quarta-feira, 18 de maio de 2011

O caso Pallocci

Por Dalva Teodorescu

Segundo o Procurador Geral Roberto Gurgel, por enquanto não há elementos suficientes para abrir investigação contra Palloci, acusado de enriquecimento em 4 anos.

Também tucanos notórios como José Serra e Aécio Neves saíram em defesa do ministro da Casa Civil.

Na verdade as acusações são ventos. Não tem o que investigar. Os rendimentos de Palocci são compatíveis com seus ganhos e foram declarados na receita federal. Está em regra com a lei.

Palocci prestava consultoria através de sua empresa durante mandato de deputado federal. Quando assumiu a Casa Civil a empresa deixou de prestar assessoria e passou a se ocupar unicamente da administração de seus bens imobiliários.

Parte da oposição, os que não têm nada a perder e precisam de holofotes, atacam a moralidade do enriquecimento. Puro cinismo, como afirmou a senadora Marta Suplicy.

Dados levantados pelo chefe da Casa Civil mostram que 273 deputados federais e senadores exercem atividades empresariais de consultorias.

E Palocci fez bem em lembrar nomes de tucanos, ex-ministros e ex-presidentes do Banco Central, que enriqueceram após deixar o cargo.

É louvável que a imprensa se preocupe com o enriquecimento de homens públicos, o que é insuportável é que o faça de maneira seletiva.

Melhor seria denunciar a hipocrisia que reina sobre o assunto no Congresso e cobrar a abertura de um debate sobre a regularização de assessorias e, principalmente, da prática fortíssima do lobby que sem regularização pode facilmente se transformar em tráfico de influência.

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