Noblat

Quem é você para decidir pelo Brasil (e pela História) quem é grande ou quem deixa de ser? Quem lhe deu a procuração? O Globo? A Veja? O Estadão? A Folha?

Apresento-me: sou um brasileiro. Não sou do PT, nunca fui. Isso ajuda, porque do contrário você me desclassificaria, jogando-me na lata de lixo como uma bolinha de papel. Sou de sua geração. Nossa diferença é que minha educação formal foi pífia, a sua acadêmica. Não pude sequer estudar num dos melhores colégios secundários que o Brasil tinha na época (o Colégio de Cataguases, MG, onde eu morava) porque era só para ricos. Nas cidades pequenas, no início dos sessenta, sequer existiam colégios públicos. Frequentar uma universidade, como a Católica de Pernambuco em que você se formou, nem utopia era, era um delírio.


Informo só para deixar claro que entre nós existe uma pedra no meio do caminho. Minha origem é tipicamente “brasileira”, da gente cabralina que nasceu falando empedrado. A sua não. Isto não nos torna piores ou melhores do que ninguém, só nos faz diferentes. A mesma diferença que tem Luis Inácio em relação ao patriciado de anel, abotoadura & mestrado. Patronato que tomou conta da loja desde a época imperial.

O que você e uma vasta geração de serviçais jornalísticos passaram oito anos sem sequer tentar entender é que Lula não pertence à ortodoxia política. Foi o mesmo erro que a esquerda cometeu quando ele apareceu como líder sindical. Vamos dizer que esta equipe furiosa, sustentada por quatro famílias que formam o oligopólio da informação no eixo Rio-S. Paulo – uma delas, a do Globo, controlando também a maior rede de TV do país – não esteja movida pelo rancor. Coisa natural quando um feudo começa a dividir com o resto da nação as malas repletas de cédulas alopradas que a União lhe entrega em forma de publicidade. Daí a ira natural, pois aqui em Minas se diz que homem só briga por duas coisas: barra de saia ou barra de ouro.

O que me espanta é que, movidos pela repulsa, tenham deixado de perceber que o brasileiro não é dançarino de valsa, é passista de samba. O patuá que vocês querem enfiar em Lula é o do negrinho do pastoreio, obrigado a abaixar a cabeça quando ameaçado pelo relho. O sotaque que vocês gostam é o nhém-nhém-nhém grã-fino de FHC, o da simulação, da dissimulação, da bata paramentada por láureas universitárias. Não importa se o conteúdo é grosseiro, inoportuno ou hipócrita (“esqueçam o que eu escrevi”, “ tenho um pé na senzala” “o resultado foi um trabalho de Deus”). O que vale é a forma, o estilo envernizado.

As pessoas com quem converso não falam assim – falam como Lula. Elas também xingam quando são injustiçadas. Elas gritam quando não são ouvidas, esperneiam quando querem lhe tapar a boca. A uma imprensa desacostumada ao direito de resposta e viciada em montar manchetes falsas e armações ilimitadas (seu jornal chegou ao ponto de, há poucos dias, “manchetar” a “queda” de Dilma nas pesquisas, quando ela saiu do primeiro turno com 47% e já entrou no segundo com 53 ) ficou impossível falar com candura. Ao operário no poder vocês exigem a “liturgia” do cargo. Ao togado basta o cinismo.

Se houve erro nas falas de Lula isto não o faz menor, como você disse, imitando o Aécio. Gritos apaixonados durante uma disputa sórdida não diminuem a importância histórica de um governo que fez a maior revolução social de nossa História. E ainda querem que, no final de mandato, o presidente aguente calado a campanha eleitoral mais baixa, desqualificada e mesquinha desde que Collor levou a ex-mulher de Lula à TV.

Sordidez que foi iniciada por um vendaval apócrifo de ultrajes contra Dilma na internet, seguida das subterrâneas ações de Índio da Costa junto a igrejas e da covarde declaração de Monica Serra sobre a “matança de criancinhas”, enfiando o manto de Herodes em Dilma. Esse cambapé de uma candidata a primeira dama – que teve o desplante de viajar ao seu país paramentada de beata de procissão, carregando uma réplica da padroeira só para explorar o drama dos mineiros chilenos no horário eleitoral – passou em branco nos editoriais. Ela é “acadêmica”.

A esta senhora e ao seu marido você deveria também exigir “caráter, nobreza de ânimo, sentimento, generosidade”.

Você não vai “decidir” que Lula ficou menor, não. A História não está sendo mais escrita só por essa súcia de jornais e televisões à qual você pertence. Há centenas de pessoas que, de graça, sem soldos de marinhos, mesquitas, frias ou civitas, estão mostrando ao país o outro lado, a face oculta da lua. Se não houvesse a democracia da internet vocês continuariam ladrando sozinhos nas terras brasileiras, segurando nas rédeas o medo e o silêncio dos carneiros.


Carlos Torres Moura

Além Paraíba-MG

O feitiço virou contra o feiticeiro

Por Dalva Teodorescu

Pesquisas qualitativas realizadas pela campanha petistas e tucana mostram que prevaleceu entre os eleitores a ideia que José Serra exagerou e montou uma farsa ao dizer que foi atingido por um objeto não identificado.

Acreditam que se tratou mesmo de uma bolinha de papel.

Diante do resultado, o episódio da agressão petista saiu da propaganda eleitoral do tucano.

Eleitores indecisos nos debates de TV

Por Dalva Teodorescu

O debate entre os candidatos à presidência, que será realizado pela Globo, deverá conter somente questões de eleitores indecisos.

Os indecisos deverão ser selecionados pelo Ibope. É preciso verificar se de fato são eleitores indecisos.

No debate na Rede TV e Folha de São Paulo, eleitores supostamente indecisos deveriam dar sua opinião sobre o desempenho dos candidatos.

No final do debate a maioria dos eleitores teria dito que Serra se saiu melhor. Todavia, o jornalista da Rede TV, José Roberto de Toledo, que escreve também no jornal O Estado de São Paulo, não se intimidou com a colaboração da Folha e, no final do debate, esclareceu que a maioria dos candidatos não eram indecisos.

Segundo o jornalista, quando iniciou o debate ele percebeu que vários eleitores tinham preferência pelo candidato José Serra. E completou dizendo que os eleitores eram todos de São Paulo, assim, não eram representativos do eleitorado indeciso.

No dia seguinte, a Folha sustentou que os eleitores indecisos escolheram Serra como o vencedor do debate, mas que existia um viés porque eram eleitores de São Paulo.

Para justificar a observação de José Roberto Toledo, o Jornal afirmou ainda que os indecisos foram escolhidos por uma empresa que seleciona eleitores para as pesquisas quantitativas.

Pode ser, mas na realidade não eram indecisos. Por isso a iniciativa da Globo deixa muitos de orelha em pé.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Informação da EuroNews

Por Dalva Teodorescu

O canal de televisão EuroNews, nesta manhã, informava, de meia em meia hora o seguinte:

Atrás nas pesquisas de opinião de voto, o candidato à presidência do Brasil José Serra partiu para o ataque pessoal à sua adversária Dilma Rousseff.

Foi um canal Europeu quem disse.

Primo de Serra depositou US$ 1,2 milhão no exterior para tesoureiro tucano em 2002

Brasilia Confidencial

Número 371 - terça-feira, 26 de outubro de 2010

DENÚNCIA

Como e porque o empresário Gregório Marin Preciado, primo, amigo e ex-sócio de José Serra, depositou US$ 1,2 milhão na conta da empresa Franton Interprises pertencente ao ex-tesoureiro de campanha do candidato do PSDB à Presidência, Ricardo Sérgio de Oliveira.

E por que a maior parte de tais depósitos ocorreu justamente no ano eleitoral de 2002 quando Serra concorreu contra Lula?



Estas duas questões foram levantadas ontem segunda pelo jornalista Amaury Ribeiro Junior, em documento distribuído à imprensa após seu depoimento à Polícia Federal, em Brasília.

Ao fim de seu quarto depoimento, o repórter foi indiciado pela PF sob a acusação de que encomendou a quebra de sigilo fiscal de familiares de Serra e praticou outros três crimes.

Ribeiro Junior contesta as acusações. Os depósitos do primo de Serra beneficiando seucaixa de campanha – e de Fernando Henrique Cardoso – somente agora foram revelados, embora sejam datados de 2001 e 2002.

Mais importante: estão comprovados documentalmente em material obtido pelo repórter através de uma ação de exceção da verdade na Justiça de São Paulo.

Estão presentes nos extratos da chamada conta Beacon Hill do banco JP Morgan Chase, de NovaYork. A Beacon Hill nada mais é senão uma conta aberta pela empresa Beacon Hill Service Corporation (BHSC), onde eram administradas muitas subcontas com titulares ocultos. Nos EUA, a BHSC foi condenada em 2004 por operar contra a lei.

Tais documentos bancários constam do relatório da CPMI do Banestado, de 2004, e foram, até agora, ignorados pela mídia.

Casado com uma prima de Serra, Preciado realizou, no mínimo, sete depósitos beneficiando Ricardo Sérgio, também conhecido como o grande articulador dos consórcios de privatização no período FHC.

O menor no valor de US$ 17 mil, no dia 3 de outubro de 2001, e o maior - de US$ 375 mil - em 15 de outubro de 2002.

A proximidade com Serra valeu a Preciado, por exemplo, uma nomeação para o conselho de administração do antigo Banespa. Posteriormente, com a ajuda de Ricardo Sérgio, Preciado renegociou uma dívida milionária junto ao Banco do Brasil, reduzindo seu valor em mais de 100 vezes.

E ainda com o apoio do ex-caixa de Serra, mesmo na condição de devedor contumaz do BB, Preciado conseguiu a participação do banco no consórcio Guaraniana, que arrematou três estatais de energia elétrica no nordeste. No Guaraniana, Preciado, de origem espanhola, representou a Iberdrola, da Espanha.

O segundo ponto levantado por Ribeiro Junior também é inédito. Trata-se dos depósitos realizados pela empresa Infinity Trading e também favorecendo a Franton, do ex-caixa de Serra.

O repórter descobriu que a Infinity Trading pertence ao empresário Carlos Jereissati, que liderou um dos consórcios que participou dos leilões de privatização e comprou parte da Telebrás.

Sempre se suspeitou do pagamento de propina na venda das estatais, mas esta é a primeira vez que aparece um claro indício a respeito e calcado em documentos bancários oficiais.

A Infinity Trading depositou comprovadamente mais de US$ 410 mil favorecendo o ex-caixa de Serra.

O debate da Record

Por Dalva Teodorescu

Era preciso muito estômago e força de vontade para ver o debate da TV Record.
Primeiro o horário. Poucos que trabalham cedo no dia seguinte podem ficar até uma hora da manhã diante da TV.

Mas parece que o debate registrou, no início, 11 e 12 pontos de Ibope e no final 6 pontos. Nada mal, o debate despertou a atenção dos notívagos.

A dificuldade maior foi suportar o comportamento do candidato José Serra. Mais do que agressivo o tucano foi deselegante e grosseiro com Dilma Rousseff.

Exibindo tamanha falta de educação, Serra várias vezes se dirigiu à Dilma usando o pronome ELA, e, várias vezes também a tratou de mentirosa.

Serra não respondeu uma pergunta sequer. Preferiu atacar o PT e a candidata. Mas a história de diabolizar o PT está pegando mal e ontem, no debate, ficou claro que é um artifício usado pelo PSDB e seu candidato, para esconder o seu despreparo.

Dilma estava segura, num de seus bons dias. Respondeu com firmeza e questionou José Serra sobre temas importantes, mas que ficaram sem respostas. Como a questão do desemprego.

Serra voltou a dizer que Erenice era o braço direito de Dilma. A candidata petista respondeu que o Paulo Preto é o braço direito, esquerdo e se duvidar é a cabeça também.

Diante das grosserias de Serra Dilma pediu uma vez para o candidato manter o nível do debate. Serra ignorou e partiu para os ataques pessoais.

Num dos últimos blocos, Dilma não aguentou e pediu ao candidato um pouco mais de humildade, de elegância, até porque, disse Dilma, não se ganha debate com desdém, nem se governa com desdém. O tucano engoliu e não respondeu.

Serra trouxe a questão da Petrobrás e das privatizações. Deu-se mal. Hoje, no Estadão 3 cientistas políticos analisaram o debate e deram a seguinte opinião:

Marcus Figueiredo notou que, nesta questão, ao contrário de Dilma, Serra não deixou claro o que fará com os recursos do Pré-Sal.

José Paulo Martins Júnior afirmou que Serra se mostrou esquizofrênico ao tentar se mostrar mais nacionalista que Dilma.

A palavra esquizofrênica também foi utilizada por Carlos Melo para qualificar a postura de José Serra que, segundo ele, foi mais estadista que Dilma.

Os analistas concluem que no saldo, o debate tem mais gosto de vitória para Dilma que para Serra.

Nas considerações finais, Dilma pediu desculpas aos telespectadores pelo nível do debate. Afirmou que tinha certeza que não era esse nível que interessava ao eleitor.

Foi bom o debate, porque mostrou Dilma Rousseff afiada, segura e com muita energia.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Deu no Le Monde

Por Dalva Teodorescu

O Jornal francês Le Monde trouxe em primeira página matéria com o seguinte título: “Como uma bolinha de papel tornou José Serra o motivo de risada no Brasil”.

Nada mal. O “affaire” bolinha de papel chegou nas páginas da imprensa internacional.

Ainda sobre a bolinha de papel

Por Dalva Teodorescu

No episódio da bolinha de papel que atingiu o candidato José Serra, a Globo, principalmente o JN, assim como a Folha de São Paulo saíram com graves sequelas.

Segundo o colunista Janio de Freitas, depois de uma discussão de 4 horas, a Folha preferiu guardar distâncias da denúncia, já que a imagem não era clara, mas a Globo decidiu peitar o que ninguém conseguia ver.

O JN forjou uma imagem confusa onde nada é nítido e convocou um perito familiar da casa para certificar que outro objeto, além da bolinha de papel, teria atingido Serra.

Já o Estadão, desde o início pegou suas distâncias, deixou para Dora Kramer semear a dúvida.
E José Roberto de Toledo, jornalista do Jornal o Estado e da Rede TV, foi o primeiro a falar em "bolinhagate".

Fernando Rodrigues, colunista da Folha, preferiu afirmar, em seu comentário na rádio Jovem Pan, que ninguém sabia de nada porque não tinha imagem comprovando que Serra fora atingido por um rolo de fita adesiva.

A Folha acendeu uma luz para Deus outra para o diabo. Mas se desgastou com a história, porque todo mundo sabe que a imagem exibida pela Globo foi gravada pelo celular de um jornalista da Folha, que a cedeu à Globo.

Veículos de mídia: Quem se fortaleceu e quem se desgastou nas eleições 2010.

Por Dalva Teodorescu


Comentamos dias atrás que, qualquer que seja o resultado das eleições presidenciais, a CNBB sairia enfraquecida.

Hoje, acreditamos que alguns veículos de comunicação também sairão menores e outros ganharão destaque nesse processo eleitoral.

A eleição de 2010 entrará para a história como o evento que fez surgir a pluralidade da mídia no Brasil.

Essa pluralidade estava se observando desde o primeiro turno, a exemplo do jornalismo realizado por Band e Band News e Rede TV!

Mas o marco definitivo foi o desmascaramento pela SBT da matéria exagerada do JN da Globo, sustentado que José Serra teria se ferido e ido para o hospital, depois de ser atingido por um objeto.

Ali ficou claro que a mídia não falava mais de uma só voz e que as mentiras não seriam mais suportadas em silêncio, como se fossem verdadeiras.

Por outro lado, a briga antiga entre TV Globo e TV Record, que girava geralmente em torno de intrigas de católicos e evangélicos, ganhou contornos eleitorais.

A Globo acreditou que poderia continuar agindo como porta voz dos tucanos, mas não contou que a concorrente iria contrapor tudo.

Ver a apresentadora do Jornal da Record ironizar Fátima Bernardes por ter dito que o paciente Serra apresentou ferimentos no episódio da bolinha de papel foi hilariante.

Mas, quando o jornal da Record, com didatismo, mostrou que o jornalista Amaury Ribeiro teria quebrado o sigilo dos tucanos a serviço de uma disputa entre a turma de Aécio e do Serra, o telespectador teve a certeza de que a pluralidade de jornalismo tinha se instalado na mídia brasileira.

A Globo não era mais a dona da verdade no noticiário político brasileiro.

A revista Veja também encontra a oposição ferrenha da revista Isto É, que decidiu enfrentar a rival fazendo contra ponto nos noticiários políticos.

Os escândalos tucanos que nunca viraram manchetes, ao contrário sempre foram acobertados, (lembrem se do caso Alstom) passaram a ocupar as capas da Isto É.

A última edição da revista Isto É está imperdível e a CartaCapital ganhou uma parceira de peso no quesito pluralidade de jornalismo.

A TV Record, a SBT e a revista Isto É sairão mais fortes dessas eleições porque permitiram ao, eleitor o contra ponto com a mídia tradicional, como a rádio Jovem Pan, a TV Gazeta, a Rede Globo de jornalismo, jornal e TV e rádio CBN, os Jornais Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo.

Outros veículos de comunicação ganharam destaque nesse processo das eleições presidenciais. A Rede de televisão e rádio Band News e Band e a Rede TV! sem dúvida sairão engrandecidas por realizarem um jornalismo parcial e diversificado.

Band e Rede TV ! asseguraram ainda dois bons bons debates entre os candidatos presidenciáveis.

O jornalismo da Globo sem dúvida sairá desgastado, tanto JN quanto Globo News.

Não foram capazes de adotar uma postura ética e de distanciamento no debate sobre as eleições. Falaram sozinhos na maior parte das vezes até chegar ao ápice do ridículo, quando bancou a farsa da bolinha para favorecer o candidato tucano.

A Folha de São Paulo também sairá menor. O Jornal chegou a sustentar algumas revelações comprometedoras, como o aborto de Monica Serra, mas se desgastou quando junto com sua parceira Globo, tentou desqualificar a importância dos votos evangélicos no primeiro turno.

O Datafolha não incluía em seu questionário a pergunta sobre religião. O Ibope detectou, antes do primeiro turno, os quatro milhões de voto evangélicos que escoaram de Dilma para Marina e o furo foi dado três dias antes pelo Estadão.

O Jornal do dr. Ruy chegou a fazer editorial mostrando a importância de temas religiosos como fato novo na eleição.

A Folha não viu nada, não quis admitir a cegueira, e insistiu que foi o caso Erenice que tirou os votos de Dilma e, sempre bem respaldada pela Globo, continuou a divulgar os boatos que interessa a ela e ao candidato tucano.

O jornal O Estado de São Paulo, quando declarou seu voto à José Serra, deu um passo importante e pode adotar, em alguns momentos, distanciamento das fofocas da Folha e do Globo, como o episódio bolinha de papel.

Mas, o jornal convive mal com a diversidade de opinião. Quando em editorial, citando o evento sobre as melhores empresas do Ano, não consegue citar o nome de Mino Carta e da CartaCapital, preferindo dizer “o dono da revista que organizou o evento”, o Estadão mostra falta de maturidade democrática.

Esse viés do Jornal ficou ainda mais claro quando demitiu a psicanalista Maria Rita Khel, porque a colunista ousou, em artigo, equipar o interesse dos votos dos ricos aos interesses dos votos dos que se beneficiam com bolsa família.

Hoje temos a mídia tradicional, a chamada velha mídia, disputando espaço com uma nova tendência do jornalismo brasileiro que optou pela pluralidade e o distanciamento no noticiário político.

E isso deve ser reconhecido e festejado e como uma nova era do jornalismo brasileiro. E, como diria a mãe do Napoleão, “Pourvu que ça dure" em bom português : "tomara que isso dure”.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

É... pensando bem...

A farsa pró-Serra do Jornal Nacional

Por Eduardo Guimarães
do Blog Cidadania




Na imagem acima, quatro frames de dois vídeos – um do SBT e três da Globo. Nos dois primeiros, os momentos em que dois objetos distintos teriam atingido a cabeça de Serra. Clicando aqui, o leitor pode assistir ao vídeo do Jornal Nacional. E, aqui, ao do Jornal do SBT.


O Jornal Nacional contestou o vídeo do Jornal do SBT dizendo que Serra foi atingido duas vezes na cabeça por objetos atirados por militantes. Contudo, assistindo ao vídeo da Globo é possível ver que tanto em uma ocasião quanto na outra a reação de Serra é a mesma após o impacto do objeto.

Voltando à imagem acima, nos três frames do vídeo do Jornal Nacional, o primeiro mostra o objeto atingindo a cabeça de Serra e os dois seguintes mostram que, tanto quanto no vídeo do SBT, o tucano ficou impassível.

Segundo o telejornal da Globo, mesmo Serra tendo sido atingido uma segunda vez, o jornalista que a emissora diz ser da Folha de São Paulo e que teria filmado a cena com o seu “celular” desviou o aparelho de Serra para retornar quase um minuto depois, quando o candidato já interrompia a impassibilidade e levava as mãos à cabeça – depois do telefonema?

Não é preciso ser nenhum gênio da perícia científica para entender que qualquer um que seja atingido por um objeto contundente na cabeça não dá vários passos adiante impassivelmente. Um impacto que deixe alguém zonzo tem o poder de empurrar o alvo para baixo ou de desequilibrá-lo.

É um escândalo o que fez a Globo. Sobretudo porque em sua filiada à cabo, a Globo News, o comentarista Merval Pereira acusou o SBT de ter forjado a reportagem em que disse que Serra passou a simular dor depois de receber um telefonema.

Segundo a Globo, o telefonema que Serra recebeu foi após o primeiro e o segundo impacto. A suposição implícita na reportagem do SBT de que esse telefonema pode ter levado Serra a simular dor pode ser usada da mesma forma, tanto para antes quanto para depois do impacto.

O telefonema pode ter ocorrido depois do primeiro impacto, em uma versão, ou depois do segundo impacto em outra. Nada muda o fato de que a dor na cabeça de Serra passou a ser demonstrada, fazendo com que fosse embora, só depois dos dois impactos e do telefonema

Fica claro que em nenhum dos dois momentos Serra reagiu como quem tivesse sido atingido por um objeto suficientemente contundente para levá-lo a fazer uma tomografia. Não há marca, não há qualquer vestígio de um só arranhão.

A ciência explica um impacto que deixe alguém (mais) tonto não deixar absolutamente nenhuma marca?

Aliás, falando nisso, cadê a tomografia? Seria bom ela ser juntada aos elementos que já se tem, se é que existiu o exame. Não que sua eventual existência provasse alguma coisa, porque o médico tucano já disse que não encontrou nada na cabeça de Serra…

A Globo manipulou imagens que, a rigor, mostram exatamente o mesmo que as da emissora concorrente, ao menos em termos de impassibilidade de Serra depois de cada uma das vezes em que foi alvejado.

Como tem funcionário da Globo dizendo no ar que a matéria do SBT é uma fraude, e como o jornalista desta emissora que fez o vídeo da bolinha de papel acompanhou tudo, ele deve ter muito a dizer sobre a matéria de hoje no JN.

Agora, quem deve dizer muito mais é a campanha de Dilma. Deveria fazer uma crítica forte à conduta da Globo no programa da candidata na TV e no rádio. A matéria apresentada no Jornal Nacional de quinta-feira tenta fazer uma nação inteira de trouxa.

Dizer que não há pelo menos exagero em Serra ter ido fazer tomografia e depois anunciado que iria repousar por 24 horas – o que não ocorreu – é um escárnio, uma afronta à inteligência da população.

Mas o pior é que, até o momento, o lado do tumulto acusado pela Globo de ter promovido tudo simplesmente foi impedido pela emissora de dar a sua versão dos fatos, ainda que o que circule na internet seja a versão de que foram os tucanos que marcharam em direção aos petistas.

A hipótese de que os objetos foram atirados contra Serra por petistas é tão boa quanto a de que tudo foi uma armação do PSDB, do seu candidato e da Globo. Uma investigação deveria ser aberta pela polícia, aliás.

Mas de uma coisa eu não tenho dúvida nenhuma: qualquer pessoa que tenha visto qualquer um dos vídeos constatou que a cabeça do Serra saiu do tumulto tão incólume quanto entrou, e que ele, no mínimo, demorou na reação ao impacto de um dos objetos e exagerou escandalosamente nessa reação.

Se diante dessa atitude escandalosa da Globo o programa da Dilma e/ou o próprio presidente Lula não fizerem uma crítica severa e pública à emissora, estarão enviando ao eleitorado uma mensagem subliminar que, aí sim, pode gerar prejuízo político à candidata do PT à Presidência.

Espero que o PT, o presidente Lula e a ministra Dilma já tenham entendido, definitivamente, que o dito popular de que “Quem cala, consente” anda mais em vigor do que nunca, neste país. Não dá mais, a esta altura, para receber ataques como esse sem rebater à altura.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Agressões na campanha presidencial

Por Dalva Teodorescu

Hoje, todos os jornais estamparam na capa foto de José Serra, depois de sofrer agressão no tumulto provocado por militantes tucanos e petistas.

Atos de violência em campanha devem ser condenados com veemência. Militantes dos dois lados, não deveriam comparecer em ato público de adversários. Isto é um fato.

Todo ato de violência tem de ser tratado como caso de polícia, mas curiosamente no caso de ontem o candidato tucano não chamou a polícia. Preferiu recorrer a um médico amigo dos tempos do Ministério da Saúde e uma TV amiga, a Globo.

Sim, somente o microfone da Globo apareceu na reportagem do JN. Os outros canais não registraram a entrevista exclusiva.

Aliás, todos os jornais de TV: Band News, Rede TV, Record e SBT noticiaram que, na confusão, formada por militância dos dois lados, Serra foi atingido por um rolo de papelão, de adesivo. (Eliana Cantanhêde, em sua coluna, diz que Serra foi atingido com uma bandeirada).

Na TV Globo houve uma evolução na narração do caso ao longo do dia, como mostrou Nelson de Sá, em sua coluna Toda Mídia na Folha. Segundo o colunista, no Jornal da Globo à tarde a narração do repórter foi: “ Em meio ao tumulto, Serra foi atingido. Pouco depois passou a mão na cabeça”.

Já no primeiro post do G1, da Globo, continua o colunista, “Serra diz ter sido atingido durante confusão” – mas o destaque “tucano não ficou ferido”, como a assessoria informou”. Depois porém, “o tucano foi levado para uma clínica”.

Na escalada da noite, no JN a coisa já estava tinindo, “ O candidato José Serra é agredido por militantes do PT”. “O médico disse que não houve lesões, mas recomendou reposo".

Essa matéria do JN foi reeditada no jornal das dez da Globo News.

Hoje, Dilma Rousseff quase foi atingida por um balão de água, arremessado do alto de um prédio em Curitiba.

Tudo isso é muito lamentável.

Jornal das Dez da Globo News : um mundo a parte

Por Dalva Teodorescu

Há tempos não via o jornal das dez da Globo News. Tentei rever outro dia e constatei que os jornalistas estavam num outro mundo. Fazendo jornalismo para eles mesmos.

Naquela noite, Dilma tinha estado no JN. Tinha se saído muito bem, mas Cristiana Lobo e Carlos Monforte preferiram comentar sobre a presença de Lula na campanha de Dilma.

Os jornalistas não saíram do primeiro turno. Diziam que Lula aparecia o dia inteiro nos spots de TV, que a candidata era incapaz de se segurar sozinha. Disse ainda que Dilma não tinha se saído mal no JN, mas que era incapaz de concluir um assunto.

Com voz mansa de cordeiro, Lobo foi talhando a Dilma. Nem uma palavra sobre o candidato José Serra, ausente do programa naquele dia.

Se for criado o prêmio do jornalismo do absurdo, sem dúvida Cristiana Lobo ganha de longe.

Nada sobre panfletos impressos em gráficas de familiares de assessor tucano ou sobre promessas mirabolantes feitas por Serra.

Impressionante a arrogância dos meninos da Goblo News.

Na noite da eleição para o primeiro turno. Todos os canais de TV convidaram políticos e cientistas políticos para comentar o resultado.

A Globo News, não. Quem poderia ser melhor do que Carlos, Monica, Cristiana e Merval?

Na intimidade da casa falavam entre si. Não consideravam que falavam para expectadores. Estavam num mundo à parte, onde só existiam eles.
Isso, na Globo, é considerado jornalismo.Pode?

Isso não é piada, é poesia pura!

Enviado pelo amigo Rinaldo, por e-mail:

No dia 02 de Janeiro de 2011, um senhor idoso se aproxima do Palácio da Alvorada e, depois de atravessar a Praça dos Três Poderes, falou com o Dragão da Independência" que montava guarda:

-"Por favor, eu gostaria de entrar e me entrevistar com o Presidente Serra.

O soldado olhou para o homem e disse:

-"Senhor, o Sr. Serra não é presidente e não mora aqui ."

O homem disse:

-"Está bem", e se foi.

No dia seguinte, o mesmo homem idoso se aproximou do Palácio da Alvorada e falou com o mesmo "Dragão":

- "Por favor, eu gostaria de entrar e me entrevistar com o Presidente Serra."

O soldado novamente disse:

-"Senhor, como lhe falei ontem, o Sr. Serra não é presidente e nem mora aqui ."

O homem agradeceu e novamente se foi.

Dia 04 de janeiro ele volta e se aproxima do Palácio Alvorada e falou com o mesmo guarda:

-"Por favor, eu gostaria de entrar e me entrevistar com o Presidente Serra".

O soldado, compreensivelmente irritado, olhou para o homem e disse:

-"Senhor, este é o terceiro dia seguido que o Senhor vem aqui e pede para falar com o Sr. Serra. Eu já lhe disse que ele não é presidente, nem mora aqui. O Senhor não entendeu?"

O homem olha para o soldado e disse:

-"Sim, eu compreendi perfeitamente, mas eu ADORO ouvir isso!"

O soldado, em posição de sentido, prestou uma vigorosa continência e disse:

-"Até amanhã, Senhor!!!"

Sigam o exemplo do velhinho e do dragão, ok!