Por Mulheres de Fibra
Ainda ontem falamos sobre a mentalidade anacrônica da “elite” paulista. Agora vamos a um exemplo concreto.
No Estadão de hoje, 27 de julho de 2010, na matéria “Serra critica apoio de Lula a Chávez, em quem vê ‘ameaça’ à paz regional” podemos observar não apenas a mentalidade retrógrada de que falamos, como também podemos conhecer qual a proposta de política externa do candidato da oposição, caso chegasse a governar o Brasil – já que ele não registrou nenhuma página de programa de Governo no STE, o que a gente pode fazer é estudar o que ele diz e faz por aí.
Depois de afirmar que desativaria o Mercosul em detrimento da ALCA, depois de afirmar que o Presidente da Bolívia, Evo Morales, é cúmplice do tráfico de drogas na Bolívia e de criticar as negociações com o Irã, agora ele diz, num almoço com empresários em São Paulo ocorrido ontem, que o Chávez abriga as FARC em território venezuelano: “É inegável que o Chávez abriga essas Farc. (...) Todo mundo sabe, até as árvores da floresta amazônica. Elas são as principais testemunhas de que as Farc se abrigam na Venezuela. (...) Ele [Chávez] vai criando fatos que ameaçam a estabilidade da América do Sul, da Latina e do Brasil. Ter países se hostilizando nas nossas fronteiras não é uma boa.”
Pelo visto, para o candidato, um bom programa de política externa seja hostilizar os presidentes vizinhos por meio de sérias calúnias a seu respeito, e fazer negócio só com os Estados Unidos, detalhe: com a Hillary e sua política externa de extrema direita, porque Obama está bem mais preocupado com as graves questões internas desse país.
Seguindo essa linha, nos alinharíamos com Uribe e seu sucessor Juan Manuel Santos, brigaríamos com os demais vizinhos e afundaríamos junto com os Estados Unidos na queda ululante desse grande império. E a nossa grande imprensa vibra!
Será que é essa virada à direita que o Brasil está precisando? Achamos que não. Isso seria fazer o Brasil retroceder.
No almoço, sentado ao lado de Índio da Costa, Serra criticou ainda a suposta futura relação da Candidata Dilma com o MST: “Porque com ela vão poder fazer mais invasões, mais agitação. É isso. Postura de governo em relação ao MST é que se trata de um movimento político e tem de viver pelas próprias pernas e não pode subverter a ordem democrática".
O ponto de vista que o enunciador da proposição acima evidencia para nós é, sem sombra de dúvidas, o da ultra-direita (leia no Nassif), a mentalidade retrógrada que é, infelizmente, a cara da elite paulista, por mais que ela queira se autodenominar “social democrata”. A máscara não cola mais. As mulheres de Fibra repudiam esse fardo para os brasileiros. Nós não precisamos passar por isso. Que venha um destino melhor, muito melhor... Felizmente, o Brasil já sabe o que é democracia.
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