Por Dalva Teodorescu
A correspondente da Globo News em Israel afirmou, na segunda feira, que a melhor solução para a saída da crise no Egito e para a estabilidade da região, era o presidente Mubarak organizar eleições, e que ele ou seu filho Gamal vencesse essas eleições.
Esse era de fato o desejo de Israel e do governo americano, que desde o início da crise comanda as decisões tomadas pelo presidente Mubarak.
Foi seguindo orientação do governo Obama que Mubarak anunciou que continuaria na presidência até as eleições de setembro, e que nem ele nem seu filho seriam candidatos.
Faltou combinar com o povo, que querem a saída do presidente já. Obama reagiu rápido e agora pede a transição imediata do governo.
Hoje, os Estados Unidos não têm poder para interferir no que se passa no Egito e para sustentar a permanência de seu aliado canino. Tudo o que podem fazer é negociar com o exército egípcio uma saída honrosa para Mubarak.
O exército do Egito, desde o início da crise, trabalha em cooperação com o exército israelense no Sinai. Faz papel de mocinho apoiando o povo, o presidente e quem mais precisar.
O Egito recebe 1, 3 bilhões anualmente dos EUA destinados integralmente a fortalecer o seu exército. Um dos mais bem equipados na região, derrotou três vezes o exército israelense e, por isso, goza de grande prestígio popular, que não quer perder.
Goza também de muitos privilégios, como boas moradias e estadias de férias, salários dignos, entre outras. Privilégios que muito deve à Mubarak e que quer preservar.
Por isso a posição do exército é tão importante para o fim da crise com saída honrosa para Mubarak, como querem os EUA. E esperar para ver.
O que virá depois de Mubarak é ainda uma incógnita, mas uma coisa é certa. A força de querer controlar tudo para não perder a hegemonia no Egito, os EUA podem, ao contrário, fortalecer a resistência islâmica radial.
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