Pela parte que nos cabe temos que reproduzir este texto aqui. A gente falar que a Dilma é mulher de fibra é normal, mas nem é a gente que tá falando...
Direto de "O Tijolaço" de Brizola Neto.
Publicado em 3.07.2010
link: http://www.tijolaco.com/?p=19641
Recebi hoje por e-mail uma matéria da revista Isto É, que conta a passagem de Dilma no Presídio Tiradentes, em São Paulo, para onde foi levada após as torturas na mão da repressão política, quando combatia a ditadura militar no Brasil, nos anos 70.
Dilma não explora este momento duro para se fazer de vítima, embora seus adversários o façam, com a pretensão de iludir os incautos, como se ser presa por convicções políticas libertárias fosse o mesmo que cumprir pena por um delito comum.Aliás, quem o faz são os mesmos que acham que espancar, torturar e até matar pessoas que estão indefesas, sob sua custódia, é algo que “deve ser entendido no contexto político” do período autorítário.
Naqueles tempos de treva, momentos tão duros e difíceis ganham, porém, uma força gigantesca e suave, no relato de suas companheiras de cela, que destacam seu espírito solidário, sua inteligência, seu humor e até sua falta de talento na cozinha.
Se, por acaso, houve alguma intenção de tentar arranhar sua imagem ao trazer seu passado de combate ao arbítrio, o tiro saiu pela culatra. E como! Dilma sai engrandecida pela matéria por seu companheirismo e dignidade em situação tão adversa. O contrário de quem, na primeira e mais leve dificuldade, não hesita em destruir, abandonar ou renegar os seus companheiros.
A matéria está lincada para quem quiser lê-la, mas destaco já duas passagens.
A primeira contada por uma de sua companheiras de cela, a advogada Rita Sipahi, sobre uma estudante de arquitetura que chegou ao presídio onde estavam, que é muito reveladora do caráter e da força de Dilma. “Quando a menina chegou da tortura, estava muito desestruturada emocionalmente. A Dilma ficou de olho nela o tempo todo para evitar que cometesse algum desatino.” Desatino, para quem não atinou, é estar tão tomado pelo horror da experiência brutal que a própria pessoa põe fim à vida, por incapaz de conviver com o trauma mental, além do físico, a que foi submetida.
A outra passagem remete sobre a beleza da solidariedade entre essas mulheres que tanto sofreram lutando por um Brasil livre da opressão. Essa é narrada pelos próprios autores da matéria. “Quando Dilma deixou o presídio, as companheiras de cadeia repetiram o ritual criado para o momento da libertação: cantaram “Suíte do Pescador”, de Dorival Caymmi, que começa com o verso “Minha jangada vai sair pro mar”.
Uma canção premonitória do quanto Dilma navegaria até chegar à condição, cada vez mais provável, de primeira mulher a ser eleita presidente do Brasil.
E o povo brasileiro também vai voltar, já está voltando, e a Deus do céu vamos agradecer.
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Este blog que pretendia abrir uma discussão democrática sobre a sucessão presidencial, bem que poderia se revelar e se intitular Blog da Petistas de Fibra, local destinado à defesa da candidata Dilma.Digo isso, porque estava a procura de um lugar saudável para discussões sem cunho partidário, mas não vi uma só matéria aqui publicada, que não fosse a favor da candidata do presidente e contra o candidato do PSDB, portanto, à evidencia, que aqui não é um espaço democrático, como se pode pensar num primeiro momento. O que é uma pena!!!
ResponderExcluirCara Marianna,
ResponderExcluirEste é sim um espaço para discussão democrática, tanto que publicamos o seu comentário. Postura muito diferente de alguns blogs pró-tucanos que não publicam os comentários que a gente manda, e a gente não manda nada ofensivo não. Consideramos que críticas são básicas e bem-vindas em qualquer debate. Mas o debate é feito de pessoas, então, não somos nós, as Mulheres de Fibra, as únicas responsáveis por ele acontecer de forma democrática, os leitores, assim como você, têm que participar. O que nós podemos fazer é assumir um ponto de vista e é isso o que fazemos. Não somos petistas de carteirinha, mas vemos muito bem o que os longos 18 anos de PSDB em São Paulo estão fazendo com o estado. E não aceitamos!!! Também não aceitamos uma campanha baixaria cheia de charges de Dilma rodando bolsinha, como se isso fosse debate eleitoral democrático. Nós não publicamos bobagens nem ofensas: se muitas vezes ridicularizamos a oposição é porque o ridículo já estava na situação, nós não produzimos factóides ou fazemos afirmações sem provas. Isso é lisura e compromisso com a democracia. Nosso blog está aberto para publicar comentários e posts, mesmo de opinião diferente da nossa, mas que tenham embasamento. Leia o texto “é preciso profetizar” de Egydio e Doroti Schwade, no qual existem evidentes críticas ao governo atual e você vai ver o que estou falando.
Apoiamos uma mulher de fibra para a presidência sim e este é um espaço democrático sim. Ou só porque tomamos um partido não somos democráticas? Talvez seja melhor você rever um pouco os seus conceitos, eles têm algumas imprecisões na definição, ok.
Mulheres de Fibra