quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Lula foi escolhido para receber o Prêmio Indira Gandhi para a Paz 2010

De Sérgio Lima/Folhapress


Lula foi escolhido para receber o Prêmio Indira Gandhi para a Paz, o Desarmamento e o Desenvolvimento para 2010, concedido pelo governo da Índia. Seu nome foi indicado por um júri internacional presidido pelo primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh.

A decisão foi anunciada em comunicado oficial do governo indiano, no qual Lula é elogiado pela “excepcional” contribuição aos programas que se destinam a acabar com a fome e promover o desenvolvimento do Brasil.

O prêmio inclui um valor em dinheiro e a publicação das iniciativas do agraciado. Por meio de sua assessoria, o presidente informou que se dispõe a ir à Índia depois de deixar o cargo no dia 1º de Janeiro quando transmitirá o poder à presidenta eleita, Dilma Rousseff. Já conquistaram a premiação, desde 1986, entre outros, o ex-secretário geral das Nações Unidas Kofi Annan e o ex-presidente da União Soviética Mikhail Gorbachev.

Alckmin indicou um clínico para a Secretaria da Saúde de São Paulo

Por Dalva Teodorescu


Os profissionais de saúde pública receberam com cautela a indicação do governador eleito Geraldo Alckmin, de um clínico, Giovanni Guido Cerri, para assumir a Secretaria de Estado da Saúde.

É certo que Giovanni Guido Cerri não é só clínico e foi diretor do hospital da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), mas essa experiência, infelizmente, ainda não tem incluído como lidar com os aspectos essenciais da saúde pública.

A escolha de Giovanni Guido Cerri foi aplaudida em comentários na imprensa e alguns chegaram a declarar que a presidente eleita, Dilma Rousseff, deveria seguir o exemplo de São Paulo, nomeando um clínico para o Ministério da Saúde.

A presidente eleita, por sua vez, recebeu um grupo de médicos clínicos, todos renomados, para um encontro em São Paulo. Até aí tudo certo.

O que acontece é que as autoridades governamentais recebem assistência médica em consultórios e clínicas privadas de altíssimo custo e onde atuam médicos altamente especializados e com grande renome em suas respectivas áreas.

Essas autoridades não se tratam no SUS e desta forma sua experiência pessoal em Saúde é frequentemente determinada pela convivência com seus clínicos.

Como é desejável em qualquer relação médico paciente, estabelecem com seus médicos clínicos relações de cordialidade, ver mesmo afetiva, e sua escolha para cargos governamentais é influenciada também por essa relação.

Mas, frequentemente, quando assumem o cargo o universo extremamente restrito e elitista onde atuam esses profissionais é transportado para sua gestão no sistema público de saúde.

Por isso é importante escolher os Secretários e Ministros entre profissionais da área de saúde pública, com experiência em vigilância epidemiológica, planejamento, organização de serviços e avaliação.

É sempre bom lembrar que a concepção e a criação do Sistema Único de Saúde- SUS foram decorrentes do trabalho persistente e eficiente dos profissionais de saúde pública, iniciado na década de sessenta e que se consagrou na constituição de 1988.

Por mais excelência que seja o desempenho médico dos profissionais da área clínica, sua experiência está tão distante da saúde pública como a Avenida Paulista da favela de Heliópolis.

Pode haver exceção, como o exemplo do cardiologista Adib Jatene, mas de forma geral, as gestões desses profissionais foram irrelevantes e não mostrou avanços substanciais em áreas essências da saúde pública.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Zizek animado

Por Daniela

Um amigo internauta, Ivan, indicou este vídeo. É uma aula de Zizek transposta para uma animação. Muita informação em apenas 11 minutos. Recomendo.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O ENEM, a Justiça e a imprensa ou: quem penaliza mais os alunos

Por Dalva Teodorescu

Interropmpemos nossas férias, porque é impossível ficar calada diante do absurdo Kafkaniano que a imprensa e a justiça estão transformando o erro de gabarito em algumas provas do ENEM.

No jornal da gazeta de terça feira, a apresentadora Maria Lídia virou dona Maria. Perguntei-me se a apresentadora estava lendo um texto editado pelo patrão ou se era sua opinião própria. Não é possível tamanha má fé.

Diante da dificuldade de admitir a importância que se tornou o Enem para a democratização do ensino no Brasil, a apresentadora preferiu fazer um daqueles sermões costumeiro. Dadeira de lição, desta vez Maria Lídia exagerou na dose, e sem constrangimento afirmou que o ENEM é um fracasso.

Maria Lídia seguia a velha mídia, que coordenadamente e unanimemente esbravejou para condenar o exame, por causa de um erro pontual.

A mídia endossou, sem avaliar com distanciamento, a atitude questionável de uma juíza do Ceará. Avaliação de distanciamento que foi feita por todos especialistas em educação e pelo presidente da OAB Ophir Cavalcante.

Claro que os alunos prejudicados têm o direito de reclamar. Não é nada agradável esse tipo de contratempo diante do estresse do exame. Mas o erro, que deve ser sim condenado, atingiu 0,003 três de alunos. Foram 2 mil alunos prejudicados entre três milhões de estudantes.

No seu programa na Band News, Richard Boechard igualmente desqualificou o exame sem concessão. Comparou com o exame da FUVEST que nunca tem problemas.

Tenho grande respeito pelo Boechard, mas desta vez ele foi muito rápido em seus comentários.

O exame da FUVEST está consolidado, existe há várias décadas. Outro argumento que a mídia tradicional não quer considerar é que o exame da FUVEST se refere á uma única faculdade, ele abarca somente os alunos que se inscrevem na USP, Universidade de São Paulo.

O ENEM é um exame que se realiza em todo território nacional. Não é a mesma logística. O ENEM seria mais bem comparado com o BAC francês, que é aplicado em toda a França.

O BAC francês é o exame que permite aos alunos sair do ciclo secundário e entrar no ciclo universitário. Foi criado por Émile Durkheim (1858 – 1917), no final do século XIX e ainda hoje é uma instituição de referência da educação francesa.

Todos os anos milhares de estudantes passam o seu BAC, muitos chegam atrasados e perdem o exame, lágrimas são derramadas e, com frequência, problema pontuais, como gabaritos trocados e perdas das provas, acontecem.

No BAC desse ano, exatamente, aconteceu de extraviar provas realizadas por alunos e os prejudicados tiveram que se submeter a novos exames.

A imprensa informa o ocorrido e só, não cria factóide. Os alunos e seus pais reclamam com razão, muitos querem sair de férias. Mas todo mundo sabe que aqueles alunos que foram prejudicados farão novas provas e pronto.

A Justiça não se mela de problemas dessa ordem, a imprensa não faz todo um alarde e a oposição não pede a cabeça do ministro da educação. Nem tampouco o ministro vai prestar conta no senado ou na televisão.

A reação da imprensa e da Procuradoria Geral da Justiça foi exagerada e ilustra o quanto ainda somos uma democracia em formação.

E mais inquietante, mostra a omnipresença da justiça em todos os fatos de sociedade. Será que cabe á justiça proibir a divulgação do gabarito do ENEM? Será que isso é sinal de uma democracia forte? Com certeza não. Tudo não precisa e não pode ser tratado como um assunto da Justiça.

Qual atitude prejudica mais a totalidade dos alunos? A do MEC que diz que os alunos prejudicados se submeterão a novas provas ou a justiça que está condenando a totalidade dos 3 milhões de alunos e de seus pais à incertezas da validade do exame ou da necessidade de fazer nova prova.

É essa a questão que uma imprensa séria e que se põe a serviço da população deve fazer.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Férias das mulheres de fibra

Queridas pessoas de fibra,

Muito obrigada pelas visitas e comentários de todos. Pedimos desculpa pela demora na publicação dos últimos comentários, na verdade, uma moderadora está de licença médica, a outra de enfermeira e a outra em férias.
Dentro de uma semana voltaremos ao normal e com novas propostas de atuação. Enquanto isso comemoremos a nossa vitória! Parabéns Brasil!
Um grande abraço a vocês que nos acompanharam nessa jornada e, mais uma vez, obrigada pela compreensão,
Até breve,
Mulheres de Fibra.