Por Dalva Teodorescu
A campanha de José Serra está fazendo terrorismo com a história de quebra de sigilo fiscal. Serra vai explorar o tema no programa eleitoral e diz que vai protocolar no TSE ação contra Dilma pela quebra de sigilo.
Antes que os tucanos comecem a fazer disso mais um factoide ruidoso, é bom que aqueles que apoiam a candidatura de Dilma assim como a militância petista comecem a desmontar a artimanha que está se montado na arena do PSDB.
Esse trabalho de desconstrução de um discurso bem montado, com o apoio da velha mídia, começou a ser feito pelos dirigentes do Partido dos trabalhadores.
O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra vai entrar com uma ação criminal e outra civil contra o candidato José Serra, por ter responsabilizado o PT e Dilma Rousseff pelo vazamento das quebras dos sigilos fiscais de tucanos.
O PT também vai pedir a Polícia Federal que investigue o vazamento do resultado da Corregedoria da Receita Federal.
Dutra denuncia a "indignação seletiva" relativa à quebra de sigilo de dados. Isto porque, no período próximo ao vazamento dos dados tucanos, a diretoria da Petrobras, assim como outras pessoas do PT também foram alvo de vazamentos ilegais, sem causar a mesma a "indignação na oposição".
A pergunta que os dirigentes do PT fazem é mesma que fazemos: como o resultado da investigação da Corregedoria da Receita foi parar nos jornais?
Segundo o secretário-geral do PT, José Eduardo Cardozo, "Os jornais veiculam que teria havido a quebra de outras pessoas. Se esta sob sigilo, por quem souberam? Se as apurações são sigilosas, como foi passado para imprensa e por quem? É inaceitável que antes da conclusão da investigação que envolve outros nomes isso seja divulgado".
Hoje soube-se que o sigilo fiscal de outras pessoas, fora da esfera política, também foram violados. Entre elas estão a apresentadora Ana Maria Braga, da Rede Globo, Samuel Klein, empresário polonês que fundou as Casas Bahia, Michael Klein, diretor-executivo da rede, Maria Alice Pereira Klein, mulher de Michael, e Rapahel Oscar Klein, neto de Samuel e herdeiro da empresa.
Outros três nomes, dois deles filiados a partidos políticos, também foram identificados, mas não foram divulgados. Vale a pena procurar saber a que partidos pertencem.
Todas essas pessoas foram acessadas na delegacia da Receita Federal em Mauá (SP), a mesma aonde atuava a servidora Antonia Neves Silva, acusada de ter quebrado sigilo fiscal das pessoas ligadas ao PSDB. E no mesmo período.
Ao que parece esses casos não causam a mesma comoção na oposição.
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