terça-feira, 31 de agosto de 2010

A entrevista com Dilma no Jornal da Globo

Por Daniela

Está dando o que falar a postura - mesmo depois do vexame do Casal Nacional - dos âncoras do Jornal da Globo ao entrevistar Dilma.

É inacreditável a ginástica que os jornalistas de oposição têm de fazer para:
1. esconder que o seu candidato preferido não entregou Programa de Governo ao confirmar sua candidatura no TSE. Por que ninguém pergunta ao Serra sobre isso?
2. esconder que a Dilma não é apenas a candidata do Presidente, mas a mais bem preparada dentre os candidatos para assumir o cargo.
3. esconder todo o avanço que tivemos no Governo Lula com Dilma a frente dos projetos.
4. esconder do público - desviando o foco - quais são as propostas da candidata Dilma.

O próprio Roberto Marinho costumava dizer algo como: o importante não é o que os jornais mostram, mas o que eles escondem. A lista continua, tenho certeza de que os leitores vão poder contribuir lembrando os factóides produzidos para derrubar o governo Lula e sua proposta de continuação.
Assim, para esconder tudo isso e muito mais, tocam sempre nas mesmas teclas.

A crítica que Luiz Nassif fez à entrevista resumiu bem quais são essas teclas:

1. A mudança física de Dilma, seguindo o script de mostrar uma candidata de duas caras.

2. A insistência em tentar colocar José Dirceu no debate.
3. A insistência em falar no fatiamento do governo pelos aliados.
4. Quebra de sigilo dos tucanos.

5. Caso dos presos de Cuba.

6. Narcoguerrilha e Farcs.

No artigo o leitor encontra o vídeo e a transcrição na íntegra da entrevista, neste momento queríamos chamar atenção para as mesmas perguntas de sempre, exaustivamente repetidas pela velha mídia, e o que elas estão escondendo. Ainda bem que não conseguem esconder o brilho da candidata, que, por sinal, se saiu muito bem. E vamos em frente, companheira!

O colapso político do projeto do PSDB no Brasil

Da Carta Maior

Sem programa, sem agenda e sem candidato com cara definida, o PSDB arrasta-se pela campanha à espera de um milagre e com um objetivo central: não perder o controle de São Paulo, onde sua blindagem também começa a fazer água. O crescimento do candidato do PT, Aloisio Mercadante, já detectado por pesquisas, acendeu a luz vermelha no quartel general tucano. Mudando de identidade e de estratégia a cada semana, campanha de Serra dá sinais de desespero e tenta se agarrar em velhas denúncias requentadas. Desorientação tucana é expressão do colapso da agenda política do PSDB para o país.


Marco Aurélio Weissheimer

Por que, na contramão da maré nacional, os tucanos ainda são fortes em São Paulo? A pergunta, feita pelo sociólogo Emir Sader em sua página expressa a percepção cada vez mais forte de que o PSDB ingressou em uma fase de acentuado declínio. Se esse declínio é de longo, médio ou curto alcance só o tempo dirá. Mas há fatos que apontam para o fim de um ciclo político ou, ao menos, o fim de uma agenda política e econômica que, no Brasil, foi abraçada principalmente pelo PSDB. Um deles é o fato de o candidato tucano à presidência da República, José Serra, ter sido ultrapassado pela candidata Dilma Rousseff (PT) em São Paulo, o reduto mais forte do PSDB e maior colégio eleitoral do país com cerca de 30 milhões de eleitores.


Segundo o Instituto Datafolha, Dilma tem 41% das intenções de voto em São Paulo, contra 36% de Serra. Na pesquisa anterior do mesmo instituto, Dilma tinha 34% e Serra, 41%. A candidata do PT também ultrapassou Serra no Rio Grande do Sul e no Paraná. No Estado governado pela tucana Yeda Crusius, Dilma passou de 35% para 43%, enquanto Serra caiu de 43% para 39%. De modo similar, no Paraná, a candidata do PT saltou de 34% para 43% e Serra caiu de 41% para 34%.

Dilma Rousseff também está na frente dos dois maiores colégios eleitorais depois de São Paulo. Em Minas, passou de 41% para 48% (Serra caiu de 34% para 29%) e no Rio de 41% para 46% (Serra caiu de 25% para 23%). No plano nacional, ainda segundo o Datafolha (último instituto a apontar a ultrapassagem de Dilma sobre Serra), a candidata petista tem 49% das intenções de voto, contra 29% de Serra. Esses números correspondem à pesquisa divulgada pelo Datafolha dia 26 de agosto.

Curitiba é hoje a única das grandes capitais do país onde Serra tem vantagem (40% x 31%), mas mesmo aí a diferença vem caindo. Repetindo indicadores e tendências que vêm sendo apontadas por outros institutos (como Vox Populi, Sensus e Ibope), Dilma cresce em quase todos os segmentos do eleitorado.

O início da propaganda eleitoral no rádio e na televisão, que era considerado um trunfo pela campanha de Serra, só fez a vantagem de Dilma aumentar. Na pesquisa realizada pelo Datafolha, 54% dos entrevistados disseram que o programa de Dilma é melhor e que ela tem um melhor desempenho na TV. Serra ficou com apenas 26% de apoio neste quesito. Além disso, a percepção de vitória da candidata governista só aumenta: ainda segundo o Datafolha, 63% dos eleitores acreditam que Dilma vencerá a eleição presidencial.

O fim da Terceira Via

A queda de Serra, para além dos problemas que sua candidatura enfrenta na campanha eleitoral, expressa o declínio da agenda política do PSDB no Brasil. O fato de Serra esconder o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e utilizar a figura do presidente Lula em seu programa é a confissão de derrota de um programa. Uma derrota que não se limita ao caso brasileiro. O cientista político José Luís Fiori associa esse declínio ao fracasso da agenda da chamada Terceira Via em todo o mundo (ler artigo aqui)
 
O que mais chama a atenção não é a derrota em si mesma, é a anorexia ideológica dos dois últimos herdeiros da “terceira via”. Não se trata de incompetência pessoal, nem de um problema de imagem, trata-se do colapso final de um projeto político-ideológico eclético e anódino que acabou de maneira inglória: o projeto do neoliberalismo social-democrata.


Campanha sem identidade

Essa é a chave para compreender a desorientação da campanha de Serra, que muda de cara todas as semanas. Já tivemos o Serra bonzinho, o malvado, o seguidor de Lula, o destruidor do Mercosul. A cada pesquisa e a cada ampliação da vantagem de Dilma muda a estratégia da campanha tucana. A mais recente é tentar ressuscitar o caso fraudulento de um suposto dossiê que teria sido elaborado por pessoas ligadas ao PT. Nos últimos dias, a denúncia foi requentada e voltou para as páginas dos jornais e para o programa de Serra. No contexto atual, é um tiro no pé, visto que evidencia o clima de desespero que vai tomando conta do PSDB.



Desespero acentuado pela situação do partido em nível nacional, onde seus candidatos escondem Serra de suas propagandas na TV, no rádio e mesmo em panfletos. Um dos casos mais patéticos ocorre no Rio Grande do Sul, onde a governadora tucana Yeda Crusius omite o nome de Serra de suas falas no rádio e na TV. Serra, por sua vez, não faz questão de aparecer ao lado de Yeda, que ostenta quase 50% de rejeição do eleitorado nas pesquisas que vêm sendo divulgadas.



Sem programa, sem agenda e sem candidato com cara definida, o PSDB arrasta-se pela campanha à espera de um milagre e com um objetivo central: não perder o controle de São Paulo, onde sua blindagem também começa a fazer água. O crescimento do candidato do PT, Aloisio Mercadante, já detectado por pesquisas, acendeu a luz vermelha no quartel general tucano.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

PSDB Mulher no Twitter: "Bruno, só você pode salvar o Brasil. Engravide a Dilma e avise para o Macarrão e o Bola" - Vejam as imagens abaixo

Por Stanley Burburinho

Vejam só o que estão fazendo no Twitter contra a Dilma.


1 – No Twitter a @draupadi o RT de uma mensagem a partir do Twitter da Rede Mobiliza Mulher PSDB. Não sei se esse twitter é oficial ou não, mas não importa. Considero isso muito grave. É o desespero que bateu na oposição.

2 – Aqui, as mensagens da @draupadi no Twitter:

mobilizamulher RT @Dilze RT @Caradorno Vamos lançar esta campanha Pró Brasil! http://twitpic.com/2iet4f //#euri muitoooo

@draupadi 4:00 PM Aug 26th via webRetweeted by draupadi and 4 others

acabei de encontrar a retuitada do @MobilizaMulher (militancia tucana) fazendo apologia ao feminicídio: http://migre.me/1aijV

@draupadi 40 minutes ago via web

3 – Aqui, um print-screen da tela da Rede Mobiliza Mulher - PSDB no Twitter, com o RT da tal mensagem:


 
 
http://twitter.com/mobilizamulher/status/22205256883
 
 
 
 
http://twitpic.com/2iet4f
Graças a @draupadi, cheguei até as imagens acima e foi ela quem primeiro denunciou esse crime.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Patético! O boneco inflável José Serra

Por Dalva Teodorescu

Acabo de ver um vídeo na Internet com o boneco inflável José Serra. Cópia do Kassabão de 2008.

Alguns gatos pingados, cabos eleitorais, pulando envolta do bonecão, caricatura do Serra, gritando Serra presidente.

Era patético. Mal concebido. Aquela cena não traz vantagem para Serra.

Quem teria tido uma ideia tão esdrúxula?

Oh turma ruim! E não é só um problema de marqueteiro não.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Campanha de José Serra faz terrorismo com quebra de sigilo fiscal.

Por Dalva Teodorescu

A campanha de José Serra está fazendo terrorismo com a história de quebra de sigilo fiscal. Serra vai explorar o tema no programa eleitoral e diz que vai protocolar no TSE ação contra Dilma pela quebra de sigilo.

Antes que os tucanos comecem a fazer disso mais um factoide ruidoso, é bom que aqueles que apoiam a candidatura de Dilma assim como a militância petista comecem a desmontar a artimanha que está se montado na arena do PSDB.

Esse trabalho de desconstrução de um discurso bem montado, com o apoio da velha mídia, começou a ser feito pelos dirigentes do Partido dos trabalhadores.

O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra vai entrar com uma ação criminal e outra civil contra o candidato José Serra, por ter responsabilizado o PT e Dilma Rousseff pelo vazamento das quebras dos sigilos fiscais de tucanos.

O PT também vai pedir a Polícia Federal que investigue o vazamento do resultado da Corregedoria da Receita Federal.

Dutra denuncia a "indignação seletiva" relativa à quebra de sigilo de dados. Isto porque, no período próximo ao vazamento dos dados tucanos, a diretoria da Petrobras, assim como outras pessoas do PT também foram alvo de vazamentos ilegais, sem causar a mesma a "indignação na oposição".

A pergunta que os dirigentes do PT fazem é mesma que fazemos: como o resultado da investigação da Corregedoria da Receita foi parar nos jornais?

Segundo o secretário-geral do PT, José Eduardo Cardozo, "Os jornais veiculam que teria havido a quebra de outras pessoas. Se esta sob sigilo, por quem souberam? Se as apurações são sigilosas, como foi passado para imprensa e por quem? É inaceitável que antes da conclusão da investigação que envolve outros nomes isso seja divulgado".

Hoje soube-se que o sigilo fiscal de outras pessoas, fora da esfera política, também foram violados. Entre elas estão a apresentadora Ana Maria Braga, da Rede Globo, Samuel Klein, empresário polonês que fundou as Casas Bahia, Michael Klein, diretor-executivo da rede, Maria Alice Pereira Klein, mulher de Michael, e Rapahel Oscar Klein, neto de Samuel e herdeiro da empresa.

Outros três nomes, dois deles filiados a partidos políticos, também foram identificados, mas não foram divulgados. Vale a pena procurar saber a que partidos pertencem.

Todas essas pessoas foram acessadas na delegacia da Receita Federal em Mauá (SP), a mesma aonde atuava a servidora Antonia Neves Silva, acusada de ter quebrado sigilo fiscal das pessoas ligadas ao PSDB. E no mesmo período.

Ao que parece esses casos não causam a mesma comoção na oposição.

Servidora que quebrou sigilo fiscal foi condecorada pelo DEM

Por Dalva Teodorescu

Nessa história de quebra de sigilo fiscal dos tucanos, chama atenção que toda a mídia, assim como o PSDB, defendem a servidora Antonia Aparecida Rodrigues dos Santos Neves Silva, ora dizendo que ela é vítima ora dizendo que ela emprestou sua senha para colegas.

Descobriram que a servidora não é próxima do PT, por isso não a atacam.

Na verdade, segundo foi noticiado nas entrelinhas dos jornais O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo, Antonia Neves Silva foi próxima do governo de FHC e foi condecorada por um vereador do DEM de Mauá.

Do DEM!

Ninguém quer falar nisso. Mas se a moça não é próxima do PT e sim da oposição, a quebra de sigilo não seria ato de fogo amigo no próprio meio tucano? Ou mesmo uma artimanha deles para sujar a campanha de Dilma?

A pergunta é plausível, se não estariam atirando na moça e não dizendo que está sendo injustiçada.

A servidora foi convidada a depor no senado. Não compareceu e a oposição não cobrou nada. Ao contrário, justificou sua recusa dizendo que iria se expor, o que seria constrangimento para sua família.

Ninguém tão pouco a condenou quando a servidora afirmou que emprestou sua senha á colegas. Prática bem estranha.

Outra coisa muito estranha, é que os dados violados foram parar na campanha da Dilma e, por obra do destino, na Folha de São Paulo.

Na Folha de São Paulo!

A quem interessaria tornar isso público? A campanha da Dilma certamente não.
Que a justiça faça seu trabalho, mas para mim tudo isso é muito, muito bizarro.

Agora é que a Dilma vai a 80%: Serra chama Dilma de "duas caras" e sugere que Lula governará o país

Enviado por Stanley Burburinho

Agora é que a Dilma vai a 80%. Ele é um "jênio" como diz o PHA:


"26/08/2010 - 14h45
Serra chama Dilma de "duas caras" e sugere que Lula governará o país
Andréia Martins
Do UOL Eleições
Em São Paulo

O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, elevou o tom das críticas a sua adversária, a petista Dilma Rousseff, ao sugerir que, se eleita, a petista governará sob o comando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Candidato não pode ter duas caras. Não se terceiriza comandos. É imaginativo pensar que o Brasil pode ser governado pelo Lula fora do governo. Isso não existe. Não se governa da garupa", afirmou Serra.
O tucano também falou sobre a quebra do sigilio fiscal e bancário de quatro pessoas ligadas ao partido. "Quebra do sigilo é um crime com finalidade eleitoral. As informações foram recolhidas no comitê do PT.
É uma coisa grave, o peso do Estado entrando na vida privada", criticou.
Segundo o ex-governador de São Paulo, a quebra foi feita "para ajudar a candidatura de Dilma e ela deve explicações à população". "Não é a primeira vez que eu sofro baixarias, vocês se lembram do dossiê dos
aloprados, comandado pelo atual candidato ao governo de São Paulo [Aloizio Mercadante, do PT]. É a modalidade deles", afirmou. "Conto com empresários"

Serra participou nesta quinta-feira (26), em São Paulo, de um encontro com diversos representantes da indústria de máquinas e equipamentos. O tucano criticou o aumento das importações no Brasil, o que, segundo ele, "enfraquece a indústria local". "O esquema é insustentável", disse o presidenciável ao comentar a dificuldade e o alto custo de exportação para as empresas. "Houve uma queda de 12% nos preços de exportação no governo FHC. No governo Lula eles duplicaram (...) Não houve avanços", afirmou.

Com relação à política econômica, Serra afirmou que há um "tripé perverso", formado pela alta taxa de juros, alta carga tributária e a baixa taxa de investimento governamental.  "No resto do mundo, os juros caíram durante a crise, só no Brasil aumentou. Adotamos uma política anticíclica sem aumentar investimento,
mas continuamos nisso", criticou Serra. "A Dilma disse que a carga [tributária] era boa, mas isso ninguém questiona", disse."

Veja a matéria aqui.

A Folha enterrou o Serra

Por Dalva Teodorescu

O Jornal Folha de São Paulo enterrou o candidato José Serra desde o último domingo. Depois disso diariamente o jornal dá como certa o fim da carreira do tucano.

Não, o Jornal não aderiu à candidatura de Dilma. Continua a fazer suas fofocas diárias atacando de todos os lados. Especula sobre composição do governo Dilma, sobre as reformas que serão adotadas por ela, e por aí vai.

A Folha aderiu ao “não estou nem aí; quer ver o circo pegar fogo”. Induzir os petistas ao jogo perigoso do já ganhou.

Os 20 pontos de avanço de Dilma sobre Serra, estampados na cobertura da Folha de hoje é excitante, mas chama à prudência. Estamos a 40 dias da eleição e muita coisa pode acontecer numa eleição em 40 dias.

Lula tem razão, a militância deve ser redobrada nos dias que correm. A oposição não vai dar trégua. E a revista Veja já publicou mentiras que são repetidas no programa eleitoral tucano dizendo que “Dilma já Brigou com o Lula”.

Foi num clima de “já ganhou” que na França, em 2003, o candidato da extrema direita Jean Marie Le Pen bateu o socialista Leonel Jospin eliminando-o no primeiro turno de uma eleição presidencial.

Jospin era o primeiro ministro e seu governo era muito bem avaliado. Sua derrota no primeiro turno foi uma catástrofe. Jospin que era o líder incontestável dos socialistas abandonou a política naquele dia. Tão grande foi sua decepção.

Esquerda e direita tiveram que se unir, no segundo turno, para conter Le Pen elegendo o candidato da direita Jacques Chirac.

No entanto, até a véspera do primeiro turno, as pesquisas de opinião, a imprensa e os militantes davam como certa a vitória esmagadora do socialista Jospin. O próprio candidato só produziu material de propaganda para o segundo turno, tão confiante estava.

Acontece que diante da grande margem de pontos, o eleitor de esquerda depositou seu voto em candidatos alternativos pensando votar em Jospin no segundo turno.

Não deu. Houve grande dispersão de votos e o fascista Le Pen eliminou o socialista.

O resultado traumatizou a esquerda francesa e os socialistas só agora parecem estar saindo da ressaca de 2003.

No Brasil, temos o exemplo da eleição para a prefeitura de São Paulo de 1988, quando fomos dormir com sondagens dando a vitória ao candidato Paulo Maluf e acordamos com a Luiza Erundina eleita prefeita.

Sem falar na eleição de 1985, quando FHC , líder nas pesquisas para a prefeitura de São Paulo, posou para uma foto sentado na cadeira de prefeito antes da eleição e acabou derrotado por Jânio Quadros.

Existem muitos outros exemplos, por isso, hoje devemos olhar para os resultados das pesquisas de intenção de voto em Dilma Roussef com muita prudência. Quanto maior a vantagem mais cuidados devem ser tomados para não se incorrer em erros.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Mulheres de Fibra no I Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas (#blogprog)

Por Daniela


Em meio a um clima de euforia, com expectativas mil, o I Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas teve uma abertura à altura no Sindicato dos Bancários com a canja da banda de choro da qual Nassif faz parte com seu belo bandolim.

Entre uma música e outra os blogueiros se apresentavam e eram aplaudidos. Todos falavam com todos, se procuravam, se achavam e se apresentavam, mesmo que isso soasse estranho, afinal, já se sentiam tão íntimos...

O silêncio se instalou quando veio apresentar-se o Seo Cloaca, rosto muito aguardado por todos. Tão esperado que as pessoas se contentaram em vê-lo e conversar com ele sem saber sua verdadeira identidade. Acho que todos concordaram com ele quando disse que saber seu nome não era importante, seja ele “Alberto” seja “Roberto” tanto faz, quem estava atuando ali naquele momento é o Seo Cloaca. Nesse sentido, cabe sim a palavra “heroísmo”, caro Edu Guimarães: o ato de ter que adotar uma identidade secreta para, fazendo o bem, combater o mal.

Nada mais apropriado atualmente do que um blog de humor com um toque sensacionalista para apontar o risível e o grotesco da nossa realidade, o descabido “que não tem sentido e nunca terá” através de verdadeiros furos jornalísticos. Como bem enfatizou Paulo Henrique Amorim: para vencer o PIG é preciso transcender a “opinião” e oferecer, como o Cloaca News, “informação na veia”. A opinião é e será sempre importante, mas temos de reconhecer a força da informação certa na hora certa.

Não foi à toa que o Troféu Barão de Itararé de melhor Blog do ano tenha sido entregue ao Blog Cloaca News em verdadeira aclamação do público presente. Chama atenção a elegância e a objetividade com que o Seo Cloaca trata dos coprólitos deixados pelo jornalismo de esgoto que, não há mais como negar, se encontra realmente em estado de verdadeira coprofagia. Esse “blog sujo”, que não recebe nem um centavo do governo federal, sintetiza os anseios e as inquietações de todos ali presentes: a impaciência de ver como a velha mídia (e a elite que ela representa) quer forjar uma realidade absurda em nome da “opinião pública” e o asco de ver como isso vem acontecendo.

Posso afirmar sem medo de errar que pelo menos 90% dos blogueiros progressistas ali presentes se referem à mídia como “a velha mídia”. Mais de 50% deve preferir falar em PIG (Partido da Imprensa Golpista), como Paulo Henrique Amorim. Com toda a certeza, 100% não se sente representado por essa velha mídia.

Todos os participantes tinham a consciência de estar vivendo um momento histórico e isso foi entusiasticamente defendido tanto por Nassif quanto por Paulo Henrique. Segundo Nassif, “nossa sociedade civil é recente, nós tínhamos que combater a direita que se apossou da grande mídia. Foi uma guerra civilizatória que nós vencemos (...). A civilização venceu a barbárie”. Segundo o jornalista, os últimos discursos do presidente Lula mostram uma síntese do Brasil, agora não mais com mazelas de país emergente, mas com “conflitos de país desenvolvido”. E não precisa ser engajado para perceber que não é interesse da velha mídia explorar o quanto o Brasil avançou no governo Lula.

Já, de acordo com Paulo Henrique, mais cauteloso, esta foi apenas uma batalha: antevemos uma vitória fragorosa no 3 de outubro, logo no primeiro turno, “mas o PIG resiste e vai resistir, ele tem bala na agulha e nós temos que lutar contra ele”.

Também parecia ser corrente o pensamento de que maior mal faz a censura dos interesses econômicos à prática jornalística do que o controle dos meios de comunicação por órgãos do Estado. De acordo com Paulo Henrique, o congresso não delibera desde 1988 sobre os artigos 220, 221 e 224 que tratam de Comunicação. Nas palavras do ativista: “a Globo não deixou instalar a comissão e a OAB parece estar mais preocupada com as dores lombares do Joaquim Barbosa”.

O Mulheres de Fibra felicita a iniciativa desse encontro e agradece à comissão organizadora. Vou pecar por não ter tempo para explorar cada uma das mesas, das contribuições dos blogueiros ali presentes como Brizola Neto, Azenha, Leandro Fortes, Túlio Vianna, Conceição Lemes e Oliveira, Edu Guimarães, Renato Rovai, Altamiro Borges, Emir Sader e outras cabeças incríveis que estavam por ali. Só faltou, hein Paulo Henrique, a gente saber quem é o Stanley Burburinho.

Em outro momento voltamos para falar da polêmica sobre o nome “blogueiros progressistas”, agora é importante registrar que vivemos juntos dois dias intensos de transformação através do exercício da liberdade de expressão, de valores e ideias convergentes, de prazer pela concretização de práticas mais democráticas, participativas, mais inclusivas, e por que não dizer, mais honestas e mais verdadeiras. Saímos de lá um pouco mais otimistas, cheios de possibilidades de realizações, com uma lista de novas iniciativas e uma carta de nossas propostas e intenções. Já temos uma identidade que começa a se definir e estamos um pouco mais fortes e organizados para defender a liberdade de expressão. Parabéns a todos, agora é hora de ir em frente. E não nos enganemos, o preço da liberdade (de expressão) é a eterna vigilância.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Como a velha mídia enganou Stephanie

Gente, enquanto preparamos o texto, que deverá estar aqui amanhã, sobre nossa modesta participação no I Encontro Nacional dos Blogueiros Progressistas, deleitem-se com este texto de Rodrigo Vianna, do Blog Escrivinhador. Ele expressa bem o que está acontecendo com os leitores da Velha Mídia.

Por Rodrigo Vianna

A Stephanie é a estagiária da redação. Trabalha muito, carrega fitas pra lá e pra cá, ajuda a apurar informações, está sempre ligada na notícia do dia. Em poucas palavras: ainda nem terminou a Faculdade, mas está doida pra aprender como se faz o tal “jornalismo diário”.


Pois bem: numa noite dessas, ela estava na mesa de trabalho, ao lado desse escrevinhador e de Marco Aurélio Mello – que é editor do “Jornal da Record” e também comandante-em-chefe do blog “Doladodelá”. A Stephanie tinha um olho no computador (o chefe dela não para de passar novas tarefas) e outro na TV, pra acompanhar o telejornal. De repente, entra a notícia no ar: ”Vox Populi – Dilma 45%, Serra 29%. Dilma pode ganhar no primeiro turno”.

O Aurélio e eu nem nos mexemos, mas a Stephanie arregala os olhos: “gente, eu jurava que o Serra ia ganhar”.

O Aurélio sorri.

“Eu leio a Veja, leio todos os jornais, e pelas notícias eu tinha certeza que o Serra ia ganhar disparado”.

O Aurélio sorri. E eu sorrio também.

“Por que vocês estão rindo? Eu nao tenho a experiência de vocês, mas acompanho as notícias, e tudo indicava que a Dilma não ia conseguir nada nessa eleição”.

Só aí o Aurélio resolve falar: “acho que você andou lendo os jornalistas errados”.

A Stephanie é mais uma vítima da velha imprensa que briga com os fatos. A velha imprensa, que deu espaço pro Montenegro prever que Dilma não passaria dos 15%. Deu espaço pra ficha falsa na primeira página. Deu espaço pra colunistas e comentaristas dizerem os maiores absurdos sobre Lula, Dilma e o Brasil.

Essa turma enganou o seu público. Enganou a Stephanie.

Essa turma tem todo direito de escolher um lado. Nos blogs por aí, muita gente também escolhe um lado. Mas a velha imprensa não faz só isso. Ela esconde os fatos, briga com a realidade, na tentativa de controlar essa realidade.

A Stephanie – que não é tão ligada em política, não é militante, e quer só se informar – já percebeu que algo estranho ocorreu. Quantos leitores, ouvintes e telespectadores também estão percebendo?

Como diria o Cartola, naquela letra belíssima: “quando notares, estás à beira do abismo, abismo que cavaste com teus pés”.

No abismo não vão cair a Stephanie e o restante do público. Vai cair essa turma que briga com os fatos.

A vida é um moinho, e vai reduzir as ilusões a pó!

Sobre isso, vale ler o belíssmo texto de Nassif, na CartaMaior, que traz a análise do diretor do Vox Populi, João Francisco Meira.

“Ao comprar a ideia de que Serra era competitivo, contra toda a evidência de um ano atrás, a oposição acabou indo para o caminho que Lula queria. Meira equipara esse episódio às grandes tragédias shakespeareanas, de desdobramentos terríveis quando se toma a decisão errada na política, na guerra e no amor. Os fatos acabam voltando no meio da sua testa, com fúria redobrada.“

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O que o Serra pode fazer para recuperar pontos?

Por Daniela


A campanha tucana perdeu o rumo de vez!

Para minha surpresa, está sendo mais fácil do que eu imaginava desmontar o discurso da oposição. O curioso é que isso se deu mais por incompetência das cabeças da campanha tucana do que por um esforço da candidatura de Dilma e de sua militância. Pelo menos na blogosfera, estão todos perplexos com a seqüência de trapalhadas no dia-a-dia dos comitês tucanos e da grande imprensa. Sem direção definida, o discurso demo-tucano esvaziou-se e a campanha perdeu o rumo de vez. Daí a imprensa quer ajudar e fica pior a emenda que o soneto – vocês viram que a folha disse não saber quem era o “internauta” que fez a pergunta ao Serra no debate do Uol online? Veja a desculpa da Folha aqui.  Poxa, gente, o cara trabalha como assessor do PSDB no Senado só há 9 anos, como a Folha ia saber disso?
 
Todos os comentaristas políticos consultados pela velha mídia estão repetindo que a campanha do ex-governador de São Paulo não está surtindo efeito. Levantam vários fatores. O mais espantoso – como aconteceu no Globo News Painel no último domingo e numa das edições do Jornal das Dez nessa semana – é que os jornalistas prensam os convidados na parede querendo saber “como o Serra pode fazer para reverter a situação?”. E é tão visível a sua preocupação que fica até engraçado, mesmo os entrevistados dão aquela risadinha de canto percebendo a segunda intenção dos entrevistadores.


Em primeiro lugar, claro, é evidente que fica difícil fazer oposição a um governo e um presidente que são os mais bem avaliados da história do país. Segundo, fica difícil atacar os limites e as falhas do governo Lula sem se identificar com o governo FHC. O perigo aí é ganhar de brinde o alto índice de rejeição desse governo. E parece que ele não vai conseguir dispensar esse brinde.

A tarefa, que já não era fácil, começou a parecer cada vez mais difícil depois que Dilma entrou em cena segura de si, bonita, simpática e, de longe, a que se mostra mais preparada para a função de presidente.

Como se não bastasse, a campanha política do PSDB entra no ar e coloca uma favela cenográfica na propaganda eleitoral, bem estereotipada, ao som de samba (de breque?) dizendo que o candidato subiu o morro sem gravata. Será mesmo que o jingle se referia ao Serra? Em que favela ele subiu sem gravata? Na cenográfica? E pode? E alguém achava que isso ia dar certo?

Enquanto isso a Dilma visitava Heliópolis. Quase fiquei com pena do Serra. Aí veio a raiva de novo quando veicula um jingle falando sobre a Dilma: “Ninguém sabe de onde veio, ninguém sabe o que ela fez/ mas diz que é dona de tudo, o Brasil inteirinho foi ela que fez/ Dona Dilma pega leve, porque o povo está reparando/ Tira a mão do trabalho do Lula, tá pegando mal que o Brasil tá olhando/ Tudo o que o Lula criou, ela diz: fui eu, fui eu/ Aquilo que é coisa do Lula a Dilma diz é meu, é meu”.

Ele está falando mesmo com a Dilma ou está repetindo tudo isso para si mesmo? Você sabe, caro leitor, querida leitora, coincidências não existem.

Depois dessas e muitas outras patacoadas, veio ontem o cúmulo do delírio: estelionato eleitoral (veja a denúncia no Tijolaço.
Serra fez o desplante de exibir o Lula em seu programa como se estivesse sendo apoiado pelo Presidente. Seria engraçado se não fosse um crime eleitoral. Cito as palavras de Brizola Neto:


Ora, Serra, tome vergonha. Não use a imagem de Lula como se fosse um aliado dele. Assuma que é um adversário e oposicionista. Fica feio. Embora o povo brasileiro já o esteja vendo como um mentiroso, que inventa e falsifica tudo, é desonesto tentar enganar os mais ingênuos com uma suposta proximidade a Lula.


Lula é Dilma e Dilma é Lula. O campo de Serra é outro. Tentar ludibriar as pessoas se apresentando como o que não é numa hora tão importante para o país como a de uma eleição presidencial é de um mau caratismo sem par. Serra não merece governar nem a farmácia da esquina.”
 
E saiu na Globo online que a nova estratégia do Serra no Rádio seria “subir o tom”.
 
Dessa campanha esquizofrênica em que ele não sabe mais se é candidato de esquerda ou de direita, e em que ora ele bate no Lula ora ele quer se chegar a ele, não resta dúvida, só a certeza da perda de mais eleitores. E podem registrar: quanto mais ele “elevar o tom”, mais ele vai cair.


O que o Serra pode fazer para “recuperar pontos”? É a pergunta que ecoa... Ele pode fazer algo muito simples, mas também acho que não dará mais tempo: apresentar um programa de governo que seja, pelo menos, do mesmo nível daquele apresentado pelo PT. Aí sim a gente veria um debate interessante. Enquanto isso não acontecer ele vai perecer com os seus "mutirões da saúde".

 

Quanto tempo dura? A Censura no Governo Lula

As imagens são autoexplicativas: 
Direto de Viomundo

Quanto tempo dura? A Censura no Governo Lula

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Para não dizer que não falei de luta armada

Por Dalva Teodorescu

A diferença de apresentação das duas candidaturas à presidência no horário eleitoral foi gritante.

Serra se baseou na campanha de Kassab para a prefeitura de São Paulo. Monotemática a campanha pecava por pequenez. Sua mensagem não teve a grandeza de quem quer governar uma nação.

O tema da saúde sem dúvida é fundamental, mas Serra não é candidato a ministro da saúde, nem a prefeito.

A mensagem de Dilma mostrou tudo isso e mais ainda. Mostrou um país confiante, crescendo, ainda que com grandes desafios para erradicar a miséria extrema e dar saúde e educação adequada à população. Tudo foi dito e mostrado com leveza e plasticidade.

A candidata estava feliz e bonita, confiante. O povo mostrado é bonito e alegre. Coisa de quem conhece o povo.

Dilma se apresenta como mais presidenciável que seu adversário. A afirmação é de um amigo europeu, que não está tão preocupado com a eleição brasileira.

O filme chamava à emoção, mas não me emocionei com o adeus do Lula e sim com a possível chegada à presidência da República da jovem que um dia com 19 anos se engajou na luta armada contra a ditadura militar.

Emocionou-me e fez pensar que a luta não foi em vão. As perdas foram muitas, mas houve um processo. Mais do que FHC ou Lula, Dilma representa o sonho de nós que éramos jovens na época dos porões do ditador Garrastazu Médici. Desses poucos falam tão cruéis eram seus crimes.

Nós que éramos jovens estávamos engajados de alguma forma na luta contra a ditadura. Seja nos movimentos de jovens cristãos, nos movimentos operários ou nos movimentos de luta armada.

Nós que não estávamos na luta arma apoiávamos com orgulho e firmeza os jovens corajosos que o faziam. Era assim. Só quem viveu jovem o período da ditadura pode compreender isso. Nada pode ser dito sobre o tema fora daquele contexto.

José serra também se engajou na AP - Ação Popular. A AP tinha também um braço armado, com certeza Serra não participava dele, mas é uma pena que Serra quase negue o seu envolvimento com a AP.

Que bicho mordeu o Zé Serra ?

Por Dalva Teodorescu

Que mosca mordeu o candidato tucano para, nessa altura de sua carreira política, trocar o nome José Serra construído durante toda uma vida para Zé?

Cristiana Lobo no Jornal da Globo News disse que a campanha da Dilma era sustentada por ministros, deputados, assessores, etc. e que a de José Serra se apoiava nele e no marqueteiro.

Não sei se era um recado ao tucano, mas que a coordenação de campanha do Serra está mal isso está.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Em jingle José Serra tenta colar seu nome ao de Lula

Dalva Teodorescu

O presidente Lula já foi taxado de tudo pela oposição. No início era o sem estudo, as vezes mesmo o analfabeto. Lula não falaria “ingrês”, ironizou um opositor, como poderia fazer política estrangeira?

Tudo era permitido para ridicularizar o operário que chegou ao posto mais alto da República.

Pois não é que o mundo dá voltas e agora o José Serra tenta colar seu nome ao do presidente?

Em seu jingle de campanha, sem nenhum constrangimento, invoca o nome do presidente Lula tentando passar ao eleitor a ideia que o tucano é o sucessor natural de Lula.

Isso, sem dúvida, porque as pesquisas mostram que uma parcela importante da população de baixa renda pensa que Serra é o candidato de Lula.

O desafio de Serra, dizem os analistas, é segurar essa população e fazer com que ela não perceba que a candidata de Lula é Dilma. Um desafio e tanto.

Daí o truque do jingle do "Zé que vai entrar no lugar do Lula da Silva".

domingo, 15 de agosto de 2010

Serra cria cenário de favela em estúdio para gravar programa eleitoral na TV

Por Dalva Teodorescu

Já se tinha visto maquiagem de todo tipo em campanha eleitoral. Mas reproduzir uma comunidade de uma favela em estúdio para se mostrar próximo do povo é um acinte á inteligência humana.

Pois foi o que fez o candidato José Serra, para gravar o seu primeiro programa eleitoral gratuito a ser veiculado pela TV na próxima semana. O Tucano aparece numa favela, que na verdade é um cenário em estúdio na zona Oeste de São Paulo, com barracões, comércio, churrasquinho em cima de laje e até os chamados “gatos”, ligações clandestinas em postes.

O cenário da falsa favela é assinado pelo diretor de arte Osmar Murada e a coordenação de produção de André Burza.

A informação foi veiculada por artigo no jornal O Estado de São Paulo do dia 15 de agosto, na pagina A 11 em matéria assinada por Julia Duailibi e Ana Paula Scinocca. O Jornal é aliado do candidato de todos os instantes, então não temos porque duvidar do absurdo.

Tudo para atender “a estratégia de popularizar a imagem do tucano” diz a matéria do Estadão.

Isto porque as pesquisas qualitativas realizadas pelos tucanos mostram que o povo associa José Serra à elite e acredita que, se o tucano ganhar as eleições governará para os mais ricos.

Com milhares de favelas esparramadas pelo Brasil afora, fabricar uma falsa favela e um falso povo para se tornar popular é realmente pegar o eleitor por idiota.

Um cenário como nas novelas da Globo! Que bela estratégia para se aproximar o “Zé” Serra do povo.

Depois dizem que pobre não sabe votar. Que não entende nada.

Não sei se ridículo mata, mas faz perder eleição. Isso com certeza. É no desespero é que se fazem as maiores asneiras. Parece ser isso o que está acontecendo com os tucanos.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Doze associações industriais manifestam apoio ao BNDS

Por Dalva Teodorescu

Fato inusitado na cena brasileira, no dia 5 de agosto, doze associações industriais publicaram nos principais jornais de circulação nacional, documento de 20 parágrafos em apoio à política de financiamentos subsidiados adotada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O manifesto foi um ato de desagravo às críticas que o BNDS vem recebendo ultimamente dos bancos privados, em razão das medidas emergenciais adotadas para atenuar os impactos sobre a indústria na crise.

As críticas viraram manchete na mídia nacional e chegaram às páginas da revista inglesa The Economist. Imaginem!

Mas, sinal do tempo que corre, as associações industriais saíram em defesa do banco do governo.

No documento "Em defesa do investimento", publicado em informe publicitário, as associações “condenam os ataques sofridos pelo BNDES, que ganharam vulto nas últimas semanas".

O comunicado afirmava que "os responsáveis por esses ataques são os que sempre defenderam as ideias do pensamento econômico que prevaleceu nas últimas décadas, que levou o mundo à maior crise econômica dos últimos 80 anos".

De acordo com matéria do jornal O estado de São Paulo do último dia 6, o movimento teria sido liderado pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto. "A ideia surgiu porque estamos assistindo a um ataque violento ao BNDES. Se não fosse o BNDES, estaríamos mortos aqui, chorando sangue".

Ainda segundo o Estadão, o presidente da Abiplast, José Ricardo Roriz Coelho, afirmou que o objetivo foi ressaltar o papel do BNDES durante a crise, quando os bancos privados deixaram de financiar as empresas e perderam participação no mercado de crédito. "Esses bancos (privados) estão fazendo essas críticas ao BNDES sem fundamento".

Paulo Butori, presidente do Sindipeças (que representa as fabricantes de autopeças), teria dito que “na falta de uma política industrial mais definida, o BNDES tem assumido o papel de fomentar investimentos no País. Por isso, ele e as demais entidades que assinam o documento discordam das críticas que o banco tem sofrido recentemente". "Precisaríamos de mais uns três ou quatro bancos que fizessem o mesmo."

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini, aprovou o manifesto, embora a entidade não esteja entre os signatários. Disse que não assinou porque não foi "consultado" pelas associações. "O papel do BNDES é e foi muito importante, principalmente na crise, quando alavancou vários setores da economia."

A velha mídia que tanto deu eco às críticas dos bancos privados se surpreendeu com o manifesto. O estadão chegou a fazer editorial na segunda feira, justificando as críticas, tal era a perplexidade diante da reação das indústrias brasileiras.

Reconhecemos, é de veras um fato inédito no capitalismo brasileiro. As indústrias apoiando um governo trabalhista, contra a mídia e os bancos.

Sobre a Iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani

Por Dalva Teodorescu

O Comitê internacional contra a lapidação e as execuções (CIAS) rejeita, com apoio de documentos, a acusação contra a Iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani de ter participação no assassinado do marido.

Sakineh foi condenada por adultério, conforme a Sharia, lei islâmica e cumpriu sentença recebendo 100 chibatadas. Horror medieval contra as mulheres muçulmanas.

Apesar de ter cumprido sentença, no dia 11 de julho Malek Ezhder Sharifi chefe da magistratura da provincial do Azerbaïdjan oriental (local de origem da mátir), remeteu a sorte de Sakineh ao chefe do poder judiciário o ayatollah Sadegh Larijani, explicando que a iraniana tinha sido condenada à morte por adultério e também por assassinato do marido.

O que implica aplicação da pena de morte à maneira medieval: por apedrejamento.

Muitos países como USA, China e Irã, entre outros, praticam a pena de morte.

Mas não é comum ver casos em que chefes de estados intercedem pelos condenados à pena de morte.

O Presidente Lula intercedeu no caso oferecendo asilo humanitário à iraniana, reconhecendo que é sentença mais que cruel é bestial.

No mesmo dia a iniciativa de Lula ganhou repercussão internacional e apoio da imprensa e organismos de defesa dos direitos humanos. O Irã de início se negou a atender o pedido de Lula.

Ontem a TV iraniana mostrou suposta confissão de Sakineh admitindo o seu crime. Segundo a imprensa a péssima qualidade da gravação não permite reconhecer a iraniana, mas seu advogado afirma que se confissão houve foi sobre tortura.

Relações comerciais com governos que não respeitam os direitos humanos são praticadas por todos os países ocidentais. Essa não é a questão aqui.

É notório que a China nesse ano praticou mais execuções inclusive por crime de opinião que o Irã. Mas a China não mexe com os interesses americanos e por isso ninguém se importa com sua barbárie. Também existe tolerância com a tortura praticada em Guantánamo pelos USA.

Isso não nos impede de condenar os atos de barbárie que muitos países árabes, assim como o Irã, praticam com suas mulheres.

O ato de repúdio da companheira pelos maridos, se valendo de argumentos da lei islâmica é pratica comum nesses países.

Quando existe repúdio, a mulher é devolvida para os pais, que a recebem cobertos de vergonha, e a mulher é condenada à reclusão completa, não podendo mais estabelecer nova relação conjugal. È a chamada morte civil.

O pior é que quando o rei do Marrocos se casou com uma inglesa e quis acabar com a lei do repúdio, 50% das mulheres marroquinas foram para as ruas apoiar a iniciativa do rei e as outras 50% foram igualmente para a s ruas, mais contra a iniciativa do rei.

O suicídio da Velha Mídia

Por Luis Nassif
do seu blog online

Em 2006 já falava aqui no suicídio da mídia,quando decidiu transformar a queda (ou derrota) de Lula em guerra santa.

O que houve ontem, no Jornal Nacional, mostra que a insensatez não tem limites. A entrevista de Serra não mudará o panorama eleitoral. Dilma continua favorita.
Mas suponhamos que a armação desse resultados, invertesse o jogo e colocasse Serra como favorito. O que ocorreria com a opinião pública? Haveria apenas críticas, a bonomia do governo, Dilma convidando o casal para jantar? Claro que não: haveria comoção popular, uma guerra sem quartel.
Há muito a velha mídia atravessou o Rubicão da prudência.
O que está em jogo, da parte dela, é a montagem de uma barricada para impedir a invasão estrangeira do setor por empresas de telecomunicações e grupos de mídia.
No começo, havia a estratégia clara (e imprudente) de tentar derrubar Lula – ou fazê-lo sangrar – e apoiar um candidato que viesse lhe comer à mão e ajudasse a barrar a invasão estrangeira.
Apostou e perdeu. Nem com todo apoio, o campeão branco, José Serra, logrará vencer.
Passadas as eleições, a velha mídia terá que encarar seus demônios. E é evidente, depois de ter avançado ainda mais no pântano da interferência política, que o objetivo maior do próximo governo será acabar com os privilégios, com o monopólio da informação. Ou seja, acabando com o último cartório da economia.
E quem vai apoiá-la?
Essa postura arrogante, quase golpista, rompeu qualquer laço de solidariedade com setores nacionais. A velha mídia era temida por muitos setores empresariais da economia real. Hoje é desprezada.
Não haverá apoio de grandes grupos econômicos, porque a guerra não é deles. E são grupos que já aprenderam a montar grandes parcerias com empresas internacionais. Uma coisa é inventar fantasmas de Farcs, Moralez, Fidel, essas bobagens sem fim. Outra é convencer os aliados de hoje que Telefonica, grupos portugueses, Pisa e outros que estão entrando representam interesses do Foro São Paulo.
Das multi? Só faltava as multinacionais, que na Constituinte conseguiram equiparação com as nacionais no setor real da economia, ampararem qualquer tentativa de criar cartórios na mídia.
Para os políticos, há muito a velha mídia é fator de risco. Sabem que elogios ou acusações estão submetidos a jogos de interesses empresariais. Preferem o diabo a uma imprensa cartelizada e exercendo o poder de forma ilimitada, como foi nas últimas duas décadas.
Para o mercado financeiro, nem pensar. No máximo acenam com possibilidades futuras de parcerias, mas de olho em apenas um ativo da velha mídia: o poder de influenciar mercado e governos. E esse ativo está sendo gasto rapidamente com a perda de qualidade e de influência dos jornais, o envolvimento permanente com factóides e o descolamento da parcela majoritária de opinião pública.
Por acaso pensam que investidores técnicos irão investir em setores com baixa governança corporativa e baixa rentabilidade?
As manifestações de Otávio Frias Filho – citando Rupert Murdoch como exemplo -, a associação da Abril com a Napster, mostram que tentou-se aqui, tardiamente, a mesma fórmula empregada em outros países. Trata-se de utilizar o poder político da mídia, antes que acabe, para pavimentar a transição para a nova etapa tecnológica.
A questão é que, com exceção da Globo, nenhum grupo tem condições de ser dominante na nova etapa, porque nenhum grupo pensou estrategicamente na travessia, mas apenas em barrar futuros competidores.
É fácil prever o futuro desses grupos nos próximos anos.
A Folha será salva pela UOL, mas como grupo econômico. Jamais a UOL conseguirá um décimo do poder político que a Folha deteve nos anos 90 e 2000.
A Abril não tem plano de vôo. Queimou a ponte quando abriu mão da BOL e da TVA.
Sabe que seu carro-chefe – a Veja impressa – está em queda livre. O mercado estima uma tiragem real de 780 mil exemplares – contra os 1,1 milhão apregoados pela mídia. Quando os clientes de publicidade exigirem um ajuste nos valores cobrados, proporcional à queda real das vendas, a Abril entra em sinuca.
Para enfrentar os novos tempos, fez investimentos maciços no portal Veja, que é um equívoco sem tamanho. Ora, a editora sempre teve a cultura da publicação semanal, quinzenal ou mensal. Jamais trabalhou sequer com a informação diária. Sei na prática o choque cultural que é passar do padrão semanal para o diário. Agora, ela quer do nada criar um portal com notícias online, sem prática e entrando em um mercado em que já existem serviços online consolidados, como o G1, UOL, Terra, IG. Não será sequer mais um. Será menos um.
A compra do Anglo com recursos pessoais dos Civita mostra claramente que, cada vez mais, deixará a operação midiática para os sul-africanos e se salvará em novos negócios – como os da educação – onde o poder de fogo da revista permita ganhos indiretos junto ao poder público.
O Estadão tem a melhor estratégia multimídia (depois da Globo), mas é um grupo à venda e sem fôlego financeiro, definitivamente preso aos conflitos familiares. Manterá um jornalismo de nicho, bem construído, trabalhando seu público mais conservador e de bom nível. Mas sem grandes vôos e sem influência política.
Nesse quadro, restará apenas a Globo, cercada de inimigos por todos os lados e perdendo a cada dia legitimidade e alianças.
É um pessoal bom de jornalismo. Com exceção do inacreditável O Globo, tem jornalismo de primeira na CBN, na Globonews, no G1 e posição dominante na TV aberta, apesar de toda a parcialidade do grupo de Kamel.
Mas, graças à miopia dos sucessores e às loucuras de Ali Kamel, será cada vez mais alvo das invasões bárbaras, seja da Record, seja grupos de fora, seja de todos os inimigos que acumulou nesses anos de arrogância cega.
O jogo acabou. Agora começam as apostas para o novo jogo que virá pela frente.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Julgamento do Jovem Khadr é um retrocesso na era Obama

Por Dalva Teodorescu

Em plena era Obama, os Estados Unidos iniciaram ontem julgamento do jovem canadense Omar Khadr prisioneiro de Guantamano.

Hoje com 23 anos, Omar Khadr tinha 15 anos quando foi capturado pelo exército americano no Afeganistão.

Acusado de assassinato, conspiração e apoio ao terrorismo, o menor foi levado, primeiro, para a base de Bagram e depois para Guantánamo.

O júri é composto por membros da comissão militar, os tribunais de exceção criados para julgar os prisioneiros de Guantánamo.

O painel de membros da comissão militar funciona como um júri nos tribunais federais americanos. É composto por oficiais dos três ramos das forças armadas que têm poderes para interrogar as testemunhas, se o desejarem. As suas identidades não são reveladas e são identificados por números durante o julgamento.

O juiz que preside ao caso de Khadr avisou-os ontem da presença de jornalistas "na ilha" e pediu-lhes para evitarem qualquer contacto.

Os jornalistas, por seu lado, receberam ordem do juiz, por escrito, proibindo a identificação do júri e notificando que o seu não cumprimento resultaria numa "ação disciplinadora ou outras sanções".

A ONU demonstrou preocupação com o caso que fere princípios de direitos humanos, lembrando que muitas vezes crianças são cooptadas e usadas em conflitos políticos e étnicos.

Organizações de direitos humanos veem argumentando que Khadr não deveria ser julgado por ser menor à altura em que foi detido.

Alegam ainda que o material usado no julgamento é controverso em qualquer situação porque Khadr feito confissão sob tortura. Mas ele se torna ainda mais polêmico por Omar khadr ter sido preso e enviado à Guantánamo ainda adolescente.

Fora as organizações internacionais de direitos humanos, não se viu rede na internet em apoio ao advogado de defesa do jovem canadense, que viu negado seu pedindo de adiamento do julgamento.

O julgamento é considerado um retrocesso para Barack Obama que tinha por missão banir a tortura nos USA.

No Brasil, um país civilizado, isso provavelmente não aconteceria. Imagine censurar os jornalistas na cobertura de um julgamento como esse.

Já num país como os Estados Unidos tido como a maior democracia do mundo, mas adeptos de práticas obscurantistas, como a tortura na prisão de Guantánamo, tudo é possível sem chocar os civilizados ocidentais.

Defensores dos direitos humanos divulguem esse caso, que tem tido tímida repercussão na mídia brasileira.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Jornalistas perdem o rumo com prestação de Dilma na Globo News

Por Dalva Teodorescu

O desastroso desempenho do casal apresentador do JN já tinha visivelmente repercutido na emissora quando Dilma entra no Jornal das Dez da Globo News para nova entrevista.

Carlos Monforte e André Trigueiro, jornalistas experientes em entrevistar seus convidados, muitas vezes de forma contundente, viraram coroinha de missa de tão gentis com a candidata.

Dilma por sua vez se mostrou totalmente à vontade. No final Dilma agradeceu dizendo que a entrevista tinha sido apaixonante.

André Trigueiro e Carlos Monforte pousaram de moços bons e competentes e interpelaram os comentadores políticos da casa sobre o desempenho de Dilma Rousseff cada vez mais consistente, contrariando prognósticos passados de que ela era um poste e não se sairia bem em debates e entrevistas.

Cristiana Lobo disse que a candidata estava calma, mas sem conteúdo porque Dilma não teria respondido às questões.

Merval Pereira, mais experiente, e, provavelmente vendo o andamento das coisas não quer ser taxado de jornalista laranja, completou que se a ministra não responde às perguntas como são formuladas pelos jornalistas é porque já pegou o manejo de políticos experientes que conduzem o debate para onde querem.

E Merval concluiu que Dilma já estava melhor que no debate da Band.

Cristiana Lobo amarelou. Reconheceu que a oposição em off diz a mesma coisa, mas que em público ela diz que vai continuar afirmando que a Ministra continua nervosa e não responde às questões.

Ou seja, exatamente a crítica feita por Cristiana Lobo à prestação de Dilma.
Conclusão, Cristiana Lobo se presta ao papel de jornalista Laranja. Obediente repete o que a oposição manda.

No JN Dilma expõe Bonner e Fátima ao ridiculo

Por Dalva Teodorescu

Ontem Dilma Rousseff foi entrevistada no Jornal Nacional pelo casal Fátima Bernardes e Willian Bonner. Mais tarde esteve no Jornal das Dez na Globo News.

Nos dois momentos Dilma esteve perfeita. A vontade, elegante, falando com firmeza de sua participação no governo Lula e se identificando com o presidente Lula.

Ninguém mais vai poder continuar a explorar a história de que Dilma estava nervosa e que não responde as questões. Mais uma construção da oposição que ruiu por terra.

Já que a candidata estava perfeita, permitam-me aqui comentar a atitude do casal entrevistador Willian Bonner e Fátima Bernardes.

O casal 20 estava terrível. A agressividade tamanha do casal mostrava o seu despreparado para fazer entrevista. Bonner e Fátima estavam ansiosíssimos. Não deixavam a candidata responder as perguntas encadeando novas perguntas.

Quase morri de vergonha quando Fátima Bernardes virou para o marido, como se estivessem no café da manhã de sua casa, e o interpelou: “Deixa ela falar.”

Dos doze minutos consagrado à entrevistas, quase metade foi dedicado ao temperamento da ex-ministra.

Quase engoliram a Dilma pulando em cima dela para que explicasse sua fama de durona. O casal voltou ao assunto varias vezes até o próprio Bonner reconhecer que podiam falar de outra coisa. Tinham se passado quase 6 minutos. Um vexame.

Dilma tirou de letra a agressividade do casalzinho e respondeu com clareza e firmeza cada questão. Dilma suava, mas guardou um quase sorriso maroto, com certeza percebendo o quanto o casal estava se expondo ao constrangimento.

Não deu outra. Hoje, no jornal o Estado de São Paulo, Carlos Melo da INSPER ressaltou “a ansiedade de todo início do casal-âncora” e João Bosco Rabello, colunista do Jornal, notou o fato do casal “atropelar a entrevistada com uma segunda questão antes de concluir a primeira”.

Dilma venceu a batalha deflagrada por Bonner e Fátima e casal se expôs ao ridículo mostrando o quanto pode ser incompetente quando se metem a fazer outra coisa que seu arroz feijão cotidiano.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A política de exclusão de José Serra e a cobertura “morna” do Estadão ao debate


Por Daniela

Fora o brilhante desempenho de Dilma que a velha mídia faz questão de tentar apagar, o que destaco como positivo foi exatamente o que o Estadão chamou de “morno”. Por que um debate precisa ser feito de polêmicas e ofensas? Serra bem que tentou, mas não tinha clima e acho que percebeu isso, se batesse na candidata do Governo seria pior ainda para ele mesmo. Mas ele também não conseguiu se sustentar nas próprias propostas. Bom, sem isso sem considerar que ele não entregou proposta alguma, lembram-se? Mas vamos dizer que ele tem algumas, vai. E todas elas vão na mesma direção: políticas de exclusão.

Logo na primeira rodada o candidato anunciou 3 propostas absurdas. A primeira foi a de colocar o Governo Federal no Combate ao crime, mudando a constituição de modo que a Segurança deixasse de ser responsabilidade estadual para ser responsabilidade federal. Nesse bololô ele disse que ia criar o Ministério da Segurança, que foi a segunda proposta absurda.
Ora, mesmo depois do caso do “ministério do acarajé” Serra ainda não percebeu que as pessoas já perceberam que a sua estratégia de criar ministérios a torto e à direita é eleitoreira.
Bom, se não for é pior ainda, ele vai reconfigurar toda a máquina do Estado. Ui!
E não duvido, assim, ele vai poder controlar bem, como faz de maneira exemplar em São Paulo, os professores de todo o Brasil. Cassetete neles, Serra! Imaginem só, isso é política que se proponha? Todas as polícias sob comando do Serra! Desse jeito dava até terceiro mandato.Por fim, disse que vai criar o Protec, que  será o Pro-Uni do nível técnico. Ele volta ao delírio de que é candidato do PT, de que as políticas sociais do governo Lula já eram do FHC, de que a gente vai acreditar que ele fará pelo Brasil o que não fez por São Paulo.  E ainda tem gente que diz “tanto faz PT ou PSDB não muda nada”. Sem comentários.

Na segunda rodada Serra faz a Dilma a mesma pergunta que Boechat tinha feito. Foi ótimo, até Dilma agradeceu, pois pode continuar a falar sobre os assuntos educação, saúde e segurança.
Depois do discurso articulado e cheio de provas concretas de Dilma veio a réplica hilária de Serra. Sua quarta proposta absurda: a política do mutirão da saúde.
Quando Dilma retomou o turno ainda comentou, os mutirões são interessantes para ações emergenciais, mas não podem ser uma política pública. Bingo!
E os jornais se calaram. O Estadão ainda ousou na capa de hoje: “O tucano explorou o tema da saúde, e Dilma, as realizações do Governo Lula. Num dos raros momentos tensos, o tucano chamou de “cruel” o abandono dos mutirões de cirurgia.” Só mesmo dando muito mais espaço para um dos candidatos, e enchendo-o de mentiras para, quem sabe assim, os leitores que preferiram assistir ao jogo do São Paulo e Internacional acreditassem nos elogios ao Serra e nas críticas à Dilma.
O tucano não explorou o tema da saúde, ele explicitou a sua política de exclusão à la paulistânia: os pobres, deixem que façam mutirões. Eles se viram, temos coisas mais urgentes a tratar, como retomar a ALCA e abandonar o MERCOSUL. Daí a gente completa com uns enxovais para as mães carentes (parece que o “mãe paulistana” é a única realização do Governo Serra) e faz a crítica do bolsa família como se o programa fosse uma política assistencial.

Digamos que “morna” foi a cobertura do Estadão que ao invés de comentar as propostas feitas no debate, preferiu um texto mais descritivo, falando como a Dilma estava nervosa em sua estreia, que gaguejou várias vezes (só ela!) e que Marina foi a única a fazer perguntas para os 3 candidatos. Que Plínio foi irônico e falou do desmatamento. Acharam graça dele chamar Marina de ecocapitalista e Serra de hipocondríaco.
Nas notinhas no fim da página tive a impressão de estar lendo Caras: “Skaf troca de cadeira para ficar longe do PT”, coitadinho, “não escondeu o constrangimento a entrar no estúdio e sentar-se na mesma fila de Aloizio Mercadante (PT), da primeira-dama, Marisa Letícia, e da candidata ao Senado Marta Suplicy (PT). Levantou e mudou de lugar”. A relevância da informação é algo que impressiona. O que quer dizer isso? Os petistas são portadores de doenças contagiosas?
E não termina por aí. Sobre a Dilma tem uma informação também super relevante: resolveu trocar o terno vermelho comprado para a ocasião pela calça preta e blazer branco. Para finalizar, registraram o comentário de Sérgio Guerra: “ela parece gaga nas ideias, nas palavras e no pensamento. Não concluiu um raciocínio. Se a gagueira for intelectual, aí é mais grave”. Isso é oposição medíocre-invejosa ou é um machismo descarado e inaceitável para um político na posição que ele ocupa hoje no País? Os dois.

Claro, muito conveniente para o Estadão silenciar a verdade sobre o debate, o discurso non sense ultradireita do candidato que defendem. Nem tocaram no assunto da última fala do candidato que queria chorar com uma falsa história de pobreza na infância e, claro, não conseguiu. Sinceramente, isso tá mais parecendo teimosia. Nem o Estadão ganharia mais com a eleição do Serra do que com a eleição da Dilma. É puro esperneio paulista.

O debate de ontem é um dos assuntos mais comentados do dia.  Todos fazem análise sobre o desempenho dos candidatos e foi evidente o preparo da candidata Dilma em comparação aos outros candidatos, afinal, se teve alguém que tocou os projetos do Governo Lula de perto foi ela. Ela não precisa se colar no Lula já que as realizações deste Governo dependeram quase tanto dela quanto dele. Então, a segurança dela só poderia ser uma “surpresa” para a velha mídia, que ainda tinha um mínimo de esperança que o seu candidato de oposição se saísse melhor que a candidata do atual governo. Mas não adianta manipular, a próximas pesquisas vão dizer a verdade. Vamos esperar.

A velha mídia reconhece que Dilma venceu o debate da Band

Por Dalva Teodorescu

Hoje todos os jornais matinais consideraram o debate dos presidenciaveis ontem na Band como morno. Mas todos reconheceram que Dilma Rousseff, saiu ganhando porque todos esperavam que ela fosse se sair mal, o que não acontece.

Mas o que mas chamou atenção foi o comentário de Lúcia Hipólito.
A colunista começou dizendo que quem perdeu foi Marina, por causa da figura forte de Plínio de Arruda Sampaio.
Lucia também afirmou que quem ganhou foi Dilma porque Serra dizia que não conseguiria debater etc. e finalmente ela se mostrou segura.

Lúcia alfinetou Serra que para ela não levantou os pontos polêmicos e deu chance para Dilma se posicionar.
Disse que quem perdeu foi o tucanato que dizia que o debate seria o grande momento de Serra derrubar Dilma e nada disso se viu.

Lucia estava chateada com o debate e o desempenho do candidato que interessa.

O debate foi civilizado. Dilma estava segura como sempre foi na frente do atual governo.

Quem não acreditava nisso ficou desapontado. Foi o caso de Lucia Hipólito, Fernando Rodrigues e outros apresentadores dos programas de rádio matinal.

O TSE negou recurso da revista Veja

Por Dalva Teodorescu

O TSE negou recurso da revista Veja contra a sentença condenando a revista a publicar em sua próxima edição a resposta do PT sobre a matéria vinculado o partido dos trabalhadores à FARC e ao narcotráfico.


Se na primeira sessão do TSE condenado a revista os ministros se dividiram numa votação de 4 votos a favor e três contra, dessa vez a votação foi unânime em manter a decisão anterior.

O TSE julgou que veja exorbitou o direito de informar ao atribuir veracidade às declarações do vice de José Serra Índio da Costa.

Uma decisão contra a arrogância e a impunidade da velha mídia. É pouco para comemorar, mas é um começo.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

CNT/Sensus aponta Dilma com 10 pontos à frente de José Serra

Por Dalva Teodorescu


A pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta quinta-feira mostra a candidata Dilma Rousseff com 10 pontos de vantagem sobre o candidato José Serra.

Dilma obtém 41,6% das intenções de voto contra 31,6% para o Tucano José Serra.

Marina Silva (PV) aparece em terceiro lugar, com 8,5% dos votos, José Maria Eymael (PSDC) obteve 1,9% e Plínio Arruda (PSOL),1,7%. Os outros candidatos não atingiram 1% dos votos.

A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Os indecisos, brancos e nulos somam 14,5%.

Na pesquisa espontânea, Dilma aparece com 30,4% das intenções de votos 20,2% para José Serra 5% para Marina Silva.

No segundo turno Dilma obteve 48,3% contra 36,6% para o tucano.

Um segundo turno entre Dilma e Marina, a petista teria 55,7%, contra 23,3% para a senadora do PV.

Já num segundo turno entre José Serra e Marina Silva, o tucano obteve 50%, contra 27,8% para a candidata do PV.

A pesquisa CNT/Sensus foi realizada entre os dias 31 de julho e 2 agosto de 2010, em 136 municípios de 24 Estados. Foram ouvidas 2.000 pessoas.

Ministro do STJ é punido com aposentadoria de mais de 25 mil reais

Por Dalva Teodorescu


Ontem, todos os veículos de comunicação traziam a notícia que o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Paulo Medina, acusado de integrar um esquema de venda de sentenças judiciais, tinha sido punido pelo Conselho Nacional de Justiça com aposentadoria compulsória de R$ 25.388,92.

Pelo que me consta venda de sentença dá cadeia não aposentadoria com altos salários.

Se a moda pega muitos juízes e ministros vão sair por aí vendendo sentença vista a recompensa.

É de chorar para aqueles que batalham para ter uma aposentadoria digna e depois de anos e anos de contribuição veem seu salário reduzido para menos da metade quando pensam em parar de trabalhar.

É comum nos dias de hoje ver toda uma geração de professores, médicos, empresários, sociólogos, assistentes sociais, (para falar só dos profissionais de nível universitário) continuar trabalhando, embora cansados, quando teriam condições legais de se aposentarem.

Essas pessoas simplesmente não se aposentam porque isso significaria reduzir pela metade ou mais os seus salários e consequentemente diminuir pela metade o seu padrão de vida.

Esse é um tema recorrente entre pessoas com mais de sessenta anos.

Por esses dias perdemos um amigo querido, psicólogo e ex-funcionário público, que partiu deixando uma carta onde se despedia dizendo que, embora doente, não tinha conseguido sua aposentadoria e que por isso a vida tinha se tornado muito difícil e sem música.

Enquanto pessoas honestas depois de anos e anos de trabalho não conseguem viver com a minguada aposentadoria, um ministro do STJ que cometeu falta grave, contra a lei e a sociedade em geral, é agraciado com uma aposentadoria de mais de 25 mil reais.

Essa injustiça gritante deve ser mudada. Como deve ser revista com certeza os exorbitantes salários dos ministros e desembargadores que servem ao sistema judiciário.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

TSE condena revista Veja por matéria desfavorável ao PT

Por Dalva Teodorescu

Ministros do TSE condenou ontem à noite a revista Veja a publicar, em sua próxima edição, texto do PT para rebater uma reportagem baseada nas acusações do vice do candidato José Serra ligando o Partido dos Trabalhadores às Farc e ao narcotráfico.

O PT também obteve direito de postar respostas às essas acusações de Índio da Costa no site do PSDB.

A condenação da revista Veja pelo TSE foi pouco divulgada na velha mídia.
A
revista alegou em sua defesa o direito legítimo de publicar informações de interesse da sociedade.

Alegou ainda que não é competência da justiça eleitoral julgar direito de resposta contra veículos de comunicação.

Não adiantou, a maioria dos ministros julgaram que a matéria foi desfavorável ao Partido dos Trabalhadores.

Veja está acostumada a ferir a ética e a deontologia do jornalismo publicando matérias denunciativas sem apresentar provas. Por isso foi classificada em 2006, pela revista francesa Mariana, como uma das 10 revistas mais mentirosas do mundo.

Agora chegou a vez do TSE cobrar de Veja compostura e verdade na apresentação dos fatos.

Que a condenação sirva de exemplo.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Fofoca na política americana

Por Dalva Teodorescu

A última fofoca na política americana é o casamento da filha dos Clinton? Parece que foi a maior festa de todos os tempos.

O casamento foi realizado por um rabino e um pastor.

Foram convidadas seletas 400 pessoas.

Os Obamas, segundo dizem, não foram convidados. Imaginem!

Segundo as fofocas na mídia parece que a Casa Branca rachou mesmo e o não convite seria uma confirmação disso.

Como dissemos nesse blogue, a Casa Branca está bicéfala: Obama comanda a política interna e a Clinton faz o que quer em política externa, quebrando completamente a barraca de Obama que era de construir uma nova relação com os povos Islâmicos.

A política externa americana de madame Clinton não difere em nada da desenvolvida por Bush. Continua a mesma e velha história do eixo do mal.