Por Miguel do Rosário
O Estadão hoje publica uma inverdade.
Apenas o jornalão dos Mesquita se arrisca a contar essa lorota. Outros jornais relatam que somente os dados cadastrais do genro de Serra foram acessados, e estes dados não são considerados sigilosos e, portanto, não estão protegidos por lei.
O pior é que o Estadão termina a matéria com a seguinte nota:
"PARA LEMBRAR
Tucano era líder no Ibope
Em setembro de 2009, pouco antes da quebra de sigilo, José Serra, então pré-candidato do PSDB à Presidência, era líder nas pesquisas. Levantamento do Ibope indicava que ele tinha 34% das intenções de voto, mais do que o dobro da petista Dilma Rousseff, que aparecia com 15% das preferências."
O jornal força uma conotação eleitoral para o caso, fornecendo subsídios para que Serra tente novamente impugnar a candidatura de Dilma no TSE. O Estadão insinua, maliciosamente, que o PT tinha interesse em promover baixarias contra Serra porque temia a vitória tucana. Mas Serra tinha 34% das intenções por causa do recall e Dilma tinha somente 15% porque sequer era candidata, nem mesmo pré-candidata.
A acusação não faz sentido. O jornal procura dar um "motivo" para petistas cometerem um crime. Entretanto, a troco de que o PT pensaria que informações sobre o genro de Serra teriam utilidade na campanha? Não seria o contrário? Ao espalhar dados sigilosos sobre parentes de Serra, os petistas não estariam cavando a própria cova? Ao lançar essa acusação, o jornal subestima a inteligência do leitor e, sobretudo, subestima a competência da campanha de Dilma.
Pela milésima vez, reiteramos a pergunta: quid prodest? A quem interessa esse escândalo dos sigilos? Não tem sido Serra o principal beneficiado, a ponto de tucanos afirmarem abertamente que irão explorar o caso ao máximo como estratégia para levar a eleição para um segundo turno?
E um escandalo! O estupro que nao houve...
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