Por Daniela
O repórter João Bosco Rabello escreveu um texto non sense total e o Noblat ainda publicou!
O título é “PT tangencia temas que terão importância objetiva no debate”
Nos dois primeiros parágrafos já mostra a que veio: “Como estratégia de campanha, compreende-se a reação evasiva do PT às acusações de ligação com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e de tolerância com o Movimento dos Sem Terra.
Mas vinculá-las a uma tentativa do adversário de atemorizar o eleitorado, para resgatar o bordão da esperança vencendo o medo, vitorioso na primeira eleição de Lula, é apenas uma forma conveniente de tangenciar o conteúdo da crítica”. (itálicos meus)
Só rindo! Gargalhando!
Só dois tipos de pessoas concordam com o jornalista: as alienadas – as que não têm a menor ideia do que está acontecendo no Brasil – e as preconceituosas, ou cínicas: essas sabem muito bem a diferença que o Lula fez para o Brasil, mas não dão o braço a torcer porque são invejosas e preconceituosas.
É mesmo muito cinismo. Como disse no post anterior, a mídia paulistana se junta para proteger o Serra, e as organizações Globo idem. Mas não sei até quando porque ele realmente está abusando. Agora criou um esquadrão antiboato (essa foi ótima, veja no Tijolaço, acompanhado de um vídeo antológico)
João Bosco Rabello bem que está tentando aliviar pro Serra e o vice, mas tá difícil de engolir. Aí coloca o desatino como se ele tivesse sido cometido pelo PT, dizendo que sua reação é evasiva.
Ora, “Reação evasiva”? Abrir representação contra a Veja e o PSDB é resposta evasiva?
Ah, com certeza ele conta com a desinformação ou com o cinismo dos seus leitores. Ou estaria ele reafirmando que o PT teria ligações com as Farc? Seria o caso de abrir uma representação contra ele – e o Globo - também?
E a “Tolerância com o MST”? Ele está ultradireitamente sugerindo que a gente seja intolerante com o MST? Onde está a democracia e o direito de expressão que os jornalistas da Globo tanto reivindicam? Ele só vale para a imprensa?
É uma pérola atrás da outra. A próxima foi dizer que a Dilma resgatou o antigo bordão da esperança contra o medo, “vitorioso na primeira eleição de Lula”. Agora ele conta com o leitor sem memória, que não lembra que quem usou a estratégia do “medo” foi o próprio Serra, na voz de Regina Duarte “eu tenho medo”. E não foi vitoriosa, ao contrário, foi um fracasso. Alguém não lembra disso? Alguém não riu muito disso? Até hoje? E eles vão lá usar a mestra estratégia furada.
É realmente patética a tentativa de dar razão para o irracional. O texto, para quem acompanhou os fatos, é non sense total.
A reação do PT não “é apenas uma forma conveniente de tangenciar o conteúdo da crítica”, como demonstramos aqui, ao contrário, está longe disso, até porque, as Farc definitivamente não se configuram como um “ tema que terá importância objetiva no debate” e o que se configura como realmente importante para o debate é o plano de governo de cada um dos candidatos, mas quanto a isso, o PSDB e a mídia que o protege precisam mais que nunca “tangenciar”, já que Serra não entregou nenhum, nada, nem uma linha de programa de governo ao nosso Tribunal Eleitoral. Só podem mesmo falar de temas “tangenciais”.
No decorrer do texto, o jornalista insiste que a política externa do Governo Lula teve ligações com as Farc. Mas nem vale a pena continuar a análise, de tão pobre que é o texto, só queríamos dar um exemplo de como a mídia faz uma ginástica incrível para desculpar o indesculpável. E ele está aí. Esse foi só um entre as centenas que brotam todos os dias na imprensa. Haja paciência!
sexta-feira, 30 de julho de 2010
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