quinta-feira, 29 de abril de 2010

Crazy History

Por Dalva Teodorescu

Todos os anos a Revista Times escolhe o líder mais influente do ano numa lista de vários outros. Todos os anos se respeita o Ranking de classificaçao. Se bem me lembro no passado foi Obama o escolhido e antes tinha sido Putine. No ano seguinte à invasao do Iraque, a revista escolheu o ex-presidente Bush. Todos esses escolhidos, me lembro também, apareciam na capa e em primeiro na lista de classificação. Sempre foi assim.


Esse ano o presidente do Brasil apareceu na Capa e em primeiro lugar na lista, que não se apresenta por ordem alfabética. Por alguma ordem ela é feita, simples assim.

A imprensa brasileira de oposição ao presidente não aguentou o golpe. Justo agora que estava se tentando desqualificar a política externa do governo Lula, a Times vem com essa. A Times, o pai de todos.

Nao deu outra: inventaram, já no incío da tarde que era só por questao de edição que o presidente brasileiro aparecia na capa da Times. O presidente na verdade era um dos 25 mais influentes. Pior, disseram que era pelo texto do cineasta americano que a foto do presidente apareceu na capa. A classificação em primeiro da lista também disseram que era só um acaso como sempre acontece na mídia em geral. Tudo é acaso ainda mais quando se trata da tão esperada, e mundialmente comentada, classificação anual feita pela revista Times dos principais líderes mundiais.

Justo esse ano que o presidente brasileiro está classificado como primeiro da lista e figura na capa da Times decidiu-se que não tem ranking. Parece difícil de acreditar. Melhor acompanhar a notícia pela imprensa internacional, a nacional está muito comprometida com interesses setoriais para aceitar a grandeza do nosso presidente e através dela do nosso país. Que pena.

Fica uma dúvida. Será que forças ocultas, como se dizia na época da ditadura militar, entraram em contato com a revista para se divulgar tal versão da classificaçao do Times? Não acredito que a respeitada revista iria aceitar uma coisa dessas. Mais fácil acreditar que simplesmente inventaram tudo por aqui num acordo tácito. Culpa da própria imprensa se hoje ela não goza de total confiança do leitor.

Carta ao Estadão

Por Dalva Teodorescu



Parodiando Mauro Chaves: O Estadão deveria contratar mais repórteres para dar conta das informações e reflexões que não interessa à opinião do jornal, mas interessa a uma parte dos seus leitores. Vamos ao exemplo.

A Globo tirou em poucas horas seu comercial de aniversário, cedendo à denúncia na internet de blogueiros do PT. A Globo, em que pese sua hegemonia de audiência, é preciso admitir, esta velhota. É só reparar em seus custosos astros. Estão velhos. O Modelo Hollywood faliu. O modelo das novelas na tarde, no vespertino, na noite e depois no programa de humor não se sustenta mais. Isso é verdade. Mas é igualmente verdade que a Globo continua poderosa, embora menos: veja as discussões sobre o monopólio no futebol brasileiro. O pessoal do Estadão não informou seus leitores que a imediata interrupção do dito comercial se deu após os advogados da Globo consultarem o presidente do TSE Ricardo Lewandovski. Isso muda muita coisa, sobretudo não deixa pensar que a pobrezinha Globo já esta bem mais fraquinha do que mostra.

A pré-candidata do partido dos trabalhadores tem o apoio de mulheres que contam na historia do país: Maria da Conceição Tavares a homenageou no dia de seu aniversário e Norma Bengel saiu em defesa da ex-ministra quando setores da imprensa fizeram de sua foto no blog da candidata "l'affaire" da semana. A negligência do blog da ex-ministra deve ser noticiado, mas fazer disso "une affaire" denota pobreza de criticidade.

O que se espera é que qualquer um dos candidatos dê continuidade ao processo de consolidação da social democracia brasileira promovendo reformas políticas e aperfeiçoando a democratização do debate político e social e promovendo maior pluralidade de opiniões. Todavia a relação incestuosa entre a mídia e o candidato tucano causa certo desconforto e gera desconfiança sobre o grau de independência dessa imprensa num futuro governo tucano.

Causa constrangimento a maneira como parte da imprensa dita séria se põe ao serviço da candidatura do ex-governador de São Paulo, sem que se saiba bem em nome do que e como, e passa a praticar o que Bourdieu chamou de "violência simbólica" sobre a ex-ministra. Causa constrangimento o assédio que se faz à pré-candidata do PT. A Fox News não é jornalismo. O verdadeiro jornalismo deve repudiar o modelo Fox News.

O Estadão chega a não publicar os cargos governamentais que a ex-ministra ocupou na esfera municipal, estadual e federal. A brilhante carreira da ex-ministra atesta a sua competência e pode ofuscar outras, parece dizer a atitude do Jornal. O Estadão foi pego em seu próprio jogo.

A lista de censura, sobre fatos positivos envolvendo a pré-candidata, praticada pelo Estadão está ficando longa; a compra diária de outros periódicos esta se fazendo fortemente necessária para obter informações; distorcidas ou não. Ao leitor resta saber decifrá-las. Era a pratica do Estadão antes do jornal se engajar de corpo e alma na campanha do candidato tucano. A pluraridade de informação foi banida totalmente e quem perdeu foi o leitor do Jornal.

Durante todo o ano de 2009, Dora Kramer bateu na tecla Aécio vice, com pouco pudor. Houve trocas de letras com o ex-governador de Minas. Se desgastou, por fim. Reicindiu com a tecla Ciro; é uma vítima genial. O senador pelo Ceara vai trabalhar para a campanha de seu padrinho político e amigo Tasso Jereissati. O apoio do deputado ao senador é uma exclusividade Estadão. Ninguém nunca tocou no assunto.

E por ai vai... A lista é longa. Meu tempo é curto. São momentos dedicados ao monólogo com o jornal. O dialogo é ausente.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Estou otimista, mas ainda tem gente que me tira do sério

Por Daniela

Como humanas que somos, nos irritamos ao constatar que pessoas que nada sabem sobre política no Brasil se arrogam a falar mal de partidos e pessoas que nem conhecem.
Conversando com um colega de trabalho sobre a tragédia no Rio de Janeiro fiquei boquiaberta quando ele disse: “é tem que morrer mesmo, tem muita gente no mundo”.
Uau! A frase saiu assim com a maior naturalidade do mundo. Eu não acreditava. Não adiantava dizer: “podia ser a sua família”. Mas não é, e ele repetiu: tem que morrer mesmo.
E eu tenho testemunha. Outra colega, super incomodada com a briga que estava se iniciando, afinal, era hora do almoço.
Mas eu, como professora que sou, insisti na conversa. Depois, ele achava que a culpa das enchentes em São Paulo era das chuvas. Nossa, eu pensei, essa pessoa está mesmo muito mal informada, e continuei argumentando que o Serra e Kassab não limparam as calhas do Rio Tietê e que as comportas das represas só foram abertas em dezembro, quando deveriam ter sido abertas em agosto, antes das chuvas. Claro, se elas já estavam no limite, com o alto volume de água caindo do céu, o que mais poderia acontecer se não entornar e se acumular no Jardim Pantanal. Ah, mas eles sabiam do alto índice pluviométrico que estava pra vir em 2010. É, quem sabe não foi isso que pensaram: vamos botar a culpa na chuva!
Veja entrevista com José Arraes, especialista:
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2010/01/464045.shtml
A conversa ia ficando mais tensa, até que ele proferiu o golpe final para nosso “diálogo”: ah, mas você é petista!”
Calei-me porque se não ia ofendê-lo seriamente.
Que jovem é esse que nos seus vinte e poucos anos já tem tanto desprezo pela vida alheia, sobretudo, a pobre? Que jovem é esse que não percebe o absurdo das suas frases? Que jovem é esse que vota num candidato sem saber nada sobre ele? Que jovem é esse que nada sabe sobre o PT? Quem é esse jovem?
O preconceito parece ser a política de algumas pessoas.
Será o típico jovem Psdebista, ou democrata, que reproduz o discurso do pai retrógrado, ou da imprensa vendida, sem pensar, sem se informar.?
Hoje ele não fala mais comigo porque eu falei na frente de todo mundo: aposto que ele não sabe nada sobre a história do PT.
E é exatamente isso que a nossa mídia está tentando fazer, dizer aos jovens que, por causa do “mensalão”, o PT é corrupto. E eles escondem tudo sobre o Governo FHC, tudo sobre os mais de 16 anos que o PSDB está no Estado de São Paulo. Governando? Não! Desmantelando seria a palavra certa. O que está acontecendo com o ensino estadual em São Paulo? Segundo a nossa mídia, os professores só provocam congestionamento na Paulista.


É a ideologia da “higienização” do PSDB e do DEM.
Leia:
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=575IMQ006

São essas pessoas que ainda me tiram do sério. Não deviam, já que são a minoria. Mesmo assim...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Se você acha que José Serra deve ser o próximo presidente do Brasil, veja estas imagens.

É pessoal, parece que a coisa tá feia pro Serra. Vejam as fotos que o anti-tucano está divulgando.
link enviado por um amigo: http://anti-tucano.blogspot.com/2010/04/se-voce-acha-que-jose-serra-deve-ser-o.html


Se você acha que José Serra deve ser o próximo presidente do Brasil, veja estas imagens.

Definitivamente, conseguir alguns feitos do tucano José Serra não é para qualquer um. Por exemplo: fazer com que o funcionalismo público paulista decrete uma quase greve-geral (Saúde, Educação e Segurança), mesmo com a economia do país crescendo a ótimos 5,5% anualizados e um dos menores índices de inflação da história recente do país; realmente, para conseguir isso há que se ter uma capacidade incomum.

E enganam-se os que pensam que os feitos do governo Serra param por aí.

Para precaver nossos compatriotas de outros estados, faremos aqui uma retrospectiva do que foi o governo de Serra em São Paulo. Aliás, isso vale para muitos paulistas também, haja vista que a Grande Imprensa (talvez a única intere$$ada na vitória do tucano) omite os fatos e a responsabilidade de Serra sob os acontecimentos em São Paulo – o que faz muitos paulistas pensarem que a culpa do que ocorre aqui no estado é de Lula, de São Pedro, etc.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Sensus dá empate entre Serra e Dilma

Nada melhor do que uma pesquisa eleitoral para iniciar as postagens desse blog. Então vamos lá

Do Blog do Noblat em 1ª mão:

Sensus dá empate entre Serra e Dilma

32,7% a 32,3%. Serra e Dilma.

Ciro Gomes: 10,1%. Marina Silva: 8,1%.

Brancos e nulos: 7,7%.

Não sabe: 9,1%.

Cenário sem Ciro: Serra 36,8%; Dilma 34,0%; Marina, 10,6%. Brancos e nulos: 9,1%.

Não sabe ou não respondeu: 9,5%.

Segundo turno: Serra 41,7%; Dilma, 39,7%.

Brancos e Nulos: 10,1%.

Não sabe e não respondeu: 8,5%.

Margem de erro da pesquisa: 2,2%

Foram 2 mil entrevistas feitas entre 5 e 9 de abril em 136 municípios de 24 Estados.

Esses são os resultados da pesquisa de intenção de votos para presidente da República aplicada pelo Instituto Sensus por encomenda do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Afins do Estado de São Paulo.

Está sendo comemorada pelo PT e o governo.

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/
(divulgado em 13.04.10 às 14h10)