Por Dalva Teodorescu
Não é só o ex-governador José Serra que se cala diante da crise do PSDB. Seus amigos e conselheiros como Dora Kramer, Fernando Rodrigues e Eliane Cantanhede, entre outros, também se fecharam em silêncio sobre a debandada de Walter Feldmam.
É mesmo chocante! Ou o ex deputado não era assim tão importante ou estão mesmo envergonhados, por trabalhar em prol do partido, pondo em descrédito a própria profissão, e seus políticos fazem um papelão desse.
Também os famosos editoriais se guardaram de abordar o assunto. Nem um comentário.
Conviver com a diferença é a regra básica da democracia, se o maior partido de oposição não é capaz de suportar suas divergências internas, como falar em “formação social democrata”?
Walter Feldman saiu porque queria ser prefeito e não obteve espaço. Em 2010 candidatou-se a deputado federal e foi derrotado nas urnas. O que queria depois disso?
Nessa confusão toda tem um nome que desagrega mais do agrega: José Serra. Outro derrotado nas urnas que não consegue ficar fora do poder.
Ninguém se surpreenderá se daqui a alguns dias Serra anunciar sua adesão ao PSD do Kassab. Na sua ânsia vingativa, o ex-governador é bem capaz de contribuir para o enfraquecimento do partido.
Aqui também a Velha mídia nem ousa tocar no assunto.
quarta-feira, 27 de abril de 2011
O arrogante Feldman e a desagregação do PSDB
Por Dalva Teodorescu
Lendo a matéria do Estadão sobre a saída de Walter Feldman do PSDB, fica claro quem é o promotor da crise que atinge o partido. Crise que não interessa a ninguém de bom senso.
Feldmam não poderia ser mais elitista e arrogante ao falar do "político do interior catapultado para disputar eleição na capital".
Estaríamos lendo uma passagem de um dos contos de Machado de Assis? Estaríamos falando de política provinciana do tempo do império na era da globalização?
O ex-tucano fala sem constrangimento de "dificuldade do governador e seu grupo ficar fora do núcleo de poder (da capital)".
O grupo de José Serra suporta ficar fora do poder? A imposição de Kassab, e seu DEM de então, para governar São Paulo, seria uma demonstração de “formação social-democrata” ? Não teria sido um "desvio no comportamento com a cidade"?
É pedante e ridícula essa história de "político de interior" e "núcleo da capital". Procure o erro e se descobrirá quem é provinciano e paroquial nessa história.
E a turminha da capital, os desagregadores, ainda sonha em governar o país.
Lendo a matéria do Estadão sobre a saída de Walter Feldman do PSDB, fica claro quem é o promotor da crise que atinge o partido. Crise que não interessa a ninguém de bom senso.
Feldmam não poderia ser mais elitista e arrogante ao falar do "político do interior catapultado para disputar eleição na capital".
Estaríamos lendo uma passagem de um dos contos de Machado de Assis? Estaríamos falando de política provinciana do tempo do império na era da globalização?
O ex-tucano fala sem constrangimento de "dificuldade do governador e seu grupo ficar fora do núcleo de poder (da capital)".
O grupo de José Serra suporta ficar fora do poder? A imposição de Kassab, e seu DEM de então, para governar São Paulo, seria uma demonstração de “formação social-democrata” ? Não teria sido um "desvio no comportamento com a cidade"?
É pedante e ridícula essa história de "político de interior" e "núcleo da capital". Procure o erro e se descobrirá quem é provinciano e paroquial nessa história.
E a turminha da capital, os desagregadores, ainda sonha em governar o país.
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Manhattan Connection desconectado da realidade brasileira
Por Dalva Teodorescu
Caio Blinder caiu na boca do mundo e quase causou uma crise diplomática ao fazer comentários desrespeitosos à rainha Rania da Jordânia e outras esposas de governantes árabes.
Caio se retratou e deu a mão à palmatória durante o programa e está de longe de ser o pior dos animadores do Manhattan Connection.
Como correspondente em Nova York da rádio Jovem Pan, Caio Blinder se mostra um jornalista sensato, ainda que nem sempre concorde com seus comentários. Por isso causou surpresa desconsiderar, em seu comentário, a estimativa de 15 a 20 milhões de descendentes árabes vivendo no Brasil, a maior parte em São Paulo.
Temos nossa tradicional e forte comunidade judia vivendo muito bem e pacificamente ao lado de nossa tradicional e forte comunidade sírio - libanesa. Ambas são influentes na economia, na literatura, na medicina, na política e em muitas outras áreas.
Perguntei-me, muitas vezes, o que fazia Caio no Manhattan Connection, programa totalmente deplacé situando-se entre o (mau) jornalismo e a celebração do esnobismo démodé. Mas quando vi em direto os comentários do jornalista me dei conta do quanto são moldados pela linha do programa.
Os jornalistas são autoritários e assertivos ao tecer seus pontos de vistas, sem considerar que muitos assinantes da Globo News podem não concordar com eles. Já era assim na época do Paulo Francis, com a diferença que não existia TV a cabo e o brasileiro não tinha acesso aos canais internacionais.
Além do mais, pretender fazer jornalismo com fatos do cotidiano brasileiro, dirigidos a brasileiros, a partir de Manhattan e de Veneza, sendo que alguns vivem há décadas de distância da realidade brasileira é mais que um despropósito, uma afronta.
Por ter vivido 22 anos fora do Brasil sei o quanto é difícil ter uma visão completa e analítica de fatos do cotidiano do país, por mais que se mantenha inteirado pela imprensa e, hoje, pelas redes sociais.
Diante dessa dificuldade, o resultado do programa na maior parte das vezes, se configura num fiasco. Sobra a pretensão, o esnobismo patético e o autoritarismo de opinião.
Lucas Mendes, Caio Blinder, Diogo Mainarde e Ricardo Amorim podem se sentir muito sabidos e felizes, mas o programa, na maior parte das vezes, se configura num fiasco. Sobra a pretensão e o autoritarismo de opinião.
Semanas atrás, Diogo Mainarde respondendo á uma pergunta de Lucas Mendes sobre a discussão do desarmamento, seguida à tragédia de realengo, não hesitou: “O Brasil é ridículo, por cauda dessa tragédia volta a esse assunto”.
Fiquei pasma com a grosseria e o autoritarismo. Mainarde tem todo o direito de se posicionar contra a discussão, mas tratar de ridículo quem pensa o contrário é abusivo e demonstra total falta de profissionalismo.
Depois de cair em desgraça junto a boa parte dos brasileiros, Mainarde agora parece querer ganhar pontinhos de humanidade com entrevista se dizendo “uma caricatura, uma brincadeira”. Nessa linha, se autodenominou “entreguista” por ter solicitado, e pago, um almoço a um cônsul americano: “Entreguista é assim mesmo entrega o país e paga o almoço”. Foi ele quem disse.
Esse blá blá é assim todo o programa. Coisa chata se não mostrasse também desinformação. Num desses programas Ricardo Amorim demonstrou total falta de Connection com a realidade brasileira, ao responder a Lucas Mendes se tinha conhecimento de favelas em processo de urbanização.
Amorim titubeou e respondeu que se tratava de favelas bairros, que queriam instalar no Rio de Janeiro, com postos de saúde e quadras de esportes e parou por aí.
Lucas Mendes do alto de sua torre de marfim de Manhattan ficou sem saber que a favela Heliópolis, situada na zona sul da cidade de São Paulo, está, há muito tempo passando pelo processo de urbanização.
Vários projetos são ali desenvolvidos, entre eles o do arquiteto e urbanista Ruy Ohtake de pintar fachadas de casas da favela. Além de equipamentos sociais como creches, postos de saúde, áreas de esportes, bancos, Heliópolis dispõem de uma orquestra regida pelo maestro Isaac Karabtchevsky.
Criada em 1986, com um grupo de 36 alunos da comunidade a Sinfônica hoje conta com mais de 80 músicos de todo o país, dando exemplo de promoção da diversidade cultural na prática de inclusão social.
Outro exemplo de urbanização de favela bem sucedido é o de Santa Marta no Rio de Janeiro. Primeira a ser inserida no Programa de Pacificação de Favelas, Santa Marta está se tornando um bairro, com vários equipamentos públicos funcionando. Foi modelo para as outras favelas do Programa e seus moradores costumam alugar as lajes de suas casas para turistas assitirem aos fogos de artício, em Copacabama, na passagem do ano.
São exemplos que poderiam dar conteúdo ao pobre comentário de Amorim, ou caso desconheça esses projetos, o mais honesto seria dizer que não tinha conhecimento de nenhum.
Também Caio Blibder deu mostra de autoritarismo ao defender o polêmico texto do ex presidente Fernando Henrique Cardoso. Com tom professoral explicou que FHC falava daquele povo que já teria sido cooptado pelo PT.
Me entrigou. Teria sido Caio Blinder cooptado pelo PSDB ao endossar tal ideia? Ou escolheu apoiar o partido de Higienópolis por ponderações críticas que só a consciência de cada um pode determinar.
E nós, classe média, médicos, arquitetos, sociólogos, engeinheiros e empresários que apreciamos um estilo de vida bem paulistano, saboreando um bom vinho com os amigos nos sábados de inverno, curtindo uma praia no verão, vendo Globo News e sonhamos com um mundo mais igual e mais justo para todos?
Teríamos sidos cooptados ou recebido benesses do governo trabalhista que, a nosso ver, tanto proporcinou ao Brasil e ao povo brasileiro? Não teriamos capacidade crítica para fazer essa escolha?
É uma pena que brasileiros como Luca Mendes e Caio Blinder não estejam assistindo às mudanças da sociedade brasileira, não somente em relação ao consumo, mas em relação à exigência dos direitos de cidadania. Como disse a presidenta Dilma Rousseff, hoje o povo brasileiro “não mais aceita políticas imperiais e certezas categóricas.
Sim existe muito a ser feito e boa parte dos trabalhadores brasileiros vivem em condiçoes mais que precárias em transporte, saúde, moradia e educação. Mas muito foi feito e o Prouni permitiu que milhares de jovens pobres acedessem à Universidade, em áres como medicina, engenharia e ciências sociais e contábeis. Não é pouco.
Hoje o nosso povo está mudando. As exigências dos trabalhores das grandes construtoras por melhores condições de trabalho e fornecimento de passagens àreas para visitar a família é apenas um exemplo.
As empregadas domésticas de antigamente, dormindo em cúbiculos, já quase não existem mais. É comum ver diaristas chegar ao trabalhar com seus carros, comprado de segunda mão mas seus, ou suas motos, vestidas cada vez mais como suas patroas. A globalização e uniformalização da moda é uma realidade que atinge todas as classes sociais.
Na TV, a irmã de um jovem que foi assassinado pela polícia, num cemitério de São Paulo, utilizava termos júridicos com destreza para explicar porque ia processar o Estado pela morte do irmão. Uma Prouni sem dúvida.
É essa a nova classe média que FHC e Calio Blinder querem cooptar. Mas se ela se recusar a ser coptada vão chamá-la de “povão e de massa mal informada, cooptada pelo PT”.
Manhattan Connexion, como o incosciente freudiano, não tem noção de tempo nem de espaço. Que tal descer do pedestal e começar a falar coisas inteligentes que interessam ao público brasileiro.
Nesse sentido Pedro Andrade mostrando eventos e curiosidades Novayorkinos faz mais sentido. Trás informações da cidade aos brasileiros, age como um correspondente, o que deveriam ser os comentaristas da polítia nacional.
Sinto dizer lhes que no momento que a pátria amada USA começa a entrar em decadência, o nosso Brasil está em ascensão e, nesse sentido, estão perdendo o bonde da história de nosso país. Uma pena.
Como dizia-se na época que sairam do Brasil: O Brasil que imaginam Já era.
Caio Blinder caiu na boca do mundo e quase causou uma crise diplomática ao fazer comentários desrespeitosos à rainha Rania da Jordânia e outras esposas de governantes árabes.
Caio se retratou e deu a mão à palmatória durante o programa e está de longe de ser o pior dos animadores do Manhattan Connection.
Como correspondente em Nova York da rádio Jovem Pan, Caio Blinder se mostra um jornalista sensato, ainda que nem sempre concorde com seus comentários. Por isso causou surpresa desconsiderar, em seu comentário, a estimativa de 15 a 20 milhões de descendentes árabes vivendo no Brasil, a maior parte em São Paulo.
Temos nossa tradicional e forte comunidade judia vivendo muito bem e pacificamente ao lado de nossa tradicional e forte comunidade sírio - libanesa. Ambas são influentes na economia, na literatura, na medicina, na política e em muitas outras áreas.
Perguntei-me, muitas vezes, o que fazia Caio no Manhattan Connection, programa totalmente deplacé situando-se entre o (mau) jornalismo e a celebração do esnobismo démodé. Mas quando vi em direto os comentários do jornalista me dei conta do quanto são moldados pela linha do programa.
Os jornalistas são autoritários e assertivos ao tecer seus pontos de vistas, sem considerar que muitos assinantes da Globo News podem não concordar com eles. Já era assim na época do Paulo Francis, com a diferença que não existia TV a cabo e o brasileiro não tinha acesso aos canais internacionais.
Além do mais, pretender fazer jornalismo com fatos do cotidiano brasileiro, dirigidos a brasileiros, a partir de Manhattan e de Veneza, sendo que alguns vivem há décadas de distância da realidade brasileira é mais que um despropósito, uma afronta.
Por ter vivido 22 anos fora do Brasil sei o quanto é difícil ter uma visão completa e analítica de fatos do cotidiano do país, por mais que se mantenha inteirado pela imprensa e, hoje, pelas redes sociais.
Diante dessa dificuldade, o resultado do programa na maior parte das vezes, se configura num fiasco. Sobra a pretensão, o esnobismo patético e o autoritarismo de opinião.
Lucas Mendes, Caio Blinder, Diogo Mainarde e Ricardo Amorim podem se sentir muito sabidos e felizes, mas o programa, na maior parte das vezes, se configura num fiasco. Sobra a pretensão e o autoritarismo de opinião.
Semanas atrás, Diogo Mainarde respondendo á uma pergunta de Lucas Mendes sobre a discussão do desarmamento, seguida à tragédia de realengo, não hesitou: “O Brasil é ridículo, por cauda dessa tragédia volta a esse assunto”.
Fiquei pasma com a grosseria e o autoritarismo. Mainarde tem todo o direito de se posicionar contra a discussão, mas tratar de ridículo quem pensa o contrário é abusivo e demonstra total falta de profissionalismo.
Depois de cair em desgraça junto a boa parte dos brasileiros, Mainarde agora parece querer ganhar pontinhos de humanidade com entrevista se dizendo “uma caricatura, uma brincadeira”. Nessa linha, se autodenominou “entreguista” por ter solicitado, e pago, um almoço a um cônsul americano: “Entreguista é assim mesmo entrega o país e paga o almoço”. Foi ele quem disse.
Esse blá blá é assim todo o programa. Coisa chata se não mostrasse também desinformação. Num desses programas Ricardo Amorim demonstrou total falta de Connection com a realidade brasileira, ao responder a Lucas Mendes se tinha conhecimento de favelas em processo de urbanização.
Amorim titubeou e respondeu que se tratava de favelas bairros, que queriam instalar no Rio de Janeiro, com postos de saúde e quadras de esportes e parou por aí.
Lucas Mendes do alto de sua torre de marfim de Manhattan ficou sem saber que a favela Heliópolis, situada na zona sul da cidade de São Paulo, está, há muito tempo passando pelo processo de urbanização.
Vários projetos são ali desenvolvidos, entre eles o do arquiteto e urbanista Ruy Ohtake de pintar fachadas de casas da favela. Além de equipamentos sociais como creches, postos de saúde, áreas de esportes, bancos, Heliópolis dispõem de uma orquestra regida pelo maestro Isaac Karabtchevsky.
Criada em 1986, com um grupo de 36 alunos da comunidade a Sinfônica hoje conta com mais de 80 músicos de todo o país, dando exemplo de promoção da diversidade cultural na prática de inclusão social.
Outro exemplo de urbanização de favela bem sucedido é o de Santa Marta no Rio de Janeiro. Primeira a ser inserida no Programa de Pacificação de Favelas, Santa Marta está se tornando um bairro, com vários equipamentos públicos funcionando. Foi modelo para as outras favelas do Programa e seus moradores costumam alugar as lajes de suas casas para turistas assitirem aos fogos de artício, em Copacabama, na passagem do ano.
São exemplos que poderiam dar conteúdo ao pobre comentário de Amorim, ou caso desconheça esses projetos, o mais honesto seria dizer que não tinha conhecimento de nenhum.
Também Caio Blibder deu mostra de autoritarismo ao defender o polêmico texto do ex presidente Fernando Henrique Cardoso. Com tom professoral explicou que FHC falava daquele povo que já teria sido cooptado pelo PT.
Me entrigou. Teria sido Caio Blinder cooptado pelo PSDB ao endossar tal ideia? Ou escolheu apoiar o partido de Higienópolis por ponderações críticas que só a consciência de cada um pode determinar.
E nós, classe média, médicos, arquitetos, sociólogos, engeinheiros e empresários que apreciamos um estilo de vida bem paulistano, saboreando um bom vinho com os amigos nos sábados de inverno, curtindo uma praia no verão, vendo Globo News e sonhamos com um mundo mais igual e mais justo para todos?
Teríamos sidos cooptados ou recebido benesses do governo trabalhista que, a nosso ver, tanto proporcinou ao Brasil e ao povo brasileiro? Não teriamos capacidade crítica para fazer essa escolha?
É uma pena que brasileiros como Luca Mendes e Caio Blinder não estejam assistindo às mudanças da sociedade brasileira, não somente em relação ao consumo, mas em relação à exigência dos direitos de cidadania. Como disse a presidenta Dilma Rousseff, hoje o povo brasileiro “não mais aceita políticas imperiais e certezas categóricas.
Sim existe muito a ser feito e boa parte dos trabalhadores brasileiros vivem em condiçoes mais que precárias em transporte, saúde, moradia e educação. Mas muito foi feito e o Prouni permitiu que milhares de jovens pobres acedessem à Universidade, em áres como medicina, engenharia e ciências sociais e contábeis. Não é pouco.
Hoje o nosso povo está mudando. As exigências dos trabalhores das grandes construtoras por melhores condições de trabalho e fornecimento de passagens àreas para visitar a família é apenas um exemplo.
As empregadas domésticas de antigamente, dormindo em cúbiculos, já quase não existem mais. É comum ver diaristas chegar ao trabalhar com seus carros, comprado de segunda mão mas seus, ou suas motos, vestidas cada vez mais como suas patroas. A globalização e uniformalização da moda é uma realidade que atinge todas as classes sociais.
Na TV, a irmã de um jovem que foi assassinado pela polícia, num cemitério de São Paulo, utilizava termos júridicos com destreza para explicar porque ia processar o Estado pela morte do irmão. Uma Prouni sem dúvida.
É essa a nova classe média que FHC e Calio Blinder querem cooptar. Mas se ela se recusar a ser coptada vão chamá-la de “povão e de massa mal informada, cooptada pelo PT”.
Manhattan Connexion, como o incosciente freudiano, não tem noção de tempo nem de espaço. Que tal descer do pedestal e começar a falar coisas inteligentes que interessam ao público brasileiro.
Nesse sentido Pedro Andrade mostrando eventos e curiosidades Novayorkinos faz mais sentido. Trás informações da cidade aos brasileiros, age como um correspondente, o que deveriam ser os comentaristas da polítia nacional.
Sinto dizer lhes que no momento que a pátria amada USA começa a entrar em decadência, o nosso Brasil está em ascensão e, nesse sentido, estão perdendo o bonde da história de nosso país. Uma pena.
Como dizia-se na época que sairam do Brasil: O Brasil que imaginam Já era.
quinta-feira, 14 de abril de 2011
O manifesto de FHC ou: Afugente o natural e ele volta a galope
Por Dalva Teodorescu
Depois de Aécio Neves foi a vez de FHC publicar manifesto dirigido à oposição. Questão de sobrevivência política do PSDB, é possível que tenham combinado suas intervenções.
FHC quis ir além do senador e usou de suas qualidades intelectuais para escrever um longo manifesto. Bem escrito, vamos ser claros.
Nele, enumerou tudo que fez durante seu governo, se apropriou de alguns feitos, como o plano Real que o Itamar Franco não cansa de reivindicar a paternidade, o bolsa família, o aumento sustentável do salário mínimo e tudo o que o Brasil é hoje.
Defendeu a descriminalização da maconha, o que é todo mérito seu e, estranhamente, criticou o pagamento “da dívida ao FMI sobre a qual incidiam juros moderados”. Nada disse sobre a ingerência da Instituição Internacional na condução da política econômica do país.
Queixou-se de seus pares:“Não estou me lamuriando” disse o ex-presidente, ao refutar fatos e escândalos de seu governo que a oposição “não recusou com vigor como a compra de votos para a aprovação da emenda da reeleição”.
Não hesitou em listar todos os males que atribui ao PT e seu governo e calou-se sobre escândalos que envolvem seu partido, do qual a Alstom é apenas um exemplo.
Mais do que um guia para dar um norte à oposição, o manifesto é um legado para a História do ex-presidente e de seu governo.
Porque tanta comoção, então? Porque um texto que se quer um legado para a História ou um guia para a oposição deve ser dirigido ao povo brasileiro, à nação como um todo. Mas, como diz o ditado francês, “Afugente o natural e ele volta a galope”.
E o natural do ex-sociólogo e ex-presidente quis que logo de início ele excluísse de seu público alvo o que ele chamou de Povão.
Ato Falho? Nem tanto, o natural de FHC é acariciar as elites, mostrar que é um deles. Distanciar-se do que ele chama de “as massas carentes e pouco informadas”.
Com a necessidade ferina de desqualificar aqueles que não votam como ele ou nele, o ex-presidente acusou o povão de votar em troca de "benesses" (entenda se bolsa família) "mais eficazes do que a palavra dos oposicionistas” (entenda-se blá-blá-blá.
FHC escreveu como um intelectual da elite, não como um político, presidente de honra do maior partido da oposição e que quer voltar ao poder. Se não, como acreditar que pode-se ganhar eleições sem as massas carentes desse país?
Fosse um principiante na política dir-se-ia de Morte Política. Faltou ao octogenário FHC a sapiência que não se adquire somente com os estudos ou com a idade. Oh Vaidade incurável!
Como entender de outra forma esse ato que elege como fonte de votos “a classe média”, essa entidade inclassificável no Brasil pós Lula?
Quem é a nova classe média? Quem são os estudantes que hoje ocupam as “salas universitárias”, de quem fala FHC? Os alunos do Pró Uni? Seus pais? São esses a nova classe média. Eles estão felizes e orgulhosos de ver seus filhos na Universidade e trabalhando. Não cederão facilmente aos apelos da elite.
Foi o que entenderam analistas políticos e parlamentares da oposição que se apressaram em discordar do manifesto a eles dirigido.
O que se queria um roteiro para colocar a oposição num trilho capaz de conduzi-la ao poder, em 2014, acabou sendo repudiado como um grande mal entendido.
Na verdade, esses parlamentares estão vivendo a política no dia a dia, no Congresso Nacional e em suas bases eleitorais, ao contrário de FHC que escreve em seus confortáveis aposentos em Higienópolis, mirando, sem dúvida, a História no futuro, a sua.
O manifesto, todavia, foi saudado, sem reserva, pela velha mídia, quem foi bastante acariciada pelo ex-presidente quando escreve “as oposições não devem, obviamente, desacreditar do papel da mídia tradicional: com toda a modernização tecnológica, sem a sanção derivada da confiabilidade, que só a tradição da grande mídia assegura”. Uhal!
O ex-presidente também faz um agrado às redes sociais. Só esqueceu-se que, hoje, as redes sociais não são apanágio dos ricos e da elite intelectual. Ao contrário, servem de contra ponto à velha mídia.
A História andou e com ela a sociedade brasileira, só FHC não viu.
“Desistam do povão e dos movimentos sociais” soou como um bordão nos ouvidos daqueles que consideram que a essência de uma nação é o seu povo e que as organizações sociais são dispositivos de fortalecimento da democracia.
E o ex presidente Lula do alto de sua sabedoria, aquela que não se aprende na escola, mas se recebe como dádiva, foi quem melhor respondeu ao ex presidente FHC: “Já tivemos um presidente que preferia cheiro de cavalo ao cheiro do povo”, disse Lula que prosseguiu: "O povão é a razão de ser do Brasil e dele fazem parte a classe média, a classe rica, os mais pobres. Todos são brasileiros".
Palavras de um Estadista.
Afugente o natural e ele volta a galope. O natural de Lula é estar do lado do povo brasileiro.
Depois de Aécio Neves foi a vez de FHC publicar manifesto dirigido à oposição. Questão de sobrevivência política do PSDB, é possível que tenham combinado suas intervenções.
FHC quis ir além do senador e usou de suas qualidades intelectuais para escrever um longo manifesto. Bem escrito, vamos ser claros.
Nele, enumerou tudo que fez durante seu governo, se apropriou de alguns feitos, como o plano Real que o Itamar Franco não cansa de reivindicar a paternidade, o bolsa família, o aumento sustentável do salário mínimo e tudo o que o Brasil é hoje.
Defendeu a descriminalização da maconha, o que é todo mérito seu e, estranhamente, criticou o pagamento “da dívida ao FMI sobre a qual incidiam juros moderados”. Nada disse sobre a ingerência da Instituição Internacional na condução da política econômica do país.
Queixou-se de seus pares:“Não estou me lamuriando” disse o ex-presidente, ao refutar fatos e escândalos de seu governo que a oposição “não recusou com vigor como a compra de votos para a aprovação da emenda da reeleição”.
Não hesitou em listar todos os males que atribui ao PT e seu governo e calou-se sobre escândalos que envolvem seu partido, do qual a Alstom é apenas um exemplo.
Mais do que um guia para dar um norte à oposição, o manifesto é um legado para a História do ex-presidente e de seu governo.
Porque tanta comoção, então? Porque um texto que se quer um legado para a História ou um guia para a oposição deve ser dirigido ao povo brasileiro, à nação como um todo. Mas, como diz o ditado francês, “Afugente o natural e ele volta a galope”.
E o natural do ex-sociólogo e ex-presidente quis que logo de início ele excluísse de seu público alvo o que ele chamou de Povão.
Ato Falho? Nem tanto, o natural de FHC é acariciar as elites, mostrar que é um deles. Distanciar-se do que ele chama de “as massas carentes e pouco informadas”.
Com a necessidade ferina de desqualificar aqueles que não votam como ele ou nele, o ex-presidente acusou o povão de votar em troca de "benesses" (entenda se bolsa família) "mais eficazes do que a palavra dos oposicionistas” (entenda-se blá-blá-blá.
FHC escreveu como um intelectual da elite, não como um político, presidente de honra do maior partido da oposição e que quer voltar ao poder. Se não, como acreditar que pode-se ganhar eleições sem as massas carentes desse país?
Fosse um principiante na política dir-se-ia de Morte Política. Faltou ao octogenário FHC a sapiência que não se adquire somente com os estudos ou com a idade. Oh Vaidade incurável!
Como entender de outra forma esse ato que elege como fonte de votos “a classe média”, essa entidade inclassificável no Brasil pós Lula?
Quem é a nova classe média? Quem são os estudantes que hoje ocupam as “salas universitárias”, de quem fala FHC? Os alunos do Pró Uni? Seus pais? São esses a nova classe média. Eles estão felizes e orgulhosos de ver seus filhos na Universidade e trabalhando. Não cederão facilmente aos apelos da elite.
Foi o que entenderam analistas políticos e parlamentares da oposição que se apressaram em discordar do manifesto a eles dirigido.
O que se queria um roteiro para colocar a oposição num trilho capaz de conduzi-la ao poder, em 2014, acabou sendo repudiado como um grande mal entendido.
Na verdade, esses parlamentares estão vivendo a política no dia a dia, no Congresso Nacional e em suas bases eleitorais, ao contrário de FHC que escreve em seus confortáveis aposentos em Higienópolis, mirando, sem dúvida, a História no futuro, a sua.
O manifesto, todavia, foi saudado, sem reserva, pela velha mídia, quem foi bastante acariciada pelo ex-presidente quando escreve “as oposições não devem, obviamente, desacreditar do papel da mídia tradicional: com toda a modernização tecnológica, sem a sanção derivada da confiabilidade, que só a tradição da grande mídia assegura”. Uhal!
O ex-presidente também faz um agrado às redes sociais. Só esqueceu-se que, hoje, as redes sociais não são apanágio dos ricos e da elite intelectual. Ao contrário, servem de contra ponto à velha mídia.
A História andou e com ela a sociedade brasileira, só FHC não viu.
“Desistam do povão e dos movimentos sociais” soou como um bordão nos ouvidos daqueles que consideram que a essência de uma nação é o seu povo e que as organizações sociais são dispositivos de fortalecimento da democracia.
E o ex presidente Lula do alto de sua sabedoria, aquela que não se aprende na escola, mas se recebe como dádiva, foi quem melhor respondeu ao ex presidente FHC: “Já tivemos um presidente que preferia cheiro de cavalo ao cheiro do povo”, disse Lula que prosseguiu: "O povão é a razão de ser do Brasil e dele fazem parte a classe média, a classe rica, os mais pobres. Todos são brasileiros".
Palavras de um Estadista.
Afugente o natural e ele volta a galope. O natural de Lula é estar do lado do povo brasileiro.
quarta-feira, 13 de abril de 2011
O PSDB deve educar a sua militância
Por Dalva Teodorescu
Em seu longo panfleto sobre o papel da oposição o ex presidente FHC esqueceu-se de dizer que, antes de tudo, o PSDB deve educar a sua militância.
A falta de ética e a agressividade de militantes que divulgam calúnias pela Internet para desqualificar o governo petista e, sobretudo, o ex presidente Lula não é digno de um partido que reivindica para si o monopólio da ética e da civilidade.
O professor Frederico Alves Pinto, da rede pública estadual que se valeu de uma charge do cartunista Jean, da Folha de São Paulo, com o ex- presidente Lula, em uma prova do Programa de Avaliação da Aprendizagem Escolar aplicada a alunos do ensino médio, da Secretária Estadual da Educação de Minas Gerais, é emblemático desse tipo de militância tucana.
Os alunos deveriam identificar na charge a relação com os movimentos sindicais dos anos 80, a luta pela valorização do trabalho e a corrupção no caso mensalão.
Os professores se revoltaram com a questão e o sindicato dos professores reagiu. Descobriu-se que a charge nunca publicada pelo cartunista foi usada sem sua autorização.
Uso indevido do trabalho alheio, manipulação ideológica de alunos pré-adolescentes, calúnia, falta profissional agravada por se tratar de um exercício de avaliação da área da educação. Aqui já ultrapassamos de longe o registro da ética e estamos quase entrando no campo das infrações cívicas.
Ao invés de se dedicar à formulação de propostas concretas para ajudar o PSDB a sair da máquina a perder votos, sua militância prefere continuar abaixando o nível da política, com calúnias de baixo calão, divulgadas pela internet, contra o PT e seus líderes, que só entre eles podem ter crédito.
Esse comportamento está afastando eleitores do partido. Ouvi de uma eleitora do PSDB que não iria mais frequentar uma profissional que lhe prestava serviços e que outros clientes também estariam se afastando, em razão de seu comportamento. Psdbista convicta a profissional em questão lhe repetia “asneiras” que recebia via internet e que acreditava piamente verdadeiras.
Teria lhe jurado que a presidente Dilma fazia graves erros de português, que nunca teria lido um livro, mas tinha visto novelas. Insistiu ainda que ouviu pela televisão o torturador de Dilma dizendo que ela e o José Genoino eram ‘dedo duro’. Diante do estupor de sua cliente, também PSDBista disse: “Porque você não acreditar no outro lado também?”.
Infelizmente é isso a militância do PSDB. Na ânsia de desqualificar a presidenta é capaz de defender torturador.
Não adianta seus líderes escreverem do alto de seus galões sobre ética e honestidade se sua base mostra que é aética, sem requintes e mesmo ignorante.
Cabe aos quadros do PSDB educar esses militantes e orientar aqueles que não têm a cultura da informação a acessar os sites dos jornais do país, para não falar tanta bobagem. Informá-los que calunia e difamação por internet ou no exercício da profissão, além de atentar contra valores morais e éticos da pessoa e da nação, pode ser crime. Mais ainda, faz perder votos e credibilidade junto á classe média esclarecida e culta.
Educar sua militância é sem dúvida um dos maiores desafio do PSDB.
Em seu longo panfleto sobre o papel da oposição o ex presidente FHC esqueceu-se de dizer que, antes de tudo, o PSDB deve educar a sua militância.
A falta de ética e a agressividade de militantes que divulgam calúnias pela Internet para desqualificar o governo petista e, sobretudo, o ex presidente Lula não é digno de um partido que reivindica para si o monopólio da ética e da civilidade.
O professor Frederico Alves Pinto, da rede pública estadual que se valeu de uma charge do cartunista Jean, da Folha de São Paulo, com o ex- presidente Lula, em uma prova do Programa de Avaliação da Aprendizagem Escolar aplicada a alunos do ensino médio, da Secretária Estadual da Educação de Minas Gerais, é emblemático desse tipo de militância tucana.
Os alunos deveriam identificar na charge a relação com os movimentos sindicais dos anos 80, a luta pela valorização do trabalho e a corrupção no caso mensalão.
Os professores se revoltaram com a questão e o sindicato dos professores reagiu. Descobriu-se que a charge nunca publicada pelo cartunista foi usada sem sua autorização.
Uso indevido do trabalho alheio, manipulação ideológica de alunos pré-adolescentes, calúnia, falta profissional agravada por se tratar de um exercício de avaliação da área da educação. Aqui já ultrapassamos de longe o registro da ética e estamos quase entrando no campo das infrações cívicas.
Ao invés de se dedicar à formulação de propostas concretas para ajudar o PSDB a sair da máquina a perder votos, sua militância prefere continuar abaixando o nível da política, com calúnias de baixo calão, divulgadas pela internet, contra o PT e seus líderes, que só entre eles podem ter crédito.
Esse comportamento está afastando eleitores do partido. Ouvi de uma eleitora do PSDB que não iria mais frequentar uma profissional que lhe prestava serviços e que outros clientes também estariam se afastando, em razão de seu comportamento. Psdbista convicta a profissional em questão lhe repetia “asneiras” que recebia via internet e que acreditava piamente verdadeiras.
Teria lhe jurado que a presidente Dilma fazia graves erros de português, que nunca teria lido um livro, mas tinha visto novelas. Insistiu ainda que ouviu pela televisão o torturador de Dilma dizendo que ela e o José Genoino eram ‘dedo duro’. Diante do estupor de sua cliente, também PSDBista disse: “Porque você não acreditar no outro lado também?”.
Infelizmente é isso a militância do PSDB. Na ânsia de desqualificar a presidenta é capaz de defender torturador.
Não adianta seus líderes escreverem do alto de seus galões sobre ética e honestidade se sua base mostra que é aética, sem requintes e mesmo ignorante.
Cabe aos quadros do PSDB educar esses militantes e orientar aqueles que não têm a cultura da informação a acessar os sites dos jornais do país, para não falar tanta bobagem. Informá-los que calunia e difamação por internet ou no exercício da profissão, além de atentar contra valores morais e éticos da pessoa e da nação, pode ser crime. Mais ainda, faz perder votos e credibilidade junto á classe média esclarecida e culta.
Educar sua militância é sem dúvida um dos maiores desafio do PSDB.
FHC desiste do povão enquanto Lula faz projetos para a África
Dalva Teodorescu
Enquanto Fernando Henrique Cardoso, o ex sociólogo, escreve panfleto aconselhando a oposição a desistir do povão, o ex-metalúrgico Lula se reúne, em Londres, com o historiador Eric Hobsbawm e com a presidente da ONG inglesa Oxfam, Barbara Stocking, para discutir parcerias em projetos para o povão da África.
Ainda na capital Londrina Lula fará palestra em um seminário para empresários da Telefônica de Londres. Em seguida será homenageado, com um prêmio, pela Prefeitura de Cádiz na Espanha.
... E a caravana passa.....
Enquanto Fernando Henrique Cardoso, o ex sociólogo, escreve panfleto aconselhando a oposição a desistir do povão, o ex-metalúrgico Lula se reúne, em Londres, com o historiador Eric Hobsbawm e com a presidente da ONG inglesa Oxfam, Barbara Stocking, para discutir parcerias em projetos para o povão da África.
Ainda na capital Londrina Lula fará palestra em um seminário para empresários da Telefônica de Londres. Em seguida será homenageado, com um prêmio, pela Prefeitura de Cádiz na Espanha.
... E a caravana passa.....
O Globo continua: "PF envia ao Rio grupo antiterror para investigar a vida do atirador de Realengo"
Por Stanley Burburinho
"Assassino teria ido duas vezes a mesquita no Centro"
"Segundo os agentes federais do Santer, embora Wellington não seja muçulmano e não tenha ligação direta com a religião, ele frequentou pelo menos duas vezes uma mesquita no Centro do Rio, atualmente fechada."
"Para tentar identificar possíveis membros de um suposto grupo frequentado pelo atirador, técnicos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), da Polícia Civil do Rio, estão usando um software desenvolvido pelo FBI, a Polícia Federal americana."
"Embora seja considerado pela Constituição um crime hediondo, o terrorismo não tem tipificação penal."
TESTEMUNHO
PF envia ao Rio grupo antiterror para investigar a vida do atirador de Realengo
Publicada em 12/04/2011 às 23h40m
Antônio Werneck e Sérgio Ramalho
RIO - Apesar de tratar o caso com muitas reservas e duvidar da participação de Wellington Menezes de Oliveira em qualquer célula terrorista, um grupo de cinco agentes federais de Brasília, do Serviço Antiterrorismo (Santer) da Diretoria de Inteligência Policial (DIP) da direção-geral da Polícia Federal, desembarcou segunda-feira no Rio com o objetivo de revirar a vida do autor dos tiros que mataram 12 crianças e feriram outras 12 na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo . Os policiais estão analisando documentos, e-mails e até as imagens gravadas pelo assassino explicando o crime. Para tentar identificar possíveis membros de um suposto grupo frequentado pelo atirador, técnicos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), da Polícia Civil do Rio, estão usando um software desenvolvido pelo FBI, a Polícia Federal americana.
Assassino teria ido duas vezes a mesquita no Centro
Segundo os agentes federais do Santer, embora Wellington não seja muçulmano e não tenha ligação direta com a religião, ele frequentou pelo menos duas vezes uma mesquita no Centro do Rio, atualmente fechada. Os agentes federais informaram que apresentaram à Justiça um pedido para ter acesso e compartilhar informações e documentos já obtidos pelos policiais civis do Rio.
Embora seja considerado pela Constituição um crime hediondo, o terrorismo não tem tipificação penal. A lei não foi regulamentada. Por isso podemos acompanhar, investigar, mas não podemos abrir inquérito.
- Não temos atribuição de abrir inquérito para investigar o caso por uma falha da legislação. Embora seja considerado pela Constituição um crime hediondo, o terrorismo não tem tipificação penal. A lei não foi regulamentada. Por isso podemos acompanhar, investigar, mas não podemos abrir inquérito - explicou um policial federal de Brasília ao GLOBO.
Técnicos do ICCE estão usando o software desenvolvido pelo FBI para recuperar as informações contidas nos computadores apreendidos na casa de Wellington. O programa Encase, fornecido pela Techbiz Forense Digital, possibilita a recuperação até de arquivos que tenham sido apagados pelo atirador. Dois dos três HDs, os discos de memória dos equipamentos, estão em melhores condições.
O terceiro HD foi parcialmente queimado e, como o ICCE não tem equipamentos para recuperar as informações contidas nele, uma empresa privada se ofereceu para tentar ajudar no caso. Diretor do Departamento Geral de Polícia Técnico-Científica, o delegado Sérgio Henriques disse que os peritos priorizaram a recuperação de dados dos dois HDs que estavam em melhor estado de conservação. Com relação ao perfil psicológico do atirador, Henriques disse que um psiquiatra forense do Instituto Médico-Legal (IML) já está analisando os manuscritos deixados pelo atirador.
Perfil de Wellington ficará pronto em 20 dias
Com base no material recolhido, o psiquiatra forense vai elaborar um laudo, que será submetido a outro especialista do IML. Segundo Henriques, o perfil de Wellington deve ficar pronto em 20 dias.
As investigações da Polícia Civil indicam que Wellington teria recebido seguro-desemprego até dezembro. Os policiais civis e federais agora esperam o resultado da quebra do sigilo dos telefones (fixos e móveis), de todos os e-mails e da página do Orkut de Wellington . Oito operadoras já foram oficiadas, devendo informar os dados cadastrais dos assinantes que efetuaram ou receberam ligações entre o dia 7 de janeiro e 7 de abril deste ano, período em que Wellington morou na Rua José Fernandes, em Sepetiba. A medida atinge as empresas Oi, Google, Microsoft Corporation (dona do Hotmail), Claro, Vivo, Tim, Nextel e Vesper Embratel.
http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/04/12/pf-envia-ao-rio-grupo-antiterror-para-investigar-vida-do-atirador-de-realengo-924228355.asp
Grifos e Comentários:
1) "Segundo os agentes federais do Santer, embora Wellington não seja muçulmano e não tenha ligação direta com a religião, ele frequentou pelo menos duas vezes uma mesquita no Centro do Rio, atualmente fechada." - O Globo dá a entender que ser muçulmano e frequentar mesquitas já é suspeito.
2) "Para tentar identificar possíveis membros de um suposto grupo frequentado pelo atirador, técnicos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), da Polícia Civil do Rio, estão usando um software desenvolvido pelo FBI, a Polícia Federal americana." - Aqui O Globo dá a entender que a religião muçulmana é uma ameaça, todos terroristas, e somente a tecnologia de software dos EUA pode nos salvar dos terroristas muçulmanos.
3) "Embora seja considerado pela Constituição um crime hediondo, o terrorismo não tem tipificação penal. A lei não foi regulamentada. Por isso podemos acompanhar, investigar, mas não podemos abrir inquérito." - Acredito que nos próximos dias veremos uma campanha maciça da velha mídia contra os muçulmanos e logo depois algum político da oposição vai propor que se permita a difamação de religiões no Brasil.
"Assassino teria ido duas vezes a mesquita no Centro"
"Segundo os agentes federais do Santer, embora Wellington não seja muçulmano e não tenha ligação direta com a religião, ele frequentou pelo menos duas vezes uma mesquita no Centro do Rio, atualmente fechada."
"Para tentar identificar possíveis membros de um suposto grupo frequentado pelo atirador, técnicos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), da Polícia Civil do Rio, estão usando um software desenvolvido pelo FBI, a Polícia Federal americana."
"Embora seja considerado pela Constituição um crime hediondo, o terrorismo não tem tipificação penal."
TESTEMUNHO
PF envia ao Rio grupo antiterror para investigar a vida do atirador de Realengo
Publicada em 12/04/2011 às 23h40m
Antônio Werneck e Sérgio Ramalho
RIO - Apesar de tratar o caso com muitas reservas e duvidar da participação de Wellington Menezes de Oliveira em qualquer célula terrorista, um grupo de cinco agentes federais de Brasília, do Serviço Antiterrorismo (Santer) da Diretoria de Inteligência Policial (DIP) da direção-geral da Polícia Federal, desembarcou segunda-feira no Rio com o objetivo de revirar a vida do autor dos tiros que mataram 12 crianças e feriram outras 12 na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo . Os policiais estão analisando documentos, e-mails e até as imagens gravadas pelo assassino explicando o crime. Para tentar identificar possíveis membros de um suposto grupo frequentado pelo atirador, técnicos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), da Polícia Civil do Rio, estão usando um software desenvolvido pelo FBI, a Polícia Federal americana.
Assassino teria ido duas vezes a mesquita no Centro
Segundo os agentes federais do Santer, embora Wellington não seja muçulmano e não tenha ligação direta com a religião, ele frequentou pelo menos duas vezes uma mesquita no Centro do Rio, atualmente fechada. Os agentes federais informaram que apresentaram à Justiça um pedido para ter acesso e compartilhar informações e documentos já obtidos pelos policiais civis do Rio.
Embora seja considerado pela Constituição um crime hediondo, o terrorismo não tem tipificação penal. A lei não foi regulamentada. Por isso podemos acompanhar, investigar, mas não podemos abrir inquérito.
- Não temos atribuição de abrir inquérito para investigar o caso por uma falha da legislação. Embora seja considerado pela Constituição um crime hediondo, o terrorismo não tem tipificação penal. A lei não foi regulamentada. Por isso podemos acompanhar, investigar, mas não podemos abrir inquérito - explicou um policial federal de Brasília ao GLOBO.
Técnicos do ICCE estão usando o software desenvolvido pelo FBI para recuperar as informações contidas nos computadores apreendidos na casa de Wellington. O programa Encase, fornecido pela Techbiz Forense Digital, possibilita a recuperação até de arquivos que tenham sido apagados pelo atirador. Dois dos três HDs, os discos de memória dos equipamentos, estão em melhores condições.
O terceiro HD foi parcialmente queimado e, como o ICCE não tem equipamentos para recuperar as informações contidas nele, uma empresa privada se ofereceu para tentar ajudar no caso. Diretor do Departamento Geral de Polícia Técnico-Científica, o delegado Sérgio Henriques disse que os peritos priorizaram a recuperação de dados dos dois HDs que estavam em melhor estado de conservação. Com relação ao perfil psicológico do atirador, Henriques disse que um psiquiatra forense do Instituto Médico-Legal (IML) já está analisando os manuscritos deixados pelo atirador.
Perfil de Wellington ficará pronto em 20 dias
Com base no material recolhido, o psiquiatra forense vai elaborar um laudo, que será submetido a outro especialista do IML. Segundo Henriques, o perfil de Wellington deve ficar pronto em 20 dias.
As investigações da Polícia Civil indicam que Wellington teria recebido seguro-desemprego até dezembro. Os policiais civis e federais agora esperam o resultado da quebra do sigilo dos telefones (fixos e móveis), de todos os e-mails e da página do Orkut de Wellington . Oito operadoras já foram oficiadas, devendo informar os dados cadastrais dos assinantes que efetuaram ou receberam ligações entre o dia 7 de janeiro e 7 de abril deste ano, período em que Wellington morou na Rua José Fernandes, em Sepetiba. A medida atinge as empresas Oi, Google, Microsoft Corporation (dona do Hotmail), Claro, Vivo, Tim, Nextel e Vesper Embratel.
http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/04/12/pf-envia-ao-rio-grupo-antiterror-para-investigar-vida-do-atirador-de-realengo-924228355.asp
Grifos e Comentários:
1) "Segundo os agentes federais do Santer, embora Wellington não seja muçulmano e não tenha ligação direta com a religião, ele frequentou pelo menos duas vezes uma mesquita no Centro do Rio, atualmente fechada." - O Globo dá a entender que ser muçulmano e frequentar mesquitas já é suspeito.
2) "Para tentar identificar possíveis membros de um suposto grupo frequentado pelo atirador, técnicos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), da Polícia Civil do Rio, estão usando um software desenvolvido pelo FBI, a Polícia Federal americana." - Aqui O Globo dá a entender que a religião muçulmana é uma ameaça, todos terroristas, e somente a tecnologia de software dos EUA pode nos salvar dos terroristas muçulmanos.
3) "Embora seja considerado pela Constituição um crime hediondo, o terrorismo não tem tipificação penal. A lei não foi regulamentada. Por isso podemos acompanhar, investigar, mas não podemos abrir inquérito." - Acredito que nos próximos dias veremos uma campanha maciça da velha mídia contra os muçulmanos e logo depois algum político da oposição vai propor que se permita a difamação de religiões no Brasil.
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