terça-feira, 29 de junho de 2010

Pesquisa Vox Populi confirma vantagem de Dilma sobre Serra

Por Dalva Teodorescu

Pesquisa Vox Populi sobre a eleição presidencial confirma vantagem de 5 pontos de Dilma Rousseff sobre José Serra na intenção de votos.

A pesquisa realizada entre 24 e 26 de junho 2010 com 3.000 eleitores
aponta os seguintes resultados:

Dilma Rousseff: 40%
José Serra 35%
Marina Silva 8%.

A margem de erro é de 1,8 ponto percentual, para cima ou para baixo.

No resultado da pesquisa espontânea Dilma registra 26% e Serra tem 20%.

Na próxima sexta feira tem mais: sai a pesquisa data Folha. Vamos aguardar.

A estratégia do presidente Lula para o Senado

Por Dalva Teodorescu

Para aqueles que se desapontaram com as negociações do presidente Lula para garantir vagas de governadores do PMDB em alguns estados, a exemplo de Minas Gerais, e assim assegurar a aliança para a candidatura de Dilma Rousseff, aqui vai uma nota esclarecedora.

O presidente estaria sacrificando cargos de governador ao PT para garantir nomes fortes para candidatos ao Senado.

Lula estaria escaldado de ser refém da base aliada no senado nesse segundo mandato, principalmente do PMDB, e aposta em aumentar significativamente o numero de petista no senado.

Com uma bancada forte no Senado, um eventual governo petista não teria mais que engolir rejeições de apoio às votações de interesses do governo, como o fim da CPMF, e as indicações indigestas do parceiro como Edison Lobão para o ministério das Minas e Energias.

Pela estratégia do presidente Lula o PT elegeria entre 15 a 18 senadores.

Alguns dos nomes da aposta são: o ex-governador do Acre Jorge Viana e o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, o ex-ministro da previdência José Pimentel pelo Ceará, a ex-prefeita Marta Suplicy em SP, Walter Pinheiro na Bahia, Delcídio Amaral no RGS, Gleisi Hoffman no Paraná, Humberto Costa no Pernambuco, Wellington Dias no Piauí.

O Lula é um grande político e um fino estrategista: Um parlamento forte é mais importante para a governabilidade do que governadores de estados.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

A classe teatral perde Alberto Guzik

Por Dalva Teodorescu

Lamentamos profundamente a morte do ator, diretor, crítico teatral e escritor Alberto Guzik.

Tive a oportunidade, como pesquisadora, de ter estado com ele e conversado por várias horas a respeito da história da AIDS no Brasil.

Nesse encontro pude confirmar o que muitos diziam: Guzik era uma pessoa extremamente doce e aberta ao outro e extremamente comprometido com o seu país.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

O Estadão omite denúncia de empregos fantasmas pelo tucano Sérgio Guerra

Por Dalva Teodorescu

A denúncia de que o presidente do PSDB e coordenador da campanha de José Serra, Sérgio Guerra, mantém 8 pessoas em empregos fantasmas foi notícias de todos os jornais escritos, de rádio e TV. Já o jornal O Estado de São Paulo preferiu omitir a o fato, para poupar o tucanato e seu candidato.

Ontem o jornalista Mauro Chaves, tucano de carteirinha, exigia que Sérgio Guerra se demitisse da presidência do partido e da coordenação de campanha de José Serra. Mas o Estadão não dedicou nem uma linha ao caso. Desta vez não se pode dozer que os jornalistas do Jornal não tiveram conhecimento, porque foi super divulgado.

Fica a pergunta: Qual a diferença de empregos fantasmas praticado pelos José Sarney e companhia e Sérgio Guerra? Nenhuma claro, mas o Estadão não entende assim.

O Jornal prefere perder em credibilidade do que prejudicar o aliado de todos os instantes. Isso sim é uma vergonha para o Jornalismo brasileiro. Não é a primeira vez que o Jornal do Dr. Ruy age com dois pesos e duas medidas, preferindo se omitir de um ato de cidadania por motivos simplesmente ideológicos e eleitoreiro.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Dilma lidera Serra na ultima Pesquisa Ibope/ CNI

Por Dalva Teodorescu

Vejam que boa notícia!

Pesquisa Ibope/CNI divulgada nessa quarta feira mostra pela primeira vez a candidata Dilma Rousseff na frente do candidadto José Serra na intenção de voto.

A pesquisa foi realizada entre 19 e 21 de junho em 140 municipios.

1° Turno:

Dilma Rousseff : 40%

José Serra : 38%

Marina Silva : 9%


2° Turno:

Dilma Rousseff : 45%

José Serra : 38%

terça-feira, 22 de junho de 2010

Pesquisa aponta que 57,3 da populaçao considera que imprensa é tendenciosa e parcial

Por Dalva Teodorescu


Pesquisa encomendada pela Secretaria de Segurança da Presidência da República e realizada pelo Instituto de Pesquisa Meta entre 31 de janeiro 5 de fevereiro em 539 municípios brasileiros, mostra que 57, 3% da população considera que as notícias divulgadas pela imprensa são tendenciosas e parciais contra 24, 3% que consideram o contrário.

A mesma pesquisa mostra que somente 7, 9% afirmam que “sempre” mudam de opinião de acordo com as informações e 62, 3% afirmam que “às vezes” isso acontece.

Poderia ser melhor, mas já é um consolo. Em 2006 mais de 70% da população dizia confiar na isenção e imparcialidade da imprensa.

Outro dado triste: 69,4% dos entrevistados apontam a TV aberta como o meio de comunicação mais confiável, contra 7,2 por cento que apontam o rádio, 6,5 a internet e 6,3% o jornal impresso.

Dado encorajador: 46,1% dos entrevistados costumam acessar a internet, dos quais 66, 5% possuem acesso em casa. O que é um avanço nesse quesito.

Os dados foram publicados no Jornal O Estado de São Paulo de 18 de junho de 2010.

Não a apologia da pobreza pelos candidatos

Por Dalva Teodorescu

Não é de hoje que a pobreza vale ouro para arrecadar votos. Só que o povo brasileiro evoluiu e não suporta mais ser tratado como idiota. Hoje José Serra e Marina Silva fazem apologia da pobreza para ganhar votos dos pobres. Que horror!

É constrangedor ver o candidato José Serra se apresentar como o Zé Serra, que nasceu numa casinha da Mooca, filho de um comerciante do Mercado Municipal. O candidato da elite bem representada por moradores do bairro Higienópolis quer se travestir em pobre para competir com o presidente metalúrgico.

Ainda hoje a Mooca possui setores habitados pela classe média alta de SP e francamente morar na Mooca na década de quarenta não era morar no Grajaú de hoje.

Também ser filho único de uma dona de casa e de um pai comerciante no mercado municipal na década de quarenta era quase signo de riqueza. Quem não se lembra, ainda na década de cinquenta, sessenta do dono do mercadinho do lado, tido como rico para muitos que ali compravam fiado para pagar no fim do mês.

O dono do mercadinho era rico aos olhos de muitos, cuja mãe e pai trabalhavam duro para que os filhos fizessem pelo menos o curso primário. Fazer o primário completo era para muitos filhos de operário um luxo. Ginásio em colégio público já era coisa para os filhos do dono do mercadinho. E colégio público era sinônimo de qualidade de ensino.

José Serra gozava do privilégio de ser filho único e estudar em colégio público. Entrou na Faculdade de engenharia na Politécnica. Se hoje entrar na politécnica é privilégio dos riquíssimos imagine na década de sessenta. E muito mérito para o José Serra e ele não precisa esconder isso para insistir no quadro do menino pobre.

Marina Silva também insiste na pobreza. Pior. Agora de mulher cabocla virou mulher negra e pobre. Marina tem uma grande bandeira que é a do meio ambiente não precisa fazer apologia da pobreza para ganhar voto. Ninguém aquenta mais a ladainha da alfabetização aos 16 anos, empregada doméstica, etc. A pobreza não classifica ninguém.

Marina deveria ter percebido que o filão da pobreza extrema já foi consumido com a eleição do Lula. Agora não tem mais espaço para o sofisma ‘eu nasci miserável logo eu sou credenciada para ser presidente’. Sofisma que Lula não precisou martelar porque se elegeu presidente como líder que levantou o movimento sindical do país em plena ditadura, não porque era pobre migrante nordestino.

Nesse ponto a candidata Dilma Rousseff esta dando banho de dignidade. Não esconde que estudou no colégio Sion e que vem de uma família de classe média. Sua competência dispensa a apologia da pobreza.

A pobreza não desmerece ninguém, mas também não enaltece. Nem é privilégio de alguns. A trajetória da Senadora Marina merece respeito, mas infelizmente não é uma história singular no nosso Brasil. Ao contrário, conheço muitas pessoas que tiveram a mesma história. O que o Brasil precisa agora é de uma presidente que lute para que os jovens e as crianças de hoje não tenha que contar essa mesma e antiga história de uma infância pobre e sem estudo.

E o Dunga peitou a Globo

Por Dalva Teodorescu


E o Dunga peitou a GLOBO. Mostrou que ela não é mais a toda poderosa de há 20 anos e que não tem motivos para continuar se achando que pode tudo. Quem não se lembra do circo promovido pela GLOBO na copa de 2006. Xô Xô Xô.

Mas contra a peitada do Dunga o corporativismo da mídia se manifestou e escorregou feio.

Nessa manhã a chamada dos noticiários de rádios era a certeza da punição do técnico da seleção brasileira pela FIFA. Até que entraram os comentaristas diretamente da África do Sul.

Começou com o jornal da radio Eldorado às 5 da manhã dizendo ao seu correspondente que aqui no Brasil o que estava repercutindo era a punição que a FIFA aplicaria ao Dunga por xingamento dirigido ao juiz francês durante o último jogo e aos jornalistas durante coletiva de imprensa.

O correspondente prontamente esclareceu que a briga era uma rixa pessoal entre o Dunga e um jornalista da TV GLOBO. Que a denúncia só constava no site da TV GLOBO. Lembrou que o técnico brasileiro carrega 200 kilos na costa, que como outros técnicos está sendo muito cobrado e que a única preocupação de todos era ganhar a Copa e passou para os comentários sobre esporte. Silêncio do lado brasileiro.

Ainda no mesmo jornal da Eldorado entrou outro comentarista que estava em outra cidade e repetiu que era um problema exclusivo de um repórter da Globo com o Dunga e que a notícia de punição teria sido postada no site da GLOBO. Mais silêncio do lado brasileiro.

Pasmem! Mesmo com o desmentido no ar, o jornal da radio Eldorado continuou com as chamadas anunciando que Dunga seria punido pela FIFA. E Caio Camargo afirmou ainda que se solidarizava com a GLOBO em nome da Liberdade da imprensa.

As 7 horas entrou o Ricardo Boechat na Band News anunciando que a FIFA recusou denúncia da GLOBO contra o Dunga. Analisando o vídeo da tal entrevista a FIFA não viu motivos para abrir investigação contra o técnico brasileiro.
A Band está surfando nessa briga. Os jogadores aparecem sorridentes no stand da Band, mas Boechat procurou manter as aparências e criticou o mau humor do Dunga.

Mesmo depois do desmentido OFICIAL da FIFA o Jornal da manhã da radio Jovem Pan, fiel a ela mesma na maneira de deturpar informações, fez um editorial afirmando que o DUNGA poderia ser punido ou mesmo afastado da Copa 2010 e se solidarizava com a TV Globo em nome da Liberdade de imprensa.

Entrou o comentarista da JP, direto da África do Sul, dizendo que sabia de editorial no Brasil torcendo contra a seleção, mas que eles queriam a vitória do Brasil.
Ou seja, era nítida a diferença de postura entre os jornalistas esportivos que falavam diretamente da África do Sul e aqueles do Brasil repetindo a pequenez cotidiana do corporativismo.

Não estou aqui defendendo comportamento mal criado do Dunga. Mas sei que a pressão que ele enfrenta da parte da imprensa, principalmente, é enorme. Dunga tem razão de se proteger e ninguém pode negar que ele conta com o apoio de sua equipe que parece mais unida do que nunca.

Muito do que está acontecendo com a equipe da França é culpa da intromissão da imprensa francesa.

A imprensa PRECISA aprender que a LIBERDADE de cada um acaba quando invade a liberdade do outro. A imprensa não está isenta de compostura, de deontologia e de ética. Tudo o que vale para os cidadãos comuns vale para a sacrossanta imprensa.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Piotto da CBN tentou malhar o Dunga e se deu mal

Por Stanley Burburinho

1 - A rádio CBN, durante a viagem do Juca Kfoury para cobrir a Copa, colocou o programa Quatro em Campo para ser apresentado das 20h às 21h. O programa é ancorado pelo Adalberto Piotto e os comentaristas são o Eboli (do RJ) o Sanchez (de SP) e o Guiotti (de MG e, dos quatro, o único que entende de futebol).


O problema é que o Piotto, todos os dias, passa a maior parte do tempo humilhando o técnico ou falando das roupas do Dunga ou o Eboli imitando as falas erradas do técnico.
O Piotto já demonstrou tristeza porque a Inglaterra não está indo bem na Copa.
Hoje pela manhã o Piotto apresentou o programa no lugar do Heródoto Barbeiro. Achando que arrasaria ainda mais com o Dunga contando com a ajuda do Cony e da Viviane Mosé, o Piotto ficou numa saia justa. Ele só encontrou apoio no Xexéo. O link para o áudio está no fim do texto (gravei o áudio caso desapareçam com ele). Abaixo, trechos das falas:

Piotto: “Olha, temos ai..., o dia... seguinte ...ao jogo do Brasil, da classificação inclusive para os oitavas de final..., mas depois do jogo, um jogo espetacular por várias, por várias razões..., mas depois do jogo na tal famigerada entrevista coletiva com o técnico Dunga...ele não foi lá muito simpático lá... sempre se acha provocado e respondeu ao repórter Alex Escobar ali, que na verdade... tinha feito um aceno com a cabeça, não tinha feito nenhuma interpelação e o Dunga levou aquilo para o lado pessoal e acabou respondendo assim:”

Dunga: “áudio do trecho da fala do Dunga”

Piotto: "Na verdade o Alex Escobar tava conversando com um colega de TV Globo naquele momento e fez um sinal porque alguém tinha cochichado uma coisa ali ... uma conversa normal, mas o Dunga achou que era com ele...e aí o Dunga saiu “reclamaNO”... depois tem uma série de outras cenas em que eu.... fica uma entrevista com a língua do "PI” (som colocado quando se fala palavrão - Stanley), sabe? Ali, ele fala alguma coisa “piiii”, aquela coisa toda... É uma, é um problema do Dunga com a imprensa, é um problema da imprensa com o Dunga... onde é que está essa coisa da liberdade de expressão de um e de outro aí, hein, Xexéo?"

2 - Xexéo, como sempre:

Xexéo: “ Eu acho que é falta de maturidade do Dunga (...)”

Piotto: “Aliás, a FIFA já disse que vai avaliar os palavrões ditos por ele porque é uma entrevista oficial, prevista, no, no protocolo do jogo, organizada pela FIFA, diga-se de passagem, não foi só para a imprensa brasileira... é uma entrevista do técnico aberto à imprensa internacional... e os palavrões vão ser avaliados ali... (e o Piotto emenda levantando a voz e de forma excitada como que sugerindo o que a FIFA deveria fazer com o Dunga – Stanley) “o Maradona inclusive foi suspenso porque também xingou, ficou, não pode participar daquele sorteio dos jogos da Copa do Mundo porque estava suspenso pela FIFA...pode... (e o Piotto já determinou que a suposta suspensão do Dunga por um só jogo é pouco - Stanley) corremos o risco do Dunga não participar dos próximos jogos.”

3 – Primeira paulada - Para a infelicidade do Piotto a Viviane Mosé manda na lata:

Viviane Mosé: (a Mosé -- que deu um show e mostrou entender mais de futebol que o tal Piotto -- soltando um longo suspiro antes de falar – Stanley): “Olha, eu tenho uma opinião diferente... eu acho que o Dunga passou por um jogo extremamente tenso, ele participou desde o início, ativamente, (...) o time estava muito bem no jogo e que tem uma copa inteira pela frente, então acho que é fundamental preservar a saúde dos nossos jogadores que fizeram uma excepcional partida, então o Dunga estava muito nervoso... há um jogo entre o Dunga e a imprensa e a imprensa e o Dunga, porque o Dunga não abre os treinos e isso faz com que a imprensa não tenha muito o que falar, já que ele não abre esses treinos...agora o que tem que ser falado do Dunga hoje é que foi ótimo a Seleção fez uma ótima partida...saiu daquela estagnação inicial, que não foi tão ruim na minha opinião o primeiro jogo, mas mostrou jogo e o Brasil hoje é uma das melhores equipes do mundo e os nossos adversários Espanha, França que a gente tinha tanto medo, a gente viu no que está dando...então temos uma excelente partida, um excelente jogo e nós não temos grandes adversários pela frente...”

4 – Segunda paulada - O Cony:

Piotto: “Cony...”

Cony: “A obrigação do Dunga é ganhar! Tá entendendo? E tá ganhando... tá ganhando lá...(...) ontem já foi diferente o time mostrou do que é capaz, não o tempo todo, mas em alguns momentos foi até brilhante...agora o Dunga tem, realmente, esse problema de não se dar bem com os jornalistas...agora ele não é obrigado a fazer... ele não está aí para ser agradável à imprensa... ele está lá para vencer (é interrompido pelo Piotto - Stanley)”

Piotto: “Não tem o direito de xingar porque a imprensa...(foi interrompido pelo Cony - Stanley)”

Cony: “O negócio é o seguinte... a imprensa às vezes...(Cony dá um chá de galão - Stanley) eu sou jornalista há 60 anos, não é, a imprensa às vezes invade, fica, ou chateada porque proibiu os treinos, então....escolhem um bode expiatório... o bode expiatório está sendo o Dunga...ele reage à maneira dele, evidente, ele não devia ter feito isso, mas fez.” (Cony é interrompido pela Mosé – Stanley)

Mosé: “Tanto que hoje o jornal está valorizando a briga do Dunga e não a vitória impressionante do Brasil."

Cony: “Exatamente!”

Mosé: “Deviam estar valorizando o show de bola."

Cony: “O pessoal está chateado porque, basicamente, porque o Dunga não se abre muito para a imprensa. Ele não é obrigado. Não está na pauta das obrigações dele..."

Xexéo: “Ontem não foi porque ele não se abre, ontem ele foi grosseiro!"

Mosé: “Deixa ele ser grosseiro um pouco, às vezes...”

Mosé: “Isso faz parte depois de tudo o que o árbitro fez!”

Piotto: “Ser grosseiro com um jornalista que não foi o jornalista...”

Mosé: “Mas ele não é de ferro...não é de ferro, gente, ele é só um treinador... sofrendo tudo quanto é tipo de ataque desde o início! Tudo quanto é tipo de ataque!”

Xexéo: “Mas ele tem que ter um tipo de comportamento, ô Vivi.”

Mosé: “Mas ele ganhou o jogo bem! Isso é o que vale é um técnico!”

Cony: “(inaudível) ...time que ganhe...e isso ele fez até agora. Ganhamos duas vezes.”

Mosé: “E vamos ganhar essa Copa!”

Xexéo: “Que bom que o Dunha ganhou e que pena que ele não soube comemorar isso.”

Mosé: “Jogo mexe com os ânimos... a gente se apaixona, se envolve. Ninguém esperava que o jogo fosse tão bom. Ninguém. A imprensa toda semana passada destruiu... tudo bem, faz parte acho que a imprensa e o Dunga estão nos seus lugares. A gente tem que comemorar."

Cony: “Inclusive falavam muito do Fabiano, que o Fabiano não tinha feito nada, seis partidas sem fazer gol e o Dunga dizia que na hora exata ele vai fazer e fez."

Mosé: “E provavelmente vai ser o artilheiro da Copa!”

Cony: “Parece até que ele adivinhava o negócio.”

Piotto: “(arrasado) Obrigado e até amanhã, hein.”

http://cbn.globoradio.globo.com/

Serra, cadê o vice?

Enviado por Stanley Burburinho, seu comentário a respeito de mátéria da Época.
http://colunas.epoca.globo.com/bocadeurna/2010/06/17/os-21-vices-de-serra/

Não foi de graça de a vereadora tucana Patrícia Amorim presenteou o Serra com a camisa do Flamengo de cores azul e amarela, às costas, com o nome Serra e o número 45 do PSDB. Ela está sendo cogitada para ser a vice do Serra já que ele está tendo dificuldades no RJ:


"Os 21 vices de Serra

QUI , 17/6/2010 - REDAÇÃO ÉPOCA

O tucano José Serra já bateu um recorde nessa eleição: até agora, ele já teve pelo menos 21 nomes citados como possíveis candidatos a vice em sua chapa. A definição desse posto é um dos maiores mistérios da atual disputa. Durante meses, apoiadores de diversas tendências pressionaram Aécio Neves, ex-governador de Minas Gerais, para ocupar a vaga. Enquanto Aécio recusava, pelo menos outros 20 nomes foram citados em algum momento por correligionários de Serra em entrevistas, discursos ou bastidores vazados à imprensa.

A indefinição começa a irritar aliados. Nos últimos dias, representantes do DEM passaram a reclamar publicamente o direito de indicar o vice, caso a recusa de Aécio permaneça. Em resposta, o deputado federal Jutahy Júnior (PSDB-BA) chegou a dizer que o não lançamento do vice era uma “estratégia eleitoral”.

Na lista dos 21 já cotados como vice, 9 são filiados ao PSDB, 7 são do DEM, 1 do PPS, 1 do PP, 1 do PMDB, 1 do PV e 1 sem partido (ex-DEM). Quase metade da lista é composta por senadores. Dos 20 nomes, 6 são mulheres. Há ainda 3 Josés -os xarás de Serra- e 3 membros da família Neves. Confira, em ordem alfabética:
(por Ricardo Mendonça)

1) Aécio Neves, ex-governador de Minas Gerais
Ninguém recebeu tanta pressão para ser vice quanto ele. Durante todo o tempo, Aécio resistiu. Primeiro porque queria ser ele mesmo o cabeça da chapa. Depois porque passou a avaliar que o melhor para si é sair candidato ao Senado. Com alternativa, Aécio já sugeriu outros três nomes mineiros: Itamar Franco, Tasso Jereissati e Pimenta da Veiga.

2) Álvaro Dias, senador (PSDB-PR)
Sua postura é cautelosa. Não descarta, nem demonstra interesse explícito em ocupar o posto de vice. Há alguns dias, passou a dizer que Serra deveria ter “carta branca” para escolher o vice. O fato de ser do Paraná, Estado onde Serra já vai bem nas pesquisas, não ajuda a fortalecer seu nome.

3) Andréa Neves, irmã de Aécio
Como o assédio a Aécio nunca funcionou, alguns chegaram a sugerir o nome de sua irmã. Andréa também é política (cuida da comunicação do governo mineiro), também é de Minas, carrega o sobrenome Neves e ainda tem a vantagem de ser mulher. Mas ela não se desincompatibilizou a tempo e a proposta nunca foi levada a sério.

4) Beto Richa, ex-prefeito de Curitiba
O tucano sempre foi um dos campeões de aprovação no ranking de prefeitos. Mas Richa trabalhou o tempo todo para ser candidato a governador. Hoje, é o favorito na disputa local.

5) Demóstenes Torres, senador (DEM-GO)
Junto com Agripino, Aleluia e Kátia Abreu, é uma das opções oferecidas pelo DEM. Sua principal marca nacional é a oposição às cotas para negros nas universidades, o que, do ponto de vista eleitoral, pode ser uma desvantagem.

6) Francisco (Neves) Dornelles, senador (PP-RJ)
Tio de Aécio, foi um dos mais cotados durante todo o período. O principal benefício para o PSDB seria a aliança com o PP, o que renderia mais tempo na TV. A proposta, porém, pedeu força desde a última rodada de pesquisas, que mostrou crescimento de Dilma. O PP tende a ficar com o PT ou, na melhor das hipóteses para Serra, neutro.

7) Itamar Franco, ex-presidente da República (PPS-MG)
Ele tem a vantagem de ser de Minas, mas seu comportamento às vezes mercurial pode trazer problemas. Como já foi presidente, seria uma voz com muita autoridade institucional na chapa. Além disso, o PPS não exige a vaga de vice. Interessado em voltar para o Senado, Itamar rejeitou a oferta assim: “Os serristas podem estar tranquilos, pois não sou e nem serei a pessoa para compor tal chapa.”

8) Jarbas Vascolcelos, senador (PMDB-PE)
O ex-governador de Pernambuco é uma espécie de curinga de Serra. Se o PMDB tivesse fechado aliança com o PSDB, seria um dos favoritos para ocupar o posto de vice. Como isso não ocorreu, Jarbas acabará sendo mais útil para Serra como candidato a governador. Mesmo sabendo que a missão será dura – enfrentar o favorito Eduardo Campos (PSB), candidato à reeleição – Jarbas topou.

9) José Agripino, senador (DEM-RN)
Sempre foi um dos mais cotados entre os aliados. A presença de Agripino na chapa solidificaria a aliança com o DEM e contemplaria a necessidade de ter um representante do Nordeste na chapa. Agripino, porém, carrega a imagem negativa desde que tentou “acusar” Dilma Rousseff de ter mentido enquanto estava sendo torturada durante a ditadura. Agora ele diz que não quer a vaga de vice.

10) José Carlos Aleluia, deputado federal (DEM-BA)
Citado recentemente como opção pelo senador José Agripino, Aleluia respondeu de forma enfática, mas pouco conclusiva: “Não fui contatado por ninguém, convidado por ninguém, sondado por ninguém. Trato da minha campanha para deputado federal”, afirmou. Não recusou, nem disse que toparia.

11) José Roberto Arruda, ex-governador do Distrito Federal (ex-DEM)
Até ser preso, acusado de corrupção no caso que ficou nacionalmente conhecido como o “mensalão do DEM”, foi um nome bem cotado para ocupar o posto. Há até um vídeo no YouTube em que Serra brinca com a careca de Arruda e com a hipótese de tê-lo como vice. O escândalo o afastou totalmente de qualquer articulação política.

12) Kátia Abreu, senadora (DEM-TO) e presidente da Confederação Nacional da Agricultura
Ela quer. Já disse estar “pronta para aceitar a missão”. Na avaliação de alguns, entretanto, sua imagem tão fortemente associada aos interesses dos grandes latifundiários mais atrapalha do que ajuda. Kátia já foi “agraciada” por ONGs com o Troféu Motosserra, símbolo da agressão ao meio ambiente. Seria um problema numa disputa em que uma das concorrentes, Marina Silva (PV), dá grande ênfase ao tema.

13) Marco Maciel, senador (DEM-PE)
Vice do tucano Fernando Henrique Cardoso em seus dois mandatos presidenciais (1995 a 2002), seria uma espécie de garantia de tranqulidade para Serra. Maciel é um dos homens mais discretos da política, mas não tem potencial de agregar muitos votos. Também não demonstrou qualquer interesse em voltar ao Palácio do Jaburu.

14) Marina Silva, senadora (PV-AC)
Antes de oficializar sua própria candidatura à presidência, seu nome apareceu na imprensa como possível vice de Serra. Puro devaneio. A conversa não durou uma semana.

15) Marisa Serrano, senadora (PSDB-MS)
O fato de ser mulher poderia agregar algum valor positivo à chapa, mas seu nome é muito pouco conhecido. Além disso, Serra já tem um desempenho razoavelmente bom no Mato Grosso do Sul mesmo sem ela na chapa.

16) Patrícia Amorim, presidente do Flamengo
É o nome mais inusitado da lista. Ex-nadadora, atual vereadora do Rio de Janeiro pelo PSDB, preside o clube mais popular do país. Seu nome foi citado dias atrás em notinhas. Ela é de um Estado em que Serra enfrenta dificuldades, mas sua presença na chapa poderia provocar mais estranheza que benefícios.

17) Paulo Souto, ex-governador da Bahia (DEM)
É do nordeste, onde Serra precisa se fortalecer. Mas assim como Jarbas Vasconcelos em Pernambuco, tende a ajudar mais sendo candidado a governador. Irá disputar contra o petista Jaques Wagner, candidato à reeleição.

18) Pimenta da Veiga, ex-ministro
Ex-prefeito de Belo Horizonte, ex-ministro das Comunicações no governo FHC e ex-presidente do PSDB, passou alguns anos afastado da política. Dificilmente agregaria votos, mas a chapa pelo menos teria um representante da política mineira. Seu nome foi sugerido há poucos dias por Aécio e outros representantes do PSDB de Minas.

19) Sérgio Guerra, senador (PSDB-PE)
O presidente do PSDB sempre é citado como opção diante das negativas constantes de Aécio. Guerra, na verdade, é um dos responsáveis pela articulação que escolherá o vice. Se tudo der errado, ele poderá assumir a tarefa. Tem a confiança de Serra e é bem aceito por todo PSDB.

20) Tasso Jereissati, senador (PSDB-CE)
Também foi citado como opção por Aécio e outros tucanos importantes, mas sempre negou enfaticamente o interesse em ocupar o posto. Seu plano é ser candidato a senador novamente.

21) Valéria Pires, ex-vice governadora do Pará e mulher do deputado federal Vic Pires (DEM-PA)
Tem tudo para ser batizada como “solução Sarah Palin”: mulher bonita, conservadora e de um Estado distante do centro político. Ela era do PFL, foi para o PSDB, mas depois voltou para o DEM. Sua escolha facilitaria acordo entre as siglas e fortaleceria campanha na região Norte.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

A ditadura da mídia

Por Dalva Teodorescu

Dilma Roussef cancelou uma sabatina (leia se entrevista com eleitores e jornalistas) programada pela Folha de São Paulo. A candidata petista justificou o cancelamento por conta de um agendamento com líderes de governos europeus na mesma data. Dilma conseguiu agendar encontro com Durão Barroso Presidente da Comissão Europeia, com Luís Zapatero presidente do governo Espanhol, com José Socrates primeiro ministro de Portugal e com Nicolas Sarkozy presidente da França. Qualquer pessoa em sã consciência sabe medir a importância de se conseguir agendamento com quatro importantes líderes europeus num curto espaço de tempo. E a candidata petista sem dúvida mediu o custo benefício do cancelamento da tal sabatina, acreditando que entre gente de boa fé se dialoga, podendo até reagendar a entrevista.


A Folha não entendeu assim e mandou bala. A vingança do Jornal foi terrível. O Jornal que vinha adotando uma postura mais ou menos decente na história de fabrição de dossiê passou a cotidianamente fazer manchete com denúncias contra a campanha petista. Denúncias que não se sustentam quando o leitor lê a matéria: são dados sem fundamentos, e requentadíssimos das denúncia feitas por Veja. A Folha se sentiu dimimuída, quem sabe, face a escolha da candidata ou, quem sabe, se julgou poderosa demais e viu como um acinte a declinação do SEU pela candidata Dilma Rousseff.

A chamada grande imprensa se solidarizou com o Jornal e espalhou que Dilma teria cancelado vários debates com o candidato tucano. Todo mundo sabe que os debates ainda não estão na pauta nem dos partidos nem de ninguém.

Mesmo assim Neumâne Pinto no jornal da manhã da rádio Jovem Pan chegou a perguntar para a minsitra sobre o cancelamento de debates. A ex-ministra respondeu prontamente: “de que debate o sr. está falando? Silêncio total e o Anchieta Filho saiu em socorro do controvertido jornalista: “a sabatina da Folha ministra”. Ah, respondeu a candidata, “não era debate era uma entrevista”. E Dilma discorreu sobre a importância para sua campanha de encontrar com os líderes europeus.

O pior é que alguns eleitores da candidata Dilma afirmam que ela sabendo que a mídia bate sempre no PT deveria ter atendido aos caprichos da Folha e cancelado a agenda com os quatro governantes europeus para evitar polêmica. Francamente é demais. Se isso não é ditadura da mídia é então o que é?

Por ocasião da eleição presidencial de 2006, um amigo, na época chefe de gabinete de um senador do DEM, me dizia com orgulho que no Brasil quem manda é a mídia. Ganha eleição quem a mídia escolhe, dizia ele. A profecia não deu certo. Em 2006 Lula ganhou contra a mídia. Então não precisa a Folha fazer um tal escarcéu por conta de um cancelamento de entrevista.

Ninguém duvida que causa transtorno na organização do jornal um cancelamento de última hora, mas também não é o fim do mundo, muito menos um crime que exige vingança. O fato só ilustra como a mídia precisa dos candidatos para produzir seus jornais o tanto quanto os candidatos precisam da mídia para divulgar suas ideias. É esse o jogo democrático e a mídia tal como qualquer cidadão ou instituição cidadã vai ter que aprender a respeitá-lo.

A convenção tucana

Por Dalva Teodorescu

A mídia, em geral, preferiu enaltecer a convenção de José Serra. Todos os jornais de TV da noite de sábado abriram com o evento tucano. Não foi o caso para a convenção da Dilma que aparecia nas chamadas, mas a matéria só vinha ao ar no final do jornal. Nenhum problema o candidato que interessa confirmar em convenção sua candidatura sem ter definido vice. Imagine se fosse o PT!


O Jornal Nacional dedicou todo o tempo necessário para o discurso de Aécio Neves, o Lula do Serra, fazer seus ataques ao governo. O sonolento Sérgio Guerra também teve seu discurso quase na íntegra no jornal da Globo. Claro que Serra o candidato recebeu todas as atenções.

Mas Fernando de Barros e Silva da Folha de São Paulo soltou a verdade em seu comentário no jornal de domingo. Segundo o colunista o discurso foi sem novidade e o ambiente mais frio do que se viu no dia 10 em Brasília, quando José Serra lançou sua pré-candidatura. Tudo parecia menos espontâneo e mais ensaiado. As pessoas uniformizadas e as bandeirinhas em sintonia davam um clima de auditório na convenção. A ponto de um mestre de cerimônia dizer: “Podem bater palma, você pode”. (Estadão revelou nas entrelinhas que o DEM pagou 20 reais por pessoas para bater palma no evento).

Ainda segundo o colunista da Folha, a cúpula do PDSB escolheu para o evento, “a quadra de um clube decadente na orla de Salvador. Essa resultou num evento de estética pobretona um tanto precária quase mambembe”. O colunista não falou do som, mas no jornal da rede TV, que tem dedicada largo espaço ao candidato José Serra, foi impossível ouvir o discurso do candidato tão ruim era o som. Pior, a voz do comentarista também estava inaudível o que obrigou o jornal a cortar a matéria.

Depois de tantos fiascos na convenção tucana, claro que jornalistas da oposição, como Ana Paula Scinocca do Estadão, iriam dizer que “petistas já viram convenções melhores”, se negando a reconhecer o sucesso da convenção petista, segundo disseram, num primeiro momento, alguns jornalistas da chamada grande mídia.

Pobre profissão essa de jornalistas brasileiros que no lugar de desenvolver o espírito crítico, próprio da profissão, sem mesmo se dar conta, quem sabe, adotam postura de vaquinha de presépio dos patrões.

Os jornalistas na campanha eleitoral e o bordão de Vera Rosa

Por Dalva Teodorescu

Os jornalistas são uma categoria muito especial. Eles criam tics e bordão de linguagem e depois os repetem à exaustão. Mesmo que não correspondam à verdade.


Vejam a Vera Rosa comentarista política do jornal o Estado de São Paulo. Chova ou faça sol nos palanques onde discursa a candidata Dilma Rousseff a jornalista vai concluir com um: “Dilma não empolgou”.

Já virou piada entre os apoiadores da candidata petista. Vera Rosa agrada sem dúvida o seu patrão que agradam aos tucanos, mas se desgasta como profissional. Como se desgastou Dora Kramer que conduziu uma cruzada solitária, mais bem encomendada, durante mais de um ano para convencer Aécio Neves a ser vice de Serra.

Logo depois do término da convenção petista confirmando a candidatura de Dilma Rousseff à presidência da republica, a Globo News colocou no ar comentário de jornalistas sobre o evento. Fernando Rodrigues da Folha de São Paulo foi logo dizendo que a convenção petista tinha sido mais festiva que a convenção tucana. A produção estava muito melhor, as pessoas aclamavam a candidata com fervor e que todos ali perceberam o quanto a convenção tinha sido mais organizada que a convenção tucana. Como crítica ressaltaram o discurso longo da ministra. Mais longo do que o de Serra, disseram.

Cristiane Lobo disse que a candidata Dilma Rousseff lançava sua candidatura oficial num momento muito favorável para ela por causa do favoritismo nas pesquisas, ressaltou que a festa tinha sido impecável, e que contrastava com a falta de dinheiro dos outros partidos.

Forças ocultas agiram com rapidez contra a empolgação dos jornalistas

Já no jornal da noite o tom da comentarista política da Globo tinha mudado. Disse que a festa era de Lula e que era preciso ver se Dilma podia caminhar sem Lula ao seu lado na foto que seria logo trocada pela de Temer.

A voz de fundo do jornal da Globo News que narrava o evento chegou a dizer que a Ministra leu a totalidade do discurso. Os comentários das profissionais da Globo contradiziam com as imagens mostrando os aplausos, gritos entusiasmados e bandeirolas e uma ministra discursando com segurança sem ler nada.

Hoje de manhã um jornalista da radio Jovem Pan perguntou à candidata Dilma Rousseff como ela está sentindo essa campanha diante do enorme carinho que tinha notado em seu palanque de ontem, quando os militantes tentavam se aproximar dela para manifestar seu apoio.

Nada do entusiasmo relatado por jornalistas no calor da hora apareceu nos jornais de hoje. Todos faziam coro dizendo que Lula dominou a festa.

Vera Rosa, claro, usou seu bordão preferido: “a candidata não empolgou”. Triste profissão de jornalista.

Uma justiça se deve ao Estadão: Contrariando a maioria dos comentadores políticos da Globo e da Folha de São Paulo, o jornalista José Roberto Toledo afirmou que “o discurso de Dilma foi um pouco mais curto do que o de Serra , que já tinha sido mais curto do que o de Marina. A petista falou 4063 palavras”. O cara mediu, porque não acreditar nele?

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Astrologia e política

Por Stanley Burburinho

1 - Segundo o UOL até os astros estão contra o Lula ou será uma mensagem cifrada?


"Céu para todos - 10 de junho de 2010

Mercúrio entra em gêmeos agitando oposições ao governo federal. Lua nova em Gêmeos: 12/6"
 
http://www1.folha.uol.com.br/folha/urania/ceutodos.shtml
 
2 - Segundo o mesmo site, vejam quem está entre as personalidade do signo de Gêmeos:


César Maia

Chico Buarque de Hollanda

Eduardo Suplicy

Fernando Henrique Cardoso

Machado de Assis

Mário Gruber

Rubinho Barrichello
 
http://www1.folha.uol.com.br/folha/urania/personalidades.htm#gemeos

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Dos blogs Desabafo Brasil e Vi o Mundo: não é dossiê, é livro

enviado por Graça
A Grande Mídia finge que não vê e não ouve, portanto, não fala.

conferir nos links:
http://desabafopais.blogspot.com/2010/06/nao-e-dossie-e-um-livroamaury-ribeiro.html
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/os-poroes-da-privataria.html

Não é dossiê, é um livro. Amaury Ribeiro Jr.: os porões da pirataria

Amaury Ribeiro Jr.

Introdução


Quem recebeu e quem pagou propina. Quem enriqueceu na função pública. Quem usou o poder para jogar dinheiro público na ciranda da privataria. Quem obteve perdões escandalosos de bancos públicos. Quem assistiu os parentes movimentarem milhões em paraísos fiscais. Um livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que trabalhou nas mais importantes redações do País, tornando-se um especialista na investigação de crimes de lavagem do dinheiro, vai descrever os porões da privatização da era FHC. Seus personagens pensaram ou pilotaram o processo de venda das empresas estatais. Ou se aproveitaram do processo. Ribeiro Jr. promete mostrar, além disso, como ter parentes ou amigos no alto tucanato ajudou a construir fortunas. Entre as figuras de destaque da narrativa estão o ex-tesoureiro de campanhas de José Serra e Fernando Henrique Cardoso, Ricardo Sérgio de Oliveira, o próprio Serra e três de seus parentes: a filha Verônica Serra, o genro Alexandre Bourgeois e o primo Gregório Marin Preciado. Todos eles, afirma, têm o que explicar ao Brasil.

Ribeiro Jr. vai detalhar, por exemplo, as ligações perigosas de José Serra com seu clã. A começar por seu primo Gregório Marin Preciado, casado com a prima do ex-governador Vicência Talan Marin. Além de primos, os dois foram sócios. O “Espanhol”, como Marin é conhecido, precisa explicar onde obteve US$3,2 milhões para depositar em contas de uma empresa vinculada a Ricardo Sérgio de Oliveira, homem-forte do Banco do Brasil durante as privatizações dos anos de 1990. E continuará relatando como funcionam as empresas offshores semeadas em paraísos fiscais do Caribe pela filha – e sócia — do ex-governador, Verônica Serra, e por seu genro, Alexandre Bourgeois. Como os dois tiram vantagem das suas operações, como seu dinheiro ingressa no Brasil…

Atrás da máxima “siga o dinheiro!”, Ribeiro Jr perseguiu o caminho de ida e volta dos valores movimentados por políticos e empresários entre o Brasil e os paraísos fiscais do Caribe, mais especificamente as Ilhas Virgens Britânicas, descoberta por Cristóvão Colombo em 1493 e por muitos brasileiros espertos depois disso. Nestas ilhas, uma empresa equivale a uma caixa postal, as contas bancárias ocultam o nome do titular e a população de pessoas jurídicas é maior do que a de pessoas de carne e osso. Não é por acaso que todo dinheiro de origem suspeita busca refúgio nos paraísos fiscais, onde também são purificados os recursos do narcotráfico, do contrabando, do tráfico de mulheres, do terrorismo e da corrupção.

A trajetória do empresário Gregório Marin Preciado, ex-sócio, doador de campanha e primo do candidato do PSDB à Presidência da República, mescla uma atuação no Brasil e no exterior. Ex-integrante do conselho de administração do Banco do Estado de São Paulo (Banespa), então o banco público paulista, nomeado quando Serra era secretário de Planejamento do governo estadual, Preciado obteve uma redução de sua dívida no Banco do Brasil de R$448 milhões(1) para irrisórios R$4,1 milhões. Na época, Ricardo Sérgio de Oliveira era diretor da área internacional do BB e o todo-poderoso articulador das privatizações sob FHC. (Ricardo Sérgio é aquele do “estamos no limite da irresponsabilidade. Se der m…”, o momento Péricles de Atenas do Governo do Farol – PHA)

Ricardo Sérgio também ajudaria o primo de Serra, representante da Iberdrola, da Espanha, a montar o consórcio Guaraniana. Sob influência do ex-tesoureiro de Serra e de FHC, mesmo sendo Preciado devedor milionário e relapso do BB, o banco também se juntaria ao Guaraniana para disputar e ganhar o leilão de três estatais do setor elétrico(2).

O que é mais inexplicável, segundo o autor, é que o primo de Serra, imerso em dívidas, tenha depositado US$3,2 milhões no exterior por meio da chamada conta Beacon Hill, no banco JP Morgan Chase, em Nova Iorque. É o que revelam documentos inéditos obtidos dos registros da própria Beacon Hill em poder de Ribeiro Jr. E mais importante ainda é que a bolada tenha beneficiado a Franton Interprises. Coincidentemente, a mesma empresa que recebeu depósitos do ex-tesoureiro de Serra e de FHC, Ricardo Sérgio de Oliveira, de seu sócio Ronaldo de Souza e da empresa de ambos, a Consultatun. A Franton, segundo Ribeiro, pertence a Ricardo Sérgio.

A documentação da Beacon Hill levantada pelo repórter investigativo radiografa uma notável movimentação bancária nos Estados Unidos realizada pelo primo supostamente arruinado do ex-governador. Os comprovantes detalham que a dinheirama depositada pelo parente do candidato tucano à Presidência na Franton oscila de US$17 mil (3 de outubro de 2001) até US$375 mil (10 de outubro de 2002). Os lançamentos presentes na base de dados da Beacon Hill se referem a três anos. E indicam que Preciado lidou com enormes somas em dois anos eleitorais – 1998 e 2002 – e em outro pré-eleitoral – 2001. Seu período mais prolífico foi 2002, quando o primo disputou a Presidência contra Lula. A soma depositada bateu em US$1,5 milhão.

O maior depósito do endividado primo de Serra na Beacon Hill, porém, ocorreu em 25 de setembro de 2001. Foi quando destinou à offshore Rigler o montante de US$404 mil. A Rigler, aberta no Uruguai, outro paraíso fiscal, pertenceria ao doleiro carioca Dario Messer, figurinha fácil desse universo de transações subterrâneas. Na operação Sexta-Feira 13, da Polícia Federal, desfechada no ano passado, o Ministério Público Federal apontou Messer como um dos autores do ilusionismo financeiro que movimentou, por intermédio de contas no exterior, US$20 milhões derivados de fraudes praticadas por três empresários em licitações do Ministério da Saúde.

O esquema Beacon Hill enredou vários famosos, dentre eles o banqueiro Daniel Dantas. Investigada no Brasil e nos Estados Unidos, a Beacon Hill foi condenada pela justiça norte-americana, em 2004, por operar contra a lei.

Percorrendo os caminhos e descaminhos dos milhões extraídos do País para passear nos paraísos fiscais, Ribeiro Jr. constatou a prodigalidade com que o círculo mais íntimo dos cardeais tucanos abre empresas nestes édens financeiros sob as palmeiras e o sol do Caribe. Foi assim com Verônica Serra. Sócia do pai na ACP Análise da Conjuntura, firma que funcionava em São Paulo em imóvel de Gregório Preciado, Verônica começou instalando, na Flórida, a empresa Decidir.com.br, em sociedade com Verônica Dantas, irmã e sócia do banqueiro Daniel Dantas, que arrematou várias empresas nos leilões de privatização realizados na era FHC.

Financiada pelo Banco Opportunity, de Dantas, a empresa possui capital de US$5 milhões. Logo se transfere com o nome Decidir International Limited para o escritório do Ctco Building, em Road Town, ilha de Tortola, nas Ilhas Virgens Britânicas. A Decidir do Caribe consegue trazer todo o ervanário para o Brasil ao comprar R$10 milhões em ações da Decidir do Brasil.com.br, que funciona no escritório da própria Verônica Serra, vice-presidente da empresa. Como se percebe, todas as empresas têm o mesmo nome. É o que Ribeiro Jr. apelida de “empresas-camaleão”. No jogo de gato e rato com quem estiver interessado em saber, de fato, o que as empresas representam e praticam é preciso apagar as pegadas. É uma das dissimulações mais corriqueiras detectada na investigação.

Não é outro o estratagema seguido pelo marido de Verônica, o empresário Alexandre Bourgeois. O genro de Serra abre a Iconexa Inc no mesmo escritório do Ctco Building, nas Ilhas Virgens Britânicas, que interna dinheiro no Brasil ao investir R$7,5 milhões em ações da Superbird.com.br que depois muda de nome para Iconexa S.A. Cria também a Vex capital no Ctco Building, enquanto Verônica passa a movimentar a Oltec Management no mesmo paraíso fiscal. “São empresas-ônibus”, na expressão de Ribeiro Jr., ou seja, levam dinheiro de um lado para o outro.

De modo geral, as offshores cumprem o papel de justificar perante ao Banco Central e à Receita Federal a entrada de capital estrangeiro por meio da aquisição de cotas de outras empresas, geralmente de capital fechado, abertas no País. Muitas vezes, as offshores compram ações de empresas brasileiras em operações casadas na Bolsa de Valores. São frequentemente operações simuladas tendo como finalidade única internar dinheiro nas quais os procuradores dessas offshores acabam comprando ações de suas próprias empresas… Em outras ocasiões, a entrada de capital acontecia pelos sucessivos aumentos de capital da empresa brasileira pela sócia cotista no Caribe, maneira de obter do BC a autorização de aporte do capital no Brasil. Um emprego alternativo das offshores é usá-las para adquirir imóveis no País.

Depois de manusear centenas de documentos, Ribeiro Jr. observa que Ricardo Sérgio, o pivô das privatizações – que articulou os consórcios usando o dinheiro do BB e do fundo de previdência dos funcionários do banco, a Previ, “no limite da irresponsabilidade”, conforme foi gravado no famoso “Grampo do BNDES” –, foi o pioneiro nas aventuras caribenhas entre o alto tucanato. Abriu a trilha rumo às offshores e às contas sigilosas da América Central ainda nos anos de 1980. Fundou a offshore Andover, que depositaria dinheiro na Westchester, em São Paulo, que também lhe pertenci

Ribeiro Jr. promete outras revelações. Uma delas diz respeito a um dos maiores empresários brasileiros, suspeito de pagar propina durante o leilão das estatais, o que sempre desmentiu. Agora, porém, existe evidência, também obtida na conta Beacon Hill, do pagamento da US$410 mil por parte da empresa offshore Infinity Trading, pertencente ao empresário, à Franton Interprises, ligada a Ricardo Sérgio.

(1) A dívida de Preciado com o Banco do Brasil foi estimada em US$140 milhões, segundo declarou o próprio devedor. Esta quantia foi convertida em reais tendo-se como base a cotação cambial do período de aproximadamente R$3,2 por um dólar.
(2) As empresas arrematadas foram a Coelba, da Bahia, a Cosern, do Rio Grande do Norte, e a Celpe, de Pernambuco.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Serra o estabanado

Por Dalva Teodorescu


Ontem mais uma vez as manchetes dos dois principais jornais de São Paulo anunciavam em coro que José Serra acusava Dilma Roussef de fabricar dossiê contra ele. Todos sabem que manchete igualzinha do Estadão e da Folha são manchetes encomendadas. Disso ninguém tem dúvida. José Serra teria feito a acusação em Programa de Borys Casoy para a televisão.

No final da semana a revista Veja divulgou uma suposta disputa entre as equipes da campanha de Dilma porque um jornalista contratado por uma das alas estaria disposta a criar um dossiê para investigar a filha de José Serra. Segundo a revista Veja a idéia teria sido abortada pela equipe de Dilma e pela própria candidata por não concordar com tais praticas.

A revista Veja já foi notificada pela revista francesa Mariana entre as 10 mais mentirosas do mundo em 2006. A revista teria produzido 8 capas difamatórias sem apresentar provas. Em 2006 quando a veja acusou o presidente Lula de ter conta no exterior coube ao Jornal o Estado de São Paulo chamar a atenção da revista da importância de resguardar a ética jornalísta. Desta vez a matéria da Veja era tão vaga que não oferecia matéria para discussão, não houve repercussão imediata na imprensa e o tucanato se calou.

O que houve então para na quarta feira Sérgio Guerra e toda a imprensa passar a comentar o caso do tal Dossiê e José Serra atirar contra Dilma acusando-a de ter fabricado o dito cujo e na quinta feira a acusação ser a principal manchete dos jornais aliados?

A resposta é simples: no meio da semana pesquisa da Vox Populi encomenda por um partido político mostra Dilma com 5 pontos na frente de Serra na intenção de votos. A campanha do tucano é um desastre e ontem Fernando Henrique Cardoso convocou os elefantes brancos do PSDB para pedir coordenação na campanha e não deixar tudo na mão de Serra.

Percebeu-se também que ninguém quer ser vice do Serra: nem no meio do próprio tucanato. Jereissati e Guerra descartaram a idéia. O falido DEM está de olho na boquinha, mas com todos os escândalos em que está envolvido parece não ser parceiro que interessa.

Até agora José Serra ganhou animosidade com aliados da imprensa devido ao seu mau humor matinal, atacou o Mercosul, as premissas da atual economia brasileira, acusou o presidente da vizinha Bolívia de traficante de drogas, num gesto de puro preconceito mas também de visível interesse de agradar ao EUA, e agora acusa Dilma de fabricar dossiê contra ele.

Num artigo do ano passado comentamos que José Serra corria o risco de ficar falando sozinho com a imprensa e de não se comunicar com o leitorado que garante voto. E a profecia parece estar acontecendo.

Ontem a imprensa obediente fazia coro sobre a as acusações de Serra contra Dilma. Hoje diante da afirmativa da direção do PT de pedir esclarecimento de Serra na justiça todos pedem calma e compostura dos candidatos. Num gesto sem duvida combinado, Fernando Rodrigues da Folha disse que não se sabe se existe o tal dossiê e que quem perde com isso é o eleitor porque não se discute programas de governo. Lúcia Hipólito da Globo também pediu compostura dos candidatos para não entrarem em baixaria e o Estadão que fez do tema sua manchete de ontem afirma em editorial que o ex-governador de São Paulo teve uma atitude estabanada, não sem antes acusar o PT de “práticas do vale tudo”.

Seria mais útil para o PSDB se seus aliados da mídia ao invés de publicar tudo que os tucanos pedem adverti-los que essa história de criar factóide para encobrir as falhas de campanha está se mostrando improdutiva. O que fizeram os tucanos até hoje se não entrar com representação na justiça contra o PT por práticas que eles também reproduzem de maneira descarada, como o encontro de Serra com os evangélicos em Santa Catarina pago com dinheiro público? E agora se apegam a mais essa história de dossiê para tirar do noticiário os problemas enfrentados pelo desempenho do candidato tucano.

A história mostra que cada vez que os tucanos criaram factóide com invenção de dossiê se deram mal. Mas o PSDB resiste. Sem discurso nem proposição sustentável é a maneira do partido e seus aliados fazer oposição.

Esperamos mesmo que desta vez o PT cumpra o que disse e peça de fato esclarecimento ao candidato José Serra, diante da justiça pela injúria contra a candidata petista.





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terça-feira, 1 de junho de 2010

Boicote aos produtos sionistas


Pessoal,

vai ser difícil abandonar a Coca-cola e o café Pilão... Mas quem quiser tentar um boicote aos produtos sionistas confira no seguinte link a lista das marcas:

http://www.inminds.co.uk/boycott-brands.html

Boa sorte!

Quem quiser também, em São Paulo, amanhã 02-06 de junho, haverá um protesto contra Israel, a favor da Palestina Livre. Na Brigadeiro Faria Lima, 1713. No mundo inteiro a população está protestando, no Brasil, seria muito coerente com a política externa de nosso Governo se o fizéssemos também.