quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Ministro do STJ é punido com aposentadoria de mais de 25 mil reais

Por Dalva Teodorescu


Ontem, todos os veículos de comunicação traziam a notícia que o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Paulo Medina, acusado de integrar um esquema de venda de sentenças judiciais, tinha sido punido pelo Conselho Nacional de Justiça com aposentadoria compulsória de R$ 25.388,92.

Pelo que me consta venda de sentença dá cadeia não aposentadoria com altos salários.

Se a moda pega muitos juízes e ministros vão sair por aí vendendo sentença vista a recompensa.

É de chorar para aqueles que batalham para ter uma aposentadoria digna e depois de anos e anos de contribuição veem seu salário reduzido para menos da metade quando pensam em parar de trabalhar.

É comum nos dias de hoje ver toda uma geração de professores, médicos, empresários, sociólogos, assistentes sociais, (para falar só dos profissionais de nível universitário) continuar trabalhando, embora cansados, quando teriam condições legais de se aposentarem.

Essas pessoas simplesmente não se aposentam porque isso significaria reduzir pela metade ou mais os seus salários e consequentemente diminuir pela metade o seu padrão de vida.

Esse é um tema recorrente entre pessoas com mais de sessenta anos.

Por esses dias perdemos um amigo querido, psicólogo e ex-funcionário público, que partiu deixando uma carta onde se despedia dizendo que, embora doente, não tinha conseguido sua aposentadoria e que por isso a vida tinha se tornado muito difícil e sem música.

Enquanto pessoas honestas depois de anos e anos de trabalho não conseguem viver com a minguada aposentadoria, um ministro do STJ que cometeu falta grave, contra a lei e a sociedade em geral, é agraciado com uma aposentadoria de mais de 25 mil reais.

Essa injustiça gritante deve ser mudada. Como deve ser revista com certeza os exorbitantes salários dos ministros e desembargadores que servem ao sistema judiciário.

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