sexta-feira, 30 de julho de 2010

Vale lucrou em três meses mais que ela custou

Por Brizola Neto
Do Tijolaço

O dia em que este país for, de novo, do povo brasileiro, ao menos a memória dos homens que entregaram, de mão beijada, a imensa riqueza do povo brasileiro representada pela Vale vai fazer companhia à de Joaquim Silvério dos Reis na galeria dos grandes traidores da brasilidade.


Saiu agora á noite o resultado semestral da Vale e só no segundo trimestre do ano ela deu lucros líquidos – líquidos! – de R$ 6,63 bilhões ou US$ 3,75 bilhões.

O valor é mais que os US 3,3 bilhões pelos quais ela foi vendida pelo Governo Fernando Henrique Cardoso.

Tentei, inutilmente, nesta legislatura, abrir uma CPI sobre esta privatização criminosa.

Se conseguir se eleito, volterei á carga no ano que vem. E no outro, e no outro e no outro e enquanto eu puder.

Posto aí em cima um videio, da insuspeita Veja, para que todos saibam, da boca do próprio Fernando Henrique Cardoso, quem foi o grande incentivador deste crime de lesa-pátria.
 

Cinismo pouco é bobagem... e vira non sense total

Por Daniela


O repórter João Bosco Rabello escreveu um texto non sense total e o Noblat ainda publicou!

O título é “PT tangencia temas que terão importância objetiva no debate
 
 Nos dois primeiros parágrafos já mostra a que veio: “Como estratégia de campanha, compreende-se a reação evasiva do PT às acusações de ligação com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e de tolerância com o Movimento dos Sem Terra.


Mas vinculá-las a uma tentativa do adversário de atemorizar o eleitorado, para resgatar o bordão da esperança vencendo o medo, vitorioso na primeira eleição de Lula, é apenas uma forma conveniente de tangenciar o conteúdo da crítica”. (itálicos meus)

Só rindo! Gargalhando!

Só dois tipos de pessoas concordam com o jornalista: as alienadas – as que não têm a menor ideia do que está acontecendo no Brasil – e as preconceituosas, ou cínicas: essas sabem muito bem a diferença que o Lula fez para o Brasil, mas não dão o braço a torcer porque são invejosas e preconceituosas.

É mesmo muito cinismo. Como disse no post anterior, a mídia paulistana se junta para proteger o Serra, e as organizações Globo idem. Mas não sei até quando porque ele realmente está abusando. Agora criou um esquadrão antiboato (essa foi ótima, veja no Tijolaço, acompanhado de um vídeo antológico)

João Bosco Rabello bem que está tentando aliviar pro Serra e o vice, mas tá difícil de engolir. Aí coloca o desatino como se ele tivesse sido cometido pelo PT, dizendo que sua reação é evasiva.


Ora, “Reação evasiva”? Abrir representação contra a Veja e o PSDB é resposta evasiva?
 
Ah, com certeza ele conta com a desinformação ou com o cinismo dos seus leitores. Ou estaria ele reafirmando que o PT teria ligações com as Farc? Seria o caso de abrir uma representação contra ele – e o Globo - também?


E a “Tolerância com o MST”? Ele está ultradireitamente sugerindo que a gente seja intolerante com o MST? Onde está a democracia e o direito de expressão que os jornalistas da Globo tanto reivindicam? Ele só vale para a imprensa?

É uma pérola atrás da outra. A próxima foi dizer que a Dilma resgatou o antigo bordão da esperança contra o medo, “vitorioso na primeira eleição de Lula”. Agora ele conta com o leitor sem memória, que não lembra que quem usou a estratégia do “medo” foi o próprio Serra, na voz de Regina Duarte “eu tenho medo”. E não foi vitoriosa, ao contrário, foi um fracasso. Alguém não lembra disso? Alguém não riu muito disso? Até hoje? E eles vão lá usar a mestra estratégia furada.

É realmente patética a tentativa de dar razão para o irracional. O texto, para quem acompanhou os fatos, é non sense total.

A reação do PT não “é apenas uma forma conveniente de tangenciar o conteúdo da crítica”, como demonstramos aqui, ao contrário, está longe disso, até porque, as Farc definitivamente não se configuram como um “ tema que terá importância objetiva no debate” e o que se configura como realmente importante para o debate é o plano de governo de cada um dos candidatos, mas quanto a isso, o PSDB e a mídia que o protege precisam mais que nunca “tangenciar”, já que Serra não entregou nenhum, nada, nem uma linha de programa de governo ao nosso Tribunal Eleitoral. Só podem mesmo falar de temas “tangenciais”.

No decorrer do texto, o jornalista insiste que a política externa do Governo Lula teve ligações com as Farc. Mas nem vale a pena continuar a análise, de tão pobre que é o texto, só queríamos dar um exemplo de como a mídia faz uma ginástica incrível para desculpar o indesculpável. E ele está aí. Esse foi só um entre as centenas que brotam todos os dias na imprensa. Haja paciência!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Non ducor, duco. Você que tem filhos em idade escolar, cuidado, o Sistema Anglo de Ensino agora é da Editora Abril.

Por Daniela

O lema de São Paulo realmente diz tudo: não sou conduzido, conduzo é o delírio de achar que conduz – ou tem que conduzir – o Brasil. A megalomania da paulistanidade, ideologia transmitida às crianças desde tenra idade, construiu a crença que tudo funciona em São Paulo melhor do que em qualquer estado brasileiro. Por isso, paulista, quando viaja pra outros estados, sofre. Não tem a menor paciência com outras formas e ritmos de viver que não seja o seu, e por isso cai sempre no autoritarismo.


A derrocada de Serra e sua ala do PSDB representam bem o estado de queda livre em que se encontra a elite da paulistanidade. Entretanto, eles ainda podem incomodar, e farão isso, sobretudo, através da imprensa paulistana. Estadão, Folha e Veja se unem sempre para proteger as insanidades desse que ficou louco de tanta vaidade. Às vezes até escrevem a mesma manchete de capa.

Fiquei assustada demais quando soube que o Sistema Anglo de ensino foi comprado pela editora abril (veja notícia aqui). De cara se colocam como a segunda maior rede de sistema de ensino do Brasil: são mais de 850 escolas associadas. Agora vão atacar de educação formal para quem ainda não conhece a história do Brasil. É perfeito para eles, vão poder manipular bastante na escola, porque com a Veja já não está tão fácil assim, nem tão lucrativo. Antes que o barco afunde definitivamente, já encontraram um porto, ou melhor, Anglo, mais seguro. Com certeza vão lucrar bastante por um tempo e, infelizmente, antes que eles também afundem o complexo educacional que adquiriram em pleno vapor vão desinformar muita gente inocente.

Outro dia fomos acusadas por uma internauta de não sermos democráticas porque já temos nossos candidatos e, principalmente, candidatas. Só porque desmascaramos as ações de um dos candidatos à presidência não podemos ser taxadas de antidemocráticas. É esse tipo de confusão que a mídia cria e muito jovem desavisado acaba caindo. Democracia é outra coisa, mas duvido que eles vão ensinar isso na sua nova escola.

Se você tem filhos em idade escolar, fique atento. A pior escolha que você pode fazer é entregar a educação dos seus filhos nas mãos da Veja, ops, do novo Sistema Anglo de Ensino da Editora Abril.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Divulgação importante: Campanha Ponto Final na Violência contra as Mulheres e Meninas

Pessoal,

reproduzo como post o comentário de Vera Daisy sobre o texto anterior, "10 mulheres são assassinadas por dia no país", por ser da maior importância. Obrigada, Vera.

"Gostei das informações postadas e aproveito este espaço para divulgar que a Rede Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos, com sede em Porto Alegre, está implementando em todo o país a Campanha Ponto Final na Violência Contra as Mulheres e Meninas. A Ponto Final é uma ação aberta a todos e todas que consideram a violência contra as mulheres e meninas inaceitáveis. Um dos seus objetivos é mudar as atitudes e crenças sociais relacionadas à discriminação, desigualdades e iniquidades de gênero que sustentam e promovem a violência contra as mulheres. A Campanha Ponto Final pode ser acessada no www.redesaude.org.br/portal/pontofinal. Mais informações pelo email:campanhapontofinal@gmail.com


Abraços,
Vera Daisy

Jornalista/Porto Alegre/RS"

terça-feira, 27 de julho de 2010

10 mulheres são assassinadas por dia no país

Como nós chamamos atenção recentemente, a grande imprensa faz que não vê a conexão entre os assassinatos de mulheres. No blog do Azenha, o Vi o mundo, Conceição Lemes escreve sobre o assunto, mostra dados importantíssimos e uma análise que vai no ponto da questão. O texto se intitula "Em briga de marido e mulher já se mete a colher, sim!" Resolvi não reproduzir o título em destaque por conhecer um texto acadêmico com o mesmo nome, então preferi evitar a confusão. Agora vamos ao texto.

Em briga de marido e mulher já se mete a colher, sim!

Por Conceição Lemes

Janeiro. O ex-marido de Maria Islaine de Morais, 31 anos, a executa diante das câmeras de vídeo do seu salão de beleza em Belo Horizonte (MG).


Abril. Orestina Soares, 53 anos, de Duque de Caxias (RJ), é assassinada a pedradas pelo namorado. Engenho de Dentro (RJ): Dayana Alves da Silva, 24 anos, morre devido a queimaduras dois meses de o ex-marido atear-lhe fogo no corpo. Mônica Peixinho, 28 anos, é morta com um tiro na nuca em Lauro de Freitas (BA); seu companheiro é o principal suspeito é seu companheiro.

Maio. Mércia Nakashima, 28 anos, é assassinada em Nazaré Paulista (SP); seu ex-namorado é o principal suspeito.

Junho. Eliza Samudio, 25 anos, é assassinada em Vespasiano (MG) porque tentava provar que Bruno, ex-goleiro do Flamengo, era pai do seu filho.

A imensa maioria, porém, dessas estúpidas tragédias femininas não sai nos jornais. No Brasil, agressões contra as mulheres ocorrem a cada 15 segundos. Quanto mais machista a cultura local, maior a violência contra a mulher. Os responsáveis por seus assassinatos são principalmente os atuais ou antigos maridos, namorados ou companheiros.

O Mapa da Violência no Brasil 2010, feito com base no banco de dados do Sistema Único de Saúde (DataSUS), revela: entre 1997 e 2007, 41.532 mulheres morreram vítimas de homicídio, o que significa dez mulheres assassinadas por dia no país.

“As mulheres são menos vítimas de assassinatos do que os homens”, explica Julio Jacobo Wiaselfisz, autor do estudo. “Porém, o nível de assassinato feminino no Brasil fica acima do padrão internacional. Enquanto aqui ocorrem 4,2 assassinatos femininos por 100 mil habitantes, na maioria dos países europeus, os índices não ultrapassam 0,5 caso por 100 mil.”

CRESCE PROCURA PELO DISQUE 180; MAIORIA MORA COM AGRESSORES

Essa semana a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, da Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM), divulgou o número de atendimentos de janeiro a maio de 2010. Somaram 271.719, um aumento de 95,5% em relação aos primeiros cinco meses de 2009 (138.985).

Nesse período, a Central 180 registrou 51.354 relatos de violência. Foram 29.515 casos de violência física, 13.464 de violência psicológica, 6.438 de violência moral, 887 de violência patrimonial, 1.060 de violência sexual, 42 situações de tráfico e 207 casos de cárcere privado.
“A procura pelos serviços da Central 180 aumentou nos primeiros cinco meses de 2010 devido à campanha nacional ‘Uma vida sem violência é um direito de todas as mulheres’, realizada no final de 2009”, acredita a ministra Nilcéa Freire, da SPM. “Também por causa da maior divulgação da Lei Maria da Penha.”

O relatório SEPM deste ano traz informações inéditas:
* 39,8% declararam que sofrem violência desde o inicio da relação.
* 38% disseram que a relação com o agressor tem mais de 10 anos de duração.
* 71,7% residem com o agressor.
* 68,9% relataram que os filhos presenciam a violência; 15,6 dos filhos sofrem também violência.
* 58, 2% das mulheres que buscam o Disque 180 têm entre 20 e 45 anos, 68,3% estão casadas ou em união estável e 28,9% possuem nível médio de escolaridade.

E VOCÊ, JÁ FOI VÍTIMA DE VIOLÊNCIA MASCULINA?

Pense um pouco na convivência com seu marido, companheiro, noivo, namorado. Alguma vez ele:

1) Xingou-a ou fez com que você se sentisse mal a respeito de si mesma?

2) Depreciou ou humilhou você diante de outras pessoas?

3) Ameaçou machucá-la ou alguém de que você gosta, como pessoas queridas ou animais de estimação?

4) Deu-lhe um tapa ou jogou algo em você que poderia machucá-la?

5) Empurrou-a ou deu-lhe um tranco/chacoalhão?

6) Deu-lhe um chute, arrastou ou surrou você?

7) Ameaçou usar ou realmente usou arma de fogo, faca ou outro tipo de arma contra você?

8) Forçou-a fisicamente a manter relações sexuais quando você não queria?

9) Você teve relação sexual porque estava com medo do que ele pudesse fazer?

10) Forçou-a a uma prática sexual degradante ou humilhante?


“Se respondeu afirmativamente a pelo menos uma dessas perguntas, você já foi ou está sendo submetida à violência por parte do parceiro”, alerta a médica Lilia Blima Schraiber, professora do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP, no capítulo Relacionamento do livro Saúde – A hora é agora. As questões 1, 2 e 3 indicam violência psicológica; 4, 5, 6 e 7, violência física; e 8, 9 e 10, violência sexual. Freqüentemente, os três tipos estão sobrepostos.

No livro, a professora Lilian Blima Schraiber, que pesquisa a violência contra a mulher, responde algumas dúvidas muito comuns:
 Mas essas situações não seriam apenas agressão ou abusos?

– Uma fala rude, um tapinha, um empurrão ou um beliscão não são normais entre casais?
Não. E não. Todas essas vivências são formas de violência e causam prejuízos à saúde física e mental. Só que as próprias mulheres nem sempre as percebem como violência, pois provocam uma dor sem nome. Pior. Por desinformação, desconhecimento dos seus direitos, vergonha, medo, insegurança econômica, amor pelo agressor, falta de apoio familiar e social, entre outras dificuldades, freqüentemente agüentam caladas. É como se esse fosse o único destino.

O preço do silêncio é alto: a escalada da violência doméstica e a busca tardia de saídas, quando às vezes vidas – da mulher, dos filhos ou do parceiro – estão em risco. Agudos ou crônicos, sinais e sintomas dos sofrimentos e abusos se distribuem por todo o corpo: desde diarréias, sangramentos vaginais, doenças sexualmente transmissíveis, dores de cabeça, musculares, abdominais e no peito, até depressão, ansiedade, negligência dos autocuidados, abuso de álcool e outras drogas e suicídio.

- Então, o que fazer?

Violência à mulher é problema de saúde pública. Se pintar briga, discussão, desentendimento, ciúmes, sente-se para conversar com o parceiro. O ideal é resolver tudo por meio do diálogo, inclusive a eventual separação. Agora, se for difícil lidar sozinha com a situação, busque ajuda de amigos, familiares, organizações não-governamentais, delegacias da mulher. A violência pode aumentar de intensidade e colocar em risco você e sua família. Aja enquanto ela ainda não descambou para a tragédia.

“Em briga de marido e mulher se mete a colher, sim”, avança Lilia Schraiber, pondo abaixo um velho e arraigado ditado popular. Bruno, ex-goleiro do Flamengo, usou-o em março para defender Adriano, então colega de time, que havia batido na noiva.

“Muitas vezes a própria mulher não tem consciência da ameaça”, observa Lilia Schraiber. Se é você amiga, vizinha ou parente, dê-lhe um toque. Se perceber que a situação está fora de controle, não hesite em chamar a polícia. O silêncio e o imobilismo são cúmplices da violência. Os comportamentos agressivos transgridem os direitos humanos. Questão de respeito ao direito e à dignidade da pessoa.

– Mas os homens também não são vítimas de violência doméstica, não são?

Com certeza, são. Mas as grandes vítimas da violência doméstica são as mulheres, as crianças (os meninos, mais a física; e as meninas, mais a sexual) e os idosos. Tanto que, segundo estudos feitos no Brasil e no exterior, mais de 90% das violências perpetradas contra a mulher ocorrem no ambiente familiar, e o agressor é pessoa conhecida – freqüentemente, o parceiro. Já entre os homens é o inverso. Mais de 90% dos atos de violência são cometidos por outros homens, geralmente desconhecidos, e em espaços públicos.

"Apesar dessas diferenças de taxas, toda e qualquer violência deve ser prevenida: no espaço público e privado, contra mulheres, homens, crianças e idosos”, frisa Lilia. “De novo, uma questão de respeito ao direito e à dignidade humana.”

COMO SE PROTEGER MAIS: USE ESTAS ARMAS A SEU FAVOR

Conheça a Lei Maria da Penha na íntegra – Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e estabelece medidas de assistência e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar.
Central Disque 180 – É o disque-denúncia para violência contra a mulher. Vale para todo o território nacional, e a ligação é gratuita. Atende todos os dias, inclusive finais de semana e feriados, durante as 24 horas.
A Central funciona com atendentes capacitadas em questões de gênero, nas orientações sobre o enfrentamento à violência contra a mulher e, principalmente, na forma de receber a denúncia e acolher as mulheres.
Além de encaminhar os casos para os serviços especializados, a Central fornece orientações e alternativas para que a mulher se proteja do agressor. Ela é informada sobre seus direitos legais, os tipos de estabelecimentos que pode procurar, conforme o caso, dentre eles as delegacias de atendimento especializado à mulher, defensorias públicas, postos de saúde, instituto médico legal para casos de estupro, centros de referência, casas abrigo e outros mecanismos de promoção de defesa de direitos da mulher.
Cfemea – Oferece informações sobre legislação e direitos da mulher.
Secretaria de Políticas para Mulheres – Entre outros assuntos, contém uma relação de serviços de atendimento específicos para a mulher.
Reiteramos. Em briga de marido e mulher, namorado e namorada, companheiro e companheira, se mete a colher, sim! É por todas nós, mulheres. É também por todos vocês, homens.

Nota do Viomundo: O livro Saúde — A hora é agora, publicado pela editora Manole, tem como autores a repórter Conceição Lemes, o médico Mílton de Arruda Martins, professor titular de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da USP, e o médico Mario Ferreira Junior, responsável pelo Centro de Promoção de Saúde do Hospital das Clínicas de São Paulo.

A política externa do Zé Pedágio

Por Mulheres de Fibra


Ainda ontem falamos sobre a mentalidade anacrônica da “elite” paulista. Agora vamos a um exemplo concreto.

No Estadão de hoje, 27 de julho de 2010, na matéria “Serra critica apoio de Lula a Chávez, em quem vê ‘ameaça’ à paz regional” podemos observar não apenas a mentalidade retrógrada de que falamos, como também podemos conhecer qual a proposta de política externa do candidato da oposição, caso chegasse a governar o Brasil – já que ele não registrou nenhuma página de programa de Governo no STE, o que a gente pode fazer é estudar o que ele diz e faz por aí.

Depois de afirmar que desativaria o Mercosul em detrimento da ALCA, depois de afirmar que o Presidente da Bolívia, Evo Morales, é cúmplice do tráfico de drogas na Bolívia e de criticar as negociações com o Irã, agora ele diz, num almoço com empresários em São Paulo ocorrido ontem, que o Chávez abriga as FARC em território venezuelano: “É inegável que o Chávez abriga essas Farc. (...) Todo mundo sabe, até as árvores da floresta amazônica. Elas são as principais testemunhas de que as Farc se abrigam na Venezuela. (...) Ele [Chávez] vai criando fatos que ameaçam a estabilidade da América do Sul, da Latina e do Brasil. Ter países se hostilizando nas nossas fronteiras não é uma boa.”


Pelo visto, para o candidato, um bom programa de política externa seja hostilizar os presidentes vizinhos por meio de sérias calúnias a seu respeito, e fazer negócio só com os Estados Unidos, detalhe: com a Hillary e sua política externa de extrema direita, porque Obama está bem mais preocupado com as graves questões internas desse país.

Seguindo essa linha, nos alinharíamos com Uribe e seu sucessor Juan Manuel Santos, brigaríamos com os demais vizinhos e afundaríamos junto com os Estados Unidos na queda ululante desse grande império. E a nossa grande imprensa vibra!

Será que é essa virada à direita que o Brasil está precisando? Achamos que não. Isso seria fazer o Brasil retroceder.

No almoço, sentado ao lado de Índio da Costa, Serra criticou ainda a suposta futura relação da Candidata Dilma com o MST: “Porque com ela vão poder fazer mais invasões, mais agitação. É isso. Postura de governo em relação ao MST é que se trata de um movimento político e tem de viver pelas próprias pernas e não pode subverter a ordem democrática".

O ponto de vista que o enunciador da proposição acima evidencia para nós é, sem sombra de dúvidas, o da ultra-direita (leia no Nassif), a mentalidade retrógrada que é, infelizmente, a cara da elite paulista, por mais que ela queira se autodenominar “social democrata”. A máscara não cola mais. As mulheres de Fibra repudiam esse fardo para os brasileiros. Nós não precisamos passar por isso. Que venha um destino melhor, muito melhor... Felizmente, o Brasil já sabe o que é democracia.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

São Paulo na contramão do Brasil

Enquanto o Brasil inteiro anda pra frente, São Paulo anda pra trás. Infelizmente.


Sou paulistana da gema, mas quase nunca concordo em termos políticos com meus conterrâneos de capital e de estado. Isso porque os paulistas são extremamente preconceituosos. Parece que têm todos os tipos de preconceito e por isso se acham superiores aos brasileiros de outros estados. Tanto que na ideologia deles todo nordestino é baiano e baiano tem sempre sentido pejorativo. No melhor das hipóteses quer dizer “cafona”, “brega”. Ah, pra paulista, nortista também é nordestino. Claro que iam achar péssimo um presidente que resolvesse fazer alguma coisa pelo desenvolvimento dessas regiões que eles desprezam tanto.

E do preconceito com o nordestino ao preconceito com o “pobre” é um pulinho. Quem é pedestre de carteirinha, como eu, sabe que quem não tem carro é tratado como lixo. Claro! Provavelmente é pobre, senão não andaria a pé! Quanto mais chique o bairro, mais difícil fica de um carro parar para te dar passagem. Outro dia, na Vila Madalena, naquelas ruas cheias de 4X4, foi uma Kombi surrada de um verdureiro que parou para os pedestres passarem. Onde está a educação? O que é educação, mesmo? É... São Paulo não sabe... E não adianta nada fazer campanha de “trânsito mais gentil”... nem no metrô! É para os pedestres serem mais compreensivos?

É da mentalidade “pobre é lixo” de uma elite anacrônica e sob o crivo da qual nascem os Grandes Jornais da Imprensa paulista que elegeu ad eternum o partido dos tucanos para arrasar com o nosso estado, com a minha capital.

É de chorar o 38,7% do Alckmim versus o 18% do Mercadante.

Gente, me ajuda, tá difícil de acreditar. Ainda que o Mercadante cresça nas pesquisas e vença a eleição, como é que pode uma pesquisa acusar quase 40% de intenção de voto num cara que não fez absolutamente nada por São Paulo e ainda é um picolé de chuchu?

É de chorar, mas é verdade. O Brasil inteiro aprendeu a votar, menos São Paulo. O Brasil inteiro cresce, menos São Paulo. Por ser assim tão apegado à oposição mais medíocre da história do Brasil, São Paulo é um estado que anda na contramão do país. Talvez por isso tenha que cobrar tantos pedágios.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Paixão não combina muito com parcialidade no desempenho judiciário

Por Dalva Teodorescu

Nos últimos dias são inúmeras as notícias sobre o repúdio dos procuradores sobre tentativa de intimidação.

Na verdade, de acordo com nota do jornal Estadão, apesar do apoio público do Procurador Geral da República Roberto Gurgel à corporação, na semana passada Gurgel estaria disposto a conversar com a vice procuradora Sandra Cureau para pedir mais discrição no trabalho do ministério público.

A discrição adotada pelo procurador geral contrastaria com o perfil de Sandra Cureau. A vice-procuradora praticamente não conversa com Gurgel sobre as representações.

Prática contrária à de Gurgel quando era vice procurador na gestão de Antonio Fernando de Souza.

Xerife da eleição presidencial Sandra Cureau adora conceder entrevista aos jornais. Ao jornal o Estado de São Paulo já concedeu duas entrevistas.

Na última, muito sorridente e feliz com sua prestação, a vice procuradora confessava que sempre foi apaixonada por política.

Paixão não combina muito com parcialidade no desempenho judiciário.

Procuradora aciona mais PSDB do que o PT.

Por Dalva Teodorescu

Segundo o Jornal O Estado de são Paulo, dados do TSE indicam que campanha tucana foi alvo de 16 ações contra 12 da campanha petista.

O objetivo da matéria era mostrar que ao contrário do que afirma o PT, Dilma é vítima do TSE.

O problema é que se Dilma não é vítima do TSE ela é vitima da mídia. Raramente se vê manchetes sobre representações contra o candidato tucano.

Já as representações contra Dilma e contra o presidente da República viram manchetes cotidianas na autodenominada grande imprensa.

Insistimos no tema: Propaganda enganosa do PSDB: o embuste de Serra nos Genéricos

Por Sandra de Andrade
Link: http://sandradeandrade.wordpress.com/2009/06/13/propaganda-enganosa-do-psdb-o-embuste-de-serra-nos-genericos/

“Como de filho bonito todo mundo quer ser o pai, em 1999 foi aprovada uma lei, que era praticamente uma regulamentação dos remédios genéricos. O então ministro da Saúde, José Serra, passou a dizer que ele era o autor da lei. Eu considero uma usurpação o que está sendo enfatizado pelo PSDB [em declarações recentes à imprensa]. Eles não têm fundamento legal nenhum para afirmar que foi por meio daquele partido que se implantou a política dos medicamentos genéricos no País.” Jamil Haddad (PSB/RJ)

A corrupção tucana não atinge apenas os cofres públicos.

O atual embuste de José Serra (PSDB/SP) é a propaganda enganosa do PSDB, corrompendo a história dos medicamentos genéricos.

José Serra surrupiou de Jamil Haddad programa dos genéricos.

Propaganda do PSDB na TV é enganosa. Decreto dos genéricos tem 16 anos, e quem fez foi Jamil Haddad (PSB), no governo Itamar Franco.

 O governo FHC/Serra ATRASOU a lei dos genéricos durante seu primeiro mandato atendendo Lobby da indústria farmacêutica.

Em 1991, o médico e deputado Eduardo Jorge (filiado ao PT/SP, na época – não confundir com o tucano ex-secretario de FHC), apresentou o projeto de lei nº 2.022, que proibia o uso de marca comercial ou de fantasia nos produtos farmacêuticos e obrigava a utilização do nome genérico nos medicamentos comercializados no país.

Esse projeto ainda tramitava no Congresso, quando Itamar Franco substituiu Collor em outubro de 1993, e assumiu o ministério da saúde o médico Jamil Haddad (PSB/RJ).

A bem da verdade, a chegada dos genéricos deu-se com o decreto-lei 793, de 1993, do então ministro da Saúde, Jamil Haddad, que seguia orientação da OMS.

Este decreto tornou obrigatório tudo aquilo que Serra diz ter feito:

- nomes genéricos constarem nas embalagens de todos os medicamentos, com destaque em relação à marca comercial;
- receitas médicas ou odontológica com denominação genérica do medicamento prescrito;
- A indústria farmacêutica tinha 6 meses para se adequar ao decreto;

O poderoso lobby da indústria farmacêutica contra-atacou em várias frentes:
- na justiça (obviamente), conseguindo liminares para não cumprir o decreto;
- pressões diplomáticas dos países sede das grandes indústrias farmacêuticas;
- no Congresso, impedindo a votação da lei de Eduardo Jorge, mais rigoroso do que o decreto de Jamil Haddad/Itamar Franco;

FHC assumiu o governo logo em seguida, em 1995, e submeteu-se, docilmente, à esse lobby farmacêutico durante os 4 anos do primeiro mandato, sem tomar qualquer atitude para avançar na lei, e obrigar os laboratórios a cumprirem o decreto.

Em 1999, FHC estava impopular, pois ele havia destruído as bases do próprio Plano Real, quando mudou a política econômica em janeiro de 1999. Muitos gritavam nas ruas “Fora FHC”, pois ele acabava de ser reeleito fazendo campanha enganosa, como sendo o candidato que garantia a estabilidade econômica, mas bastou passar as eleições, e aquilo que já era conhecido entre os mais bem informados, atingiu o bolso de todos os brasileiros.

FHC e Serra saíram em busca de uma agenda positiva, tirando da gaveta projetos que poderiam ter apoio e visibilidade popular, mas que não exigiam altos custos (o FMI proibia, pois Brasil estava quebrado, com o orçamento governado pelos interventores do FMI).

A lei dos genéricos vinha a calhar. Já existia e estava em vigor, apenas havia queixas e mais queixas da população pela falta de seu cumprimento, devido à leniência da fiscalização.

Apesar das pressões internacionais, não havia como tapar o sol com a peneira, e submeter-se à indústria farmacêutica, diante de recomendações da OMS, amplamente adotadas pelos mesmos países que “proibiram” FHC de fiscalizar laboratórios, para agirem dentro da lei, durante todo seu primeiro mandato.

Estava difícil explicar porque um medicamento de um mesmo laboratório importado da matriz, tinha uma embalagem com nomes genéricos nos países do primeiro mundo, sede dos laboratórios, e no Brasil eram vendidos apenas como marca.

Nesse contexto, Serra, sem conseguir fazer programas que fazem a diferença no ministério da saúde, recorreu à roubar projetos alheios, entre eles o genérico.

Serra provocou RETROCESSO na lei dos Genéricos, e suavizou para a indústria Farmacêutica

Pra governar bem e atender à população, bastava fazer o que FHC não fez durante 4 anos: colocar o ministério da saúde para apertar a fiscalização e fazer os laboratórios cumprirem a lei.

Mas não. FHC e Serra, recorreram ao populismo e ao estardalhaço. Para surrupiar o mérito alheio, e apagar as digitais de Jamil Haddad e Itamar Franco no programa dos genéricos, revogaram o decreto anterior na íntegra e fizeram uma lei (9.787/99) e decreto (3.181/1999) com muitas concessões ao lobby da indústria farmacêutica, em relação ao decreto anterior de Haddad.

FHC/Serra andaram para trás ao atender às seguintes pressões da indústria farmacêutica:
- Criou a figura distinta do medicamento genérico e do similar (de marca), mesmo quando suas fórmulas são iguais. Ou seja, autorizou a continuidade da venda de remédios valorizando a marca em detrimento do princípio ativo, sucumbindo ao marketing (mercado) em detrimento da saúde. Na prática, deixou a indústria criar, separadamente, uma linha de genéricos, como se fosse de “segunda linha”, no imaginário popular.
- Enquanto o decreto de Haddad obrigava que as letras do nome genérico fossem 3 vezes maiores do que a marca, em QUALQUER medicamento, o decreto de Serra/FHC reduziu para igual tamanho no caso do medicamento rotulado como genérico, e de metade do tamanho do marca para o medicamento “SIMILAR”.
- a lei foi atenuada também quanto à obrigatoriedade de aquisição de genéricos pelo governo, que se tornou “preferencial”;

O presidente da Abifarma (donos da indústria de remédios), Bandeira de Mello, comemorou:

“A empresa [multinacional] agora poderá vender caro [medicamentos de marca] para quem quiser comprar.”

Um grande embusteiro.

Há mais propaganda enganosa na Propaganda do PSDB, sobre a paternidade do plano real e do salário desemprego, mas é muito embuste para abordar em apenas uma nota.

Outro embuste de José Serra é querer assumir a paternidade do programa de prenvenção à AIDS, conforme explicou Conceição Lemes no blog viomundo:

“Essa história do Serra não corresponde à verdade dos fatos. Discordo também profundamente de que este ou aquele partido criou o programa”, põe os pingos nos is a médica sanitarista Mariângela Simão, desde 2004 diretora do PN-DST/Aids. “O Brasil reagiu muito precocemente à epidemia de aids e vários atores foram importantíssimos na sua história, entre elas a doutora Lair Guerra de Macedo Rodrigues* e o professor Adib Jatene. O grande diferencial é que, no Brasil, o Programa Nacional de Aids deixou de ser uma política de governo para ser uma política de Estado.”

terça-feira, 20 de julho de 2010

A desolação de Lúcia Hipólito e o Cansei de Dora Kramer

Por Dalva Teodorescu

Hoje, no programa de Heródoto Barbeiro, a pobre Lúcia Hipólito estava desolada, triste mesmo com os rumos da campanha eleitoral.

Segundo a comentarista, a baixaria estava demais, tudo por culpa do presidente Lula que estava intimidando até a vice procuradora geral eleitoral. O PT estaria cometendo todos os deslizes do mundo.

Tomara que inicie logo este debate eleitoral entre os candidatos para acabar com a baixaria, dizia a colunista da CBN.

Nenhuma palavra sobre o candidato a vice de José Serra. Lúcia simplesmente ignorou a baixaria de Índio da Costa contra a Dilma Rousseff e o PT que foi comentada por toda a mídia.

Já a coluna da Dora Kramer no Estadão de hoje poderia se chamar CANSEI. A colunista mete o pau no Índio da Costa, em José Serra e no PSDB.

Disse que o vice de Serra é um fardo. Que ele é “bonitinho mais desprovido de cancha, peso político e estrada”. Diz ainda que o Índio “não oferece compensações: o que lhe falta em experiência não lhe sobra em sapiência e extrapola em imprudência”.

Dora Kramer continua batendo no PSDB, por ter negligenciado a escolha e José Serra por ter pensado que a escolha de vice fosse um assunto secundário, desde que não trouxesse “aporrinhação”.

Sobrou também para o governador Alberto Goldman que segundo Kramer justifica citar o Serra em seus discursos com o mesmo argumento que Lula usa para citar o nome da Dilma.

Eu entendo a ira da colunista do Estadão. Batalha todos os dias em favor dos Tucanos e eles só estragam tudo. É a imprensa remando contra a maré.

Exposição de Pagu na Casa das Rosas

Por Dalva Teodorescu e Sandro Pimentel

Por falar em mulheres de fibra esse ano comemora-se o centenário de uma grande Mulher: Patrícia Galvão, conhecida por Pagu.

Para quem quer conhecer um pouco mais dessa mulher de fibra a Casa das Rosas está recebendo, até o dia 8 de agosto de 2010, a exposição, “Viva Pagu” com curadoria da Dra. Lúcia Maria Teixeira Furlani.

A Casa das Rosas fica na Av. Paulista, N° 37, em São Paulo.

Ainda sobre Pagu, a literária Walnice Nogueira Galvão publicou interessante artigo sobre a vida de Pagu intitulado “Indômita” no último número da revista Teoria & Debate que é uma publicação do PT.

Pesquisas de intenção de voto

Por Dalva Teodorescu

Na próxima sexta feira devem sair duas novas pesquisas de intenção de voto para a presidência da República: uma do Instituto Vox Populi e a outra do Instituto Data Folha.

Fernandes Rodrigues, colunista da Folha, chamou a atenção num programa de rádio para o fato de que é muito importante o eleitor considerar que o Instituto Vox Populi faz também pesquisas para o PT, já a Data Folha é independente e não recebe verbas de ninguém. Será?

Em todo caso fica esquisito o Fernando Rodrigues antecipar essa preocupação. Vamos aguardar e ver se de fato as duas pesquisas apresentam dados diferentes.

Ainda sobre a autoria dos genéricos

Do blog Amigos do Presidente Lula

Dilma condena Serra por surrupiar de Jamil Haddad a autoria dos genéricos.

Dilma Rousseff (PT) participou do seminário “Brasil: desenvolvimento e inclusão social”, organizado pelo PSB, em Brasília.

Lá, Dilma recebeu as propostas do partido para o programa de governo.

“Este documento é a compilação de todos os debates regionais, dos encontros da sociedade civil com a política” - disse Eduardo Campos, presidente do PSB Nacional e governador de Pernambuco.

Dilma fez questão de lembrar um ilustre quadro histórico do PSB, falecido em dezembro do ano passado. É o ex-ministro da Saúde, Jamil Haddad, o verdadeiro pai dos remédios genéricos, com o decreto-lei nº 793, de 1993, muitos anos antes de Serra ser ministro da Saúde, e antes mesmo de FHC ser eleito (conheça a verdade da história nesta nota aqui).

Haddad sofreu a injustiça de ver seu programa ter a autoria "roubada" por José Serra (PSDB/SP), mediante propaganda maciça e versões mentirosas na imprensa e do próprio Serra, assim como ele fez com o FAT, surrupiando projetos dos outros.

Então, Dilma fez a justa homenagem:

“Gostaria de ressaltar também a importância de Jamil Haddad, que possibilitou a fabricação de genéricos no Brasil. Precisamos dar a autoria do programa a quem é de direito”.

Diferente de Serra, que escolheu o caminho de fazer uma campanha de baixarias, Dilma preferiu discursar no evento sobre propostas e projetos para o Brasil, como:

- valorização dos professores e “não recebê-los com bordoadas”;
- os investimentos em infra-estrutura e empregos a serem gerados no próximo governo com o Pré-sal, o PAC 2, a Copa de 2014 no Brasil, as Olimpíadas de 2016 no Rio.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Serra precisa de amigos

Do Blog Brasília, eu vi
http://brasiliaeuvi.wordpress.com/2010/07/15/serra-precisa-de-amigos/

Por Leandro Fortes

Ao acusar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ter transformado o Brasil em uma “república sindicalista”, José Serra optou por agregar a seu modelito eleitoral, definitivamente, o discurso udenista de origem, de forma literal, da maneira como foi concebido pelas elites brasileiras antes do golpe militar de 1964. Não deixa de ser curioso ouvir essa expressão, “república sindicalista”, vinda da boca de quem, naquele mesmo ano do golpe, colocava-se ao lado do presidente João Goulart contra os golpistas que se aninhavam nos quartéis com o mesmíssimo pretexto, levantado agora pelo candidato do PSDB, para amedrontar a classe média. Jango, dizia a UDN, macaqueavam os generais, havia feito do Brasil uma “república sindicalista”.


Ao se encarcerar nesse conceito político arcaico, preconceituoso e, sobretudo, falacioso, Serra completou o longo arco de aproximação com a extrema-direita brasileira, iniciado ao lado de Fernando Henrique Cardoso, nos anos 1990. Um casamento celebrado sob as cinzas de seu passado e de sua história, um funeral político que começou a ser conduzido sob a nebulosa aliança de interesses privatistas e conveniências fisiológicas pelo PFL de Antonio Carlos Magalhães, hoje, DEM, de figuras menores, minúsculas, como o vice que lhe enfiaram goela abaixo, o deputado Índio “multa-esmolé” da Costa.

Pior que o conceito, só a audiência especialmente convidada, talvez os amigos que lhe restaram, artistas e intelectuais arrebanhados às pressas para ouvir de Serra seus planos para a cultura brasileira: Carlos Vereza, Rosa Maria Murtinho, Maitê Proença, Zelito Viana, Ferreira Gullar e Marcelo Madureira – este último, raro exemplar de humorista de direita, palestrante eventual do Instituto Millennium, a sociedade acadêmica da neo UDN. Faltou Regina Duarte, a apavoradinha do Brasil, ausente, talvez, por se sentir bem representada. Diante de tão seleta platéia, talvez porque lhe faltem idéias para o setor, Serra destilou fel puro contra as ações culturais do governo Lula, sobretudo aquelas levadas a cabo pela Petrobras, a mesma empresa que os tucanos um dia pretenderam privatizar com o nome de Petrobrax.

Animado com o discurso de Serra, o humorista Madureira saiu-se c om essa: “Quero que o Estado não se meta na cultura e no meu trabalho, como está acontecendo”. Madureira trabalha na TV Globo, no “Casseta & Planeta Urgente”. Como o Estado está se metendo no trabalho dele, ainda é um mistério para todos nós. Mas, a julgar pela falta de graça absoluta do programa em questão, eu imagino que deva ser uma ação do Ministério da Defesa.

O que José Serra não confessou a seus amigos artistas é que a “república sindicalista” saiu-lhe da boca por despeito e vingança, depois que as maiores centrais sindicais do país (CUT, CGT, CTB, CGTB, Força Sindical e Nova Central) divulgaram um manifesto conjunto no qual acusam o candidato tucano de mentiroso por tentar se apropriar da criação do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e por “tirar do papel”, seja lá o que isso signifique, o Seguro-Desemprego. “Serra não fez nenhuma coisa, nem outra”, esclareceram as centrais.

O manifesto também lembra que, na Assembléia Nacional Constituinte (1987-1988), o então deputado federal José Serra boicotou inúmeros avanços para os trabalhadores e o sindicalismo. Serra votou contra a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, a garantia de aumento real do salário mínimo, a estabilidade do dirigente sindical, o direito à greve, entre outras medidas.

Desmascarado, Serra partiu para a tese da “república sindicalista” e, apoiado em apenas uma central que lhe deu acolhida, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), chamou todas as outras de “pelegas” e as acusou de receber dinheiro do governo federal para fazer campanha para a candidata Dilma Rousseff, do PT. Baseado nesse marketing primário, ditado unicamente pelo desespero, Serra mal tem conseguido manter firmes seus badalados nervos de aço, que logo viram frangalhos quando defrontados por repórteres dispostos a fazer perguntas que lhe são politicamente inconvenientes, sejam os pedágios de São Paulo, seja sua falta de popularidade no Nordeste.

Sem amigos e, ao que parece, sem assessores, Serra continua recorrendo ao tolo expediente de bater boca com os jornalistas. Continua, incrivelmente, a fugir das perguntas com outras perguntas, a construir na internet, nos blogs, no youtube e nas redes sociais virtuais uma imagem permanente de candidato à deriva, protagonista de vídeos muitíssimo mais divertidos que, por exemplo, as piadas insossas que seu companheiro de artes cômicas, Marcelo Madureira, insiste em contar na televisão.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

É preciso profetizar

Por Egydio e Doroti Schwade
direto da Casa da Cultura do Urubuí/Amazonas



Faz um pouco mais de um mês que o poderoso Estado de Israel agrediu a “Frota da Liberdade”, mais precisamente, o navio turco “Mavi Marmara”, agredindo 750 pessoas desarmadas, matando 9 delas, cujo único crime foi manterem viva a memória do que todos já havíamos esquecido, um povo prisioneiro em um campo de concentração chamado “Faixa de Gaza”. Só o Exército de Israel percebeu o perigo das “armas” que aquele comboio levava para a “Faixa de Gaza”: cadeiras de rodas, material de construção, remédios, mentes e corações cheios de sentimentos de solidariedade. Ação para aliviar a dor de um povo pobre massacrado por um Estado que atrás de seu poderio militar sempre se sentiu todo poderoso e invencível.

Quem se atreveria a deter um comboio desses como inimigo de guerra?

Mas os israelenses deveriam entender aquele momento. Conhecedores da longa história bíblica, onde o povo de Deus sempre foi aquele que permaneceu firme, cultivando a terra, em meio a todo o tipo de
vicissitudes, perseguições e humilhações impostas pelos impérios, eles deveriam saber que Deus ouve o clamor do povo oprimido, porque eles mesmos passaram por essa experiência. No entanto, não perceberam que quando mudam de lado, Deus lhes envia profetas para convertê-los. Por isso, ao invés de acolhê-los, os mataram. E, como conseqüência, a “Frota da Liberdade” infligiu ao Exército de Israel a primeira derrota em seus 62 anos de existência. A ação profética, desencadeada pelos 750 militantes da esperança solidária, em sua maioria turcos (tão estigmatizados ao longo da História Ocidental), rompeu o bloqueio da “Faixa de Gaza” e a indiferença e o esquecimento da maioria das nações frente a esta situação. O sacrifício dos 9 mártires despertou a consciência anestesiada de milhões e até bilhões de pessoas. Este
acontecimento, quem sabe, influenciará para um despertar mais amplo da humanidade na busca de proteger a Vida, para curar feridas e alimentar povos famintos. Alimentar com justiça, com esperança, com alimentos
sadios e abundantes. Enfim, reabastecer a Vida com aquilo que os Estados a serviço do poder, do dinheiro e da guerra, nunca conseguiram garantir. Vem aí as “Frotas da Liberdade” e não há quem as conseguirá deter.

Quando se constata que o Estado Brasileiro nunca fará a sonhada Reforma Agrária e que as “Faixas de Gaza” continuam, em meio às fazendas, aos monocultivos e aos grandes projetos, se sente a necessidade de mudar esse paradigma de poder. Depois da abertura da “Faixa de Gaza”, conquistada pela determinação de mulheres e homens, cheios de fé e de esperança, antevemos, marchas e romarias de multidões dirigindo-se às nossas “Faixas de Gaza”, enfrentando grileiros, fazendeiros e seus jagunços e ampliando a “Terra sem males” dos Guaranis no Mato Grosso do Sul. Antevemos outros se dirigindo à "Faixa” dos Tupininquim do Espírito Santo, povo que já vive há mais de meio século encurralado pela Aracruz Celulose. Outros se dirigindo aos Tuxás/Baia, cuja saudosa Ilha da Viúva, está hoje no fundo do lago da Hidrelétrica de Petrolândia e aos Trukás cuja terra vem sendo violada pelo projeto de transposição do rio São Francisco. E lá no Pernambuco uma coluna sobe a Serra de Ororubá, rompendo o bloqueio que o povo Xukuru sofre à dezenas de anos. E centenas de pessoas vão em apoio aos Kaiapó da Curva Grande do Rio Xingu, ameaçados pela Hidrelétrica de Belo Monte. Já outros se dirigem aos Apinagé” do Bico do Papagaio, que sofrem centenário bloqueio de fazendeiros e agora são ameaçados pela Hidrelétrica do Estreito. Outros se dirigem aos Waimiri-Atroari, ontem massacrados pelo PARASAR e pelo 6º. BEC e suas terras entregues à Mineradora Paranapanema e às águas da Hidrelétrica de Balbina, hoje sob o controle, nada promissor, da empresa Eletronorte que bloqueia a sua comunicação solidária com outros povos. E ainda outros milhares de homens, mulheres e crianças se dirigem, com as mãos cheias de mudas e de sementes e os corações cheios de solidariedade aos povos Irantxe, Mükü, Enauene-Nauê, Pareci, Nanbikuara, Kaiabi e Apiaká... de Mato Grosso, exprimidos no meio de fazendas, com seu ar e suas águas contaminados por agrotóxicos.

E assim os navios e os comboios da liberdade vão se multiplicando, dirigindo-se também à “faixa de Bagua”, onde o Governo do Peru, ainda no ano passado recebeu à bala uma marcha dos povos indígenas que se
deslocava em busca de solidariedade, por terem suas terras entregues à mineradoras. Esse mesmo governo que ainda esta semana expulsou do país o Ir. Paulo Auley, lassalista que atuava em defesa dos índios Axanika do vale do rio Corrientes/Loreto, os quais tem suas águas poluídas por exploradoras de petróleo. Outros marcham rumo aos quilombolas e índios do rio Atrato na Colombia, onde em 2002, 119 crianças e mulheres foram massacradas por paramilitares e guerrilheiros em uma igreja. Ainda outras marchas e romarias de milhares de crianças, jovens, mulheres e homens, penetram as dezenas de “Faixas da África” mediante as quais os impérios coloniais submeteram os africanos aos seus interesses. E as romarias da esperança vão cercando as “Faixas de Gaza” das Américas à Ásia, passando pelo Leste Europeu e chegando até a Austrália, ampliando o horizonte dos povos e instalando por toda a parte um novo paradigma de poder.

Não adianta abafar este grito do mundo. Nenhuma lei escrita por legisladores de Estado algum, abafará a lei da consciência, a Lei da Liberdade(Tg 2.12), a lei que sempre brota de novo, congênita em todos os corações humanos e nem por armas de fogo e nem por ogivas nucleares será silenciada. Chegou o dia da esperança em que o pequeno grupo dos 750 profetas do Mavi Marmara do Mediterrâneo se multiplicará. Serão milhões. Seus “navios” irão por todo o mundo, carregados de solidariedade, material de construção de um mundo novo, aliviando a dor dos feridos e mutilados pelo velho poder e com sementes e mudas
cercarão quartéis e pentágonos, palácios dos Campos Elísios, dos Planaltos e palácios episcopais, Casas Branca e Rosada. Mãos cheias de vida nova inundarão ruas e cidades. E cimento e asfalto vão se
desmanchando, pela pressão das raízes que brotam da terra e das flores e das águas que caiem do alto e voltarão a correr límpidas pela face da terra.

Todos serão convidados a serem felizes, a abdicarem do velho poder, quebrando as armas da destruição e rompendo, asfalto e cimento, à procura da segurança e do bem-estar na mãe-terra, plantando todos,
sementes, mudas e solidariedade para aliviar a fome e a dor dos feridos do poder e do dinheiro que já passou.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

José Serra mentiu sobre o programa de AIDS

Por Dalva Teodorescu

Cinco centrais sindicais soltaram um manifesto onde diziam que o candidato José Serra teria mentido quando anunciou que a emenda vinculando o PIS/PASEP ao seguro desemprego e o Fundo de Amparo ao Trabalhador seria criação sua.

Em resposta o senador Sérgio Guerra saiu em defesa do governador dizendo que ele teria participado com outros do projeto e se enrolou todo na explicação. Não convenceu. O Estadão de hoje, claro, saiu também na tentativa de explicar o inexplicável.

Na verdade José serra gosta se apropriar de realizações que não são suas. Serra vem afirmando e convencendo até os editores do Jornal da TV Brasil de que ele criou o programa de AIDS.

Imagine. O Programa de AIDS foi criado em 1983 em São Paulo pelo médico Paulo Teixeira no governo de Franco Montoro do então MDB, com o apoio do então Secretário da Saúde João Yunes.

Em 1986 a bióloga Lair Guerra assume a coordenação do Programa Nacional de AIDS e o expande para todos os estados da federação.

Em 1991 o ministro Alcenir Guera inicia a compra de medicamentos antirretrovirais e seu sucessor o ministro Adib Jatene daria continuidade a essa compra em 1992.

Em 1996 foi aprovada a lei garantindo aos pacientes de AIDS o acesso universal ao tratamento com antirretrovirais.

No início de 1996 o ministro Adib Jatene passa a incentivar as discussões para a produção de antirretrovirais genéricos para tratamento de AIDS.

No início da gestão do ministro Carlos Albuquerque (1996-1998) teve início as primeiras consultas sobre a possibilidade de se fabricar genéricos antirretrovirais pelo laboratório Farmanguinhos.

O primeiro medicamento genérico fabricado por Farmanguinhos, o comprimido DDI, se torna disponível para os pacientes em 1998.

No final dos anos noventa, o Brasil é pioneiro entre os países em desenvolvimento no fornecimento gratuito dos antirretrovirais e assume gradualmente a liderança internacional na promoção do tratamento com antirretrovirais.

O país passa a ser uma referência para governos de países em desenvolvimento e para o movimento da sociedade civil internacional.

José Serra assume o ministério da saúde no final de 1998 quando o processo de produção de genéricos já tinha sido iniciado.

No ano dois mil, quase vinte anos depois do surgimento do primeiro programa de AIDS e de reconhecido sucesso do programa de AIDS brasileiro no âmbito internacional, a produção de antirretrovirais genéricos desencadearia o debate global sobre a propriedade intelectual dos medicamentos, que levou a um acordo internacional contido na declaração sobre patentes e saúde pública, assinada em dezembro de 2001 em Doha, Qatar, por todos os membros da OMC.

Nessa ocasião de fato José Serra era o ministro da saúde e encampou a disputa com a OMC do qual o Brasil saiu vitorioso.

Serra simplesmente deu continuidade a uma linha de trabalho adotada desde o início pelo Programa Nacional de AIDS, independente de mudanças na sua coordenadoria e da mudança de governos ao longo dos anos.

Não tem porque o candidato tucano se apropriar de 25 anos de história da AIDS. Serra mentiu sobre sua participação na AIDS como mentiu quando disse que era o criador do FAT e da vinculação do PIS/PASEP ao seguro desemprego.

Vice de Serra, Índio da Costa, emprega em seu gabinete colega que não dá expediente

Por Dalva Teodorescu

O texto que segue apareceu na Folha Online de ontem. Ficou na tela só alguns minutos mas postou.

Trata-se de mais uma denúncia de empregos fantasmas, desta fez praticada pelo vice de José Serra Indio da Costa.

Segundo a Folha Online: O deputado federal licenciado e candidato a vice na chapa de José Serra (PSDB) à Presidência da República, Indio da Costa (DEM-RJ), emprega em seu gabinete na Câmara dos Deputados um parceiro de voos de ultraleve num aeroclube do Rio.

Paul Zachhau é membro da Abul (Associação Brasileira de Ultraleves) e acompanha Indio em voos de lazer. Ele não trabalha nem no gabinete de Indio, em Brasília, nem no seu escritório político no Rio de Janeiro.

Por meio de sua assessoria, Indio afirmou apenas que Zachhau o acompanha “em agendas no Rio, inclusive em viagens que faço ao interior do Estado, cumprindo atividades de deputado”.

Indio não possui jatinho ou helicóptero, somente o ultraleve, que, segundo sua assessoria, é usado apenas por hobby. Os traslados entre Brasília e Rio são feitos em voos comerciais, conforme o detalhamento de suas contas no site da Câmara.

Zachhau foi nomeado secretário parlamentar por Indio em novembro de 2008. Segundo a assessoria do deputado, ele recebe R$ 540 mensais, sem gratificações.

Por telefone, Zachhau disse que faz voos junto com Indio e que o vice de Serra é “ótimo piloto”. Questionado, em seguida, sobre sua função como secretário parlamentar, limitou-se a informar à Folha o telefone da secretária do deputado “para mais informações”.

OUTRO LADO

O vice de Serra não explicou em detalhes o que seu amigo Paul Zachhau faz como secretário parlamentar.

A assessoria do deputado enviou a seguinte nota: “Paul Zachhau foi contratado como secretário parlamentar e me acompanha em agendas no Rio, inclusive em viagens que faço ao interior do Estado, cumprindo atividades de deputado”.

Depois, por telefone, a assessoria disse que a função de Zachhau nas viagens de Indio é “assessorá-lo como secretário parlamentar”.

(Folha Online)

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Lucia Hipólito aposta em Dilma

Por Dalva Teodorescu

Lucia Hipólito acredita com veemência na vitória da candidata Dilma Rousseff.

Ontem deixou claro isso no programa de Heródoto Barbeiro quando criticou a criação de uma empresa seguradora estatal pelo presidente Lula.

Lucia Hipólito dizia que a iniciativa era uma prova de que o presidente não respeitava a ministra. Se não ele esperaria para que ela criasse a estatal.

A colunista esbravejou que a criação da estatal era a prova do que todos diziam que Dilma não tinha autonomia. Imagine há poucos meses da eleição e ele fazia uma desfeita dessa à candidata, etc., etc.

Estava alucinada e em nenhum momento considerou que o tucano José Serra pudesse ganhar a eleição e do fato Lula queria se prevenir criando a empresa para assegurar projetos destinados à população de baixa renda que são seriam assegurados pelas empresas privadas.

Será que a Lúcia Hipólito tem conhecimento de pesquisas sobre intenção de votos que desconhecemos?

Segundo o Brizola Neto, um jornal português publicou que Dilma estaria com 47% de intenções de voto contra 37% de José Serra. Quem sabe?

As absurdas manchetes dos jornais e o estudo do IPEA

Por Dalva Teodorescu


Fiquei pasma ao abrir os jornais de hoje e ver que a principal manchete dos principais jornais paulistas, escritos e de rádio, era o fato de Lula ter citado o nome de Dilma no lançamento do edital do Trem de Alta Velocidade (TAV).

Todos gritavam que o presidente teria desafiado a lei eleitoral. Francamente é muita mediocridade. A lei é medíocre e os editores de jornais também.

Na verdade Lula muito honestamente dava o crédito da iniciativa de construir o TAV à ex ministra. O não correto seria o presidente omitir a importância da ex-ministra na concepção do projeto.

Sobre o importante estudo do IPEA mostrando que a pobreza extrema no Brasil seria reduzida a apenas 4% em 2016, se mantidas as políticas públicas de redução das desigualdades regionais, nem uma linha na página de cobertura dos jornais.

O leitor do Estadão pode encontrar uma pequena nota sobre o estudo na página 7 do caderno Economia, se se empenhar em procurar a informação.

A oposição não tem discurso consistente em sua campanha, é só observar que há mais de uma semana o candidato José Serra insiste na mesma tecla de que Dilma assinou no seu programa sem ler.

Tudo para ocultar que nem programa o tucano entregou no registrou de sua candidatura. Contentou-se em entregar dois de seus discursos.

A imprensa disfarçou e calou-se sobre o desleixo do candidato que lhe interessa.

A força de garantir fidelidade ao candidato tucano a mídia também vai ficando sem discurso.

terça-feira, 13 de julho de 2010

É Senador Álvaro Dias, quem não te conhece que te compre!

Por Daniela
Nós, mulheres de fibra, estamos preocupadas com o silêncio sobre os empregados fantasmas e a prática de nepotismo do quase vice de Serra, Álvaro Dias.

Mídia! Cadê? Cadê o jornalismo investigativo? Aquele que vocês dizem buscar a verdade e a justiça? Esse “escândalo” não interessa?

Aliás, a gente nem devia falar com a “mídia”, devia nomear aqui os nossos jornalistas políticos e cobrar deles uma atuação mais responsável e mais honesta. Ou então, numa palavrinha que eles adoram: “ética”.

Cadê? Pessoal, cadê a “ética” na prática jornalística? Ela existe? Por que ninguém fala da corrupção na imprensa, só na política?

Faz quase duas semanas que corro atrás de informações sobre o Senador Álvaro Dias e não encontro nada. Ninguém mais fala no assunto. A gente vai insistir.

E depois da palhaçada que a Sport TV aprontou com a reportagem preconceituosa sobre o Paraguai, depois que teve que se retratar, o infeliz do quase vice do Serra me posta uma charge absurda fazendo alusão à Larissa Riquelme. Até pensei em colar aqui, mas não vou dar esse cartaz. Nem passar o link eu vou, quem quiser procure no Google o blog deste Senador que finge que não está acontecendo nada, ao contrário, faz denúncia de outros parlamentares que teriam funcionários fantasmas. Quem não te conhece que te compre!

A charge de mau-gosto chama a candidata de “Dilmaradona” e, de vermelho, estatelada no chão faz a promessa “se eu ganhar do Serra prometo desfilar sem roupa na avenida paulista.” O mix Argentina-Paraguai-Brasil (do Lula) é uma tentativa inútil de produzir o riso. O que é engraçado? A Dilma estatelada no chão com um charuto na boca? Ela fuma charuto? O que aquele charuto está fazendo ali? O que é que a Dilma tem a ver com o Maradona ou o Paraguai? “Se eu ganhar do Serra”... Ahaha, isso sim é engraçado, como se ele estivesse na frente nas pesquisas... Olha o que o desespero faz com uma pessoa!

Outra charge aviltante foi publicada no blog do Josias na semana passada. Ainda bem, os leitores não deixaram por menos e ele ouviu que cobertura política não é isso não. Esse eu dou o link, leiam os comentários:
http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/arch2010-07-01_2010-07-31.html#2010_07-08_02_26_31-10045644-0

É uma pena que eleição no Brasil tenha que ser essa baixaria. Mas deixe estar, em breve, quem estará estatelada no chão será a oposição. Aí sim, cara leitora, caro leitor, vocês vão ver, nós vamos dar muita risada.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Quem acredita nos editoriais do Estadão?

Por Dalva Teodorescu

Quem ainda acredita nos editoriais do Estadão? O jornal escreve única e exclusivamente para os radicais assíduos do fórum do leitor.

Em qualquer país de democracia consolidada, onde o jornalismo assume um mínimo de parcialidade, o Jornal do Dr. Ruy seria facilmente taxado de extrema direita e fascista.

E só ver seus editoriais chamando os países de pólo sul de terceiro mundista. Principalmente a Bolívia, que diga se de passagem está se saindo muito bem no atual governo.

O editorial de hoje condenando a visita do presdidente Lula ao ditador da Guiné Equatorial seria credível se ele também condenasse os USA que dominam os fartos negócios com o petróleo do país.

Mas o jornal é o mais seletivo da imprensa brasileira e jamais condenaria seus adoráveis amigos americanos. Isso sim é complexo de vira lata.

Nenhum outro jornal omite tantos dados que incomodam a oposição ou a sacrossanta imprensa como o Estado de São Paulo.

Não caiu no esquecimento dos mais comprometidos com a democracia e com o movimento ficha limpa que o Estadão foi o único órgão de imprensa que abafou as denúncias de contratos com empregos fantasmas praticados pelo presidente do PSDB e coordenador da campanha de José Serra. São 9 pessoas empregadas pelo senador sem que ninguém saiba onde estão alocadas.

Se isso é possível durante a campanha imagine se o tucanato ocupar o poder. O Estadão vai esconder todas as falcatruas e será cúmplice confesso.

Por essa e outras melhor que vença as eleições presidenciais a candidata do PT. Pelo menos a gente sabe que a imprensa será mais do que vigilante.

terça-feira, 6 de julho de 2010

As pérolas de Índio da Costa, o Vice do Serra

Escolhemos 3 manifestações inacreditáveis do mais novo vice serrista:

Sobre a exploração do pré-sal: “Sou contra a retirada de Petróleo abaixo da camada de sal, porque gera cinco vezes mais gás carbônico do que a extração normal de Petróleo.Era melhor que a humanidade viva que o Brasil enriquecer e as pessoas morrerem”.
http://www.tijolaco.com/?p=19704

Sobre o bolsa família: "... outra faceta perversa do problema inteiramente fora do alcance do Bolsa-Família é a brutal carga tributária arrastada pelos mais pobres, em razão dos impostos e contribuições incidentes sobre gêneros de primeira necessidade... ... Está na cara que a redução dessa carga deixaria mais dinheiro no bolso do pobre que o Bolsa-Família..."
http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2010/07/ha-um-ano-vice-de-jose-serra-fazia.html

Sobre... alucinação, só pode ser: “Somos parte de um movimento que anseia pelo retorno do regime monárquico em nosso país. Entendemos ser o melhor caminho, o da informação. Tendo ciência do passado, refletiremos no presente, para construir um futuro melhor. O Império do Brasil e suas glórias. Não queremos mais um Brasil mergulhado na currupção [assim mesmo] e na imoralidade. Somos uma nação, mas queremos voltar a ter orgulho de sermos uma nação”.
http://www.conversaafiada.com.br/politica/2010/07/05/bomba-bomba-serra-e-o-nosso-rei/

O espírito solidário de uma mulher de fibra

Pela parte que nos cabe temos que reproduzir este texto aqui. A gente falar que a Dilma é mulher de fibra é normal, mas nem é a gente que tá falando...

Direto de "O Tijolaço" de Brizola Neto.
Publicado em 3.07.2010
link: http://www.tijolaco.com/?p=19641

Recebi hoje por e-mail uma matéria da revista Isto É, que conta a passagem de Dilma no Presídio Tiradentes, em São Paulo, para onde foi levada após as torturas na mão da repressão política, quando combatia a ditadura militar no Brasil, nos anos 70.


Dilma não explora este momento duro para se fazer de vítima, embora seus adversários o façam, com a pretensão de iludir os incautos, como se ser presa por convicções políticas libertárias fosse o mesmo que cumprir pena por um delito comum.Aliás, quem o faz são os mesmos que acham que espancar, torturar e até matar pessoas que estão indefesas, sob sua custódia, é algo que “deve ser entendido no contexto político” do período autorítário.

Naqueles tempos de treva, momentos tão duros e difíceis ganham, porém, uma força gigantesca e suave, no relato de suas companheiras de cela, que destacam seu espírito solidário, sua inteligência, seu humor e até sua falta de talento na cozinha.

Se, por acaso, houve alguma intenção de tentar arranhar sua imagem ao trazer seu passado de combate ao arbítrio, o tiro saiu pela culatra. E como! Dilma sai engrandecida pela matéria por seu companheirismo e dignidade em situação tão adversa. O contrário de quem, na primeira e mais leve dificuldade, não hesita em destruir, abandonar ou renegar os seus companheiros.

A matéria está lincada para quem quiser lê-la, mas destaco já duas passagens.

A primeira contada por uma de sua companheiras de cela, a advogada Rita Sipahi, sobre uma estudante de arquitetura que chegou ao presídio onde estavam, que é muito reveladora do caráter e da força de Dilma. “Quando a menina chegou da tortura, estava muito desestruturada emocionalmente. A Dilma ficou de olho nela o tempo todo para evitar que cometesse algum desatino.” Desatino, para quem não atinou, é estar tão tomado pelo horror da experiência brutal que a própria pessoa põe fim à vida, por incapaz de conviver com o trauma mental, além do físico, a que foi submetida.

A outra passagem remete sobre a beleza da solidariedade entre essas mulheres que tanto sofreram lutando por um Brasil livre da opressão. Essa é narrada pelos próprios autores da matéria. “Quando Dilma deixou o presídio, as companheiras de cadeia repetiram o ritual criado para o momento da libertação: cantaram “Suíte do Pescador”, de Dorival Caymmi, que começa com o verso “Minha jangada vai sair pro mar”.

Uma canção premonitória do quanto Dilma navegaria até chegar à condição, cada vez mais provável, de primeira mulher a ser eleita presidente do Brasil.

E o povo brasileiro também vai voltar, já está voltando, e a Deus do céu vamos agradecer.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Os assassinatos sucessivos de mulheres

É assustador que nos últimos três casos de crime de grande repercussão seja de assassinato de mulheres.


O caso do goleiro do Flamengo, Bruno, suspeito de ter assassinado a ex-namorada Eliza Samudio não é isolado. Na semana antes ocupava a mídia o caso da advogada Mércia Nakashima, provavelmente assassinada também por seu ex-namorado, ex-policial militar Mizael Bispo. Em maio era o caso de Íris Bezerra de Freitas encontrada morta dentro de uma mala no canal do Leblon, no Rio de Janeiro e que teria sido assassinada por seu ex-marido, Rafael da Silva Lima, hoje foragido.

Certamente essa repetição de casos de mulheres mortas pelos companheiros está associada à impunidade a que são relegados esses crimes.

Casos escabrosos como o de Antonio Marcos Pimenta Neves, ex-diretor de redação do jornal o Estado de São Paulo que assassinou sua namorada Sandra Gomide e teve há pouco sua pena reduzida pela justiça sem nunca ter cumprido um só dia de prisão e do promotor de justiça Igor Ferreira da Silva que assassinou Patrícia Aggio Longo, sua mulher grávida de oito meses, continuam acontecendo enquanto a justiça mantém os assassinos em liberdade.

Mulheres de fibra

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O gato comeu

Por Dalva Teodorescu


Onde foi parar o escândalo dos empregos fantasmas envolvendo 9 pessoas contratadas pelo presidente do PSDB senador Sérgio Guerra?

O gato comeu só porque ele é coordenador da campanha de Serra?

A imprensa tucana abafou o caso. Não se fala mais nisso como não se fala mais no escândalo Alstom. Cabe a nós o dever de continuar cobrando.

Por falar em imprensa ontem ela estava tinindo. Pegou pesado na Dilma e na manipulação das informações. A Folha tinha 4 páginas de crítica à candidata em colunas e artigos diferentes.

Resultado das últimas pesquisas. Agora que José Serra encontrou seu vice o tucanato entrou pesado na campanha com a imprensa inteiramente a seu serviço.

Fiquemos atentos.