quarta-feira, 12 de maio de 2010

As chacinas de moradores de rua

Por Dalva Teodorescu

Nas últimas semanas houve três assassinatos de jovens da periferia de SP pela polícia militar de SP, dois eram motoboys. O atual governador Albert Goldman repudiou os assassiantos e pediu apuração dos casos.

Ontem houve nova chacina na zona norte de São Paulo onde morrerram 6 pessoas, 5 delas eram moradores de rua que dormiam sob um viaduto e foram assassinados durante o sono. Testemunhas falam que os assassinatos foram praticados por 5 motociclistas com capacetes. O governador de São Paulo pediu investigação rigorosa e disse que "moradores de rua não importunam ninguém". O fato é que importunam muita gente e o próprio Cardeal Arcebispo de São Paulo Dom Odilo Scherer mandou cercar toda a área que dá acesso à escadaria da Catedral da Sé para impedir que os moradores de rua durmam na escadaria da Igreja. Quão longe são os dia que Dom Paulo Evaristo Arms era arcebispo de SP e a Catedral da Sé palco de acolho aos excluídos.

Os assassiantos de moradores de rua são recorrentes. O próprio governador se apressou em dizer que os moradores de rua se matam entre eles e em geral por problemas de drogas, mas que as investigaçoes serão feitas ainda assim. Quem trabalha com moradores de rua sabe que essas investigações em geral não dão em nada. Ontem, no final do dia, todos os jornais de televisão anunciavam a chacina dizendo que o fato estava relacionado ao tráfico de drogas.

Todas as vezes que ocorrem assassinatos de moradores de rua as investigações concluem que as mortes estão ligadas ao tráfico ou consumo de droga e que os assassinatos foram praticados por outros moradores de rua. A situação de rua piorou muito na gestão do Kassab.

A polícia de São Paulo é uma das mais mal pagas do Brasil, e não sei se por isso também uma das mais violentas. O fato foi denunciado pela Anistia Internacional.

A criminalidade aumentou 23% em SP. No mês anterior, as estatisticas da Secretaria de Segurança Pública de SP já tinha registrado aumento de roubo seguido de latrocínio em SP.

O curioso é que a Folha de São Paulo anunciou o aumento de 23 % da criminalidade em SP em manchete, mas só para o público paulista. Nos outros estados usou outra manchete denunciando os gastos públicos do governo federal. Pode?

A Insegurança Pública em SP sem dúvida será um tema importante da campanha de Aloísio Mercadante para o governo de São Paulo. Não é possivel que com todo o caos que virou as áreas voltadas para o social em SP o PSDB continue no poder.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Serra é economista ou engenheiro?

Por Daniela

Acabei de ler no "fora de pauta" do Blog do Nassif, o que dois internautas colaram do Jornal da A União de João Pessoa.

Segundo conta, Serra parece não ter registro como economista, nem sequer bacharelado. O mesmo acontece com seu "título" de engenheiro.

Veja no segundo e terceiro comentários: http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2010/05/11/fora-de-pauta-507/

Será que ele vai se manifestar sobre isso?

Quem tem medo da Dilma? Eu tenho medo é do Serra!

Por Daniela


Outro dia, um taxista me falou: “você não tem medo da Dilma?”. Eu até ri: medo por quê? Eu não, eu tenho medo é do Serra.

Pronto, começava mais uma das minhas inflamadas conversas sobre PT X PSDB. Minha indignação não era com a pessoa, claro, mas com os absurdos do governo Serra-Kassab que, por terem todo o apoio da imprensa, seus horrores não vêm à tona na grande mídia.

Alguém falou que os sem-teto ficaram mais de uma semana acampados na frente da prefeitura em SP?

Se você acompanhar a blogosfera, eu disse a ele, você vai saber de coisas incríveis. Daí passei a desfilar os problemas da nossa cidade e do nosso estado que anda pra trás enquanto todo o Brasil melhora incrivelmente.

É que paulista não percebe. Eu amo minha cidade natal, mas a maioria dos paulistas e paulistanos, infelizmente, se acha superior em comparação aos brasileiros dos outros estados. Acha que está perdendo e fica com raiva do governante errado.

Na visão desse pessoal que pensa que é elite, baiano é vagabundo e preguiçoso; mineiro é devagar, carioca esperto demais e o resto... Que resto? Norte e nordeste é uma coisa só. Centro-Oeste não existe e o sul é só o Rio Grande do Sul: dos gaúchos por aqui só vemos ser contestada a sua masculinidade, ou então, dizer que são grosseiros.

E os paulistas? Como são? Como se comportam nos outros estados?

O infeliz plano do PSDB paulista de “sãopaulizar” o Brasil vai, ainda bem, de mal a pior.

Mesmo assim, é mais que necessário avisar avisar avisar. Sabe por quê? Porque se não o xuxu vai vencer para o cargo de governador e aí, pessoal, aí a coisa vai ficar realmente perigosa aqui no Estado.

Já falamos e demos referências sobre os assuntos enchentes em SP e sobre o tratamento truculento de Serra dado aos professores em greve no estado. Procurem o post “Estou otimista mas ainda tem gente que me tira do sério” neste blog. Preferimos não repetir o assunto e deixamos um pouco mais para frente a divulgação da lista Serra (desmantelando) X Lula (construindo), aguardem. Tem muito assunto: lixo, transporte público, superfaturação das obras do Metrô e do rodoanel, verbas exorbitantes para propagandas que anunciam para o estado obras financiadas com verba federal, o desrespeito com a população mais pobre, os misteriosos incêndios em favelas, as tributações estaduais – as mais caras do Brasil – e seus desvios de verba. Dalva já falou aqui também da viagem em campanha eleitoral de Serra paga com verba pública. Bom, gente, vou parar que a lista parece não ter fim!

Assim, o meu colega taxista – que bem sabe o caos que essa cidade ficou em fins de 2009 e início de 2010 – começou a pensar até que disse: “é mesmo, na época da Marta, eu via, no meu ponto na Largo Paissandu, o caminhão lavar a rua todo santo dia. Hoje só tem sujeira e cheiro de urina”. Que bom! esse entendeu!

É essa a cidade que queremos?

Eu tenho muito medo do que o PSDB/DEM está fazendo em São Paulo. Imagine só o que eles vão fazer com o Brasil.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Uma fofoca contada contada por Carlos Chagas

Por Dalva Teodorescu

Por volta das 6 horas da manhã, o jornalista Carlos Chagas, ferenho crítico de tudo que pode lembrar o presidente Lula, e nem falar então da pré-candidata petista Dilma Roussef, confidenciou que cerca de três semanas o exministro Márcio Thomas Bastou organizou em sua casa um jantar com Dilma Rousseff, o patrão da Folha de São Paulo, Otávio Frias Filho e o patrão da revista Veja, Roberto Civita. O encontro foi sigiloso. Não se sabe o que ali foi discutido.


Nada se falou se o dr. Ruy Masquita e o Sr. Roberto Irineu Marinho foram convidados para o jantar. O fato é que não estavam presentes.

Mas eu queria ser mesmo uma mosquinha para saber o que foi falado nesse jantar.

A Globo e o Estadão se dobram diante dos evangélicos

Por Dalva Teodorescu

Agora é fato. A rede Globo de Televisão e o Jornal O Estado de São Paulo sempre prontos a atacar os evangélicos, qualquer que seja a ocasião, se calaram sobre o evento que reuniu mais de 100 mil evangélicos em Santa Catarina e que prestigiou o pré-candidato José Serra como um verdadeiro presidenciável. A organização do evento foi inteiramente paga com os cofres do Estado e da Prefeitura, ambos governados pelo PSDB. Cerca de 800 mil foram gastos. Uso de dinheiro público e da máquina governamental para promover eventos de promoção religiosa ou política é crime.


Sim, mas como dizia George Orwel “todos somos iguais, mas alguns são mais iguais que os outros”.

A Folha de São Paulo denunciou o escândalo. Isto a Folha tem feito. Já o Estadão e a Globo não viram nada. Nada. Nada. Num silêncio de morte sobre o evento pouparam os evangélicos de suas críticas mordazes e, assim, o crime por abuso de bem social praticado pelo pré-candidato tucano. Afinal, como criticar os evangélicos se desta vez agiram para homegear o candidatos que os interessa?

Justiça eleitoral em debate

Por Dalva Teodorescu

Por falar em justiça eleitoral assiti a um debate no programa Entre Aspas de Mônica Waldvogel na Globo News entre o advogado Alberto Rolo e um membro do TSE, Luis Carlos dos Santos Gonçalves, que me deixou de boca aberta. A apresentadora insistia em saber se poderia ser passível de aplicação de multa a presença da pré-candidata Dilma Rousseff e o presidente Lula. Existiam, segundo a apresentadora, indícios de propaganda subliminar no modo como o presidente se referia a quem deveria lhe suceder no comando do país. Os debatedores insistiam em falar que a lei era ridícula, mal feita e que deveria ser mudada, mas era a lei, resultado de uma minirreforma eleitoral feita no ano passado. Antes era ainda mais esdrúxula nossa lei eleitoral. Mônica Waldvogel voltava à ilegalidade do ato da exministra e do presidente. Tinha envolvimento do dinheiro do sindicato. Depois de muito debate a jornalista perguntou se o fato do exgovernador José serra ter ido a um ato dos evangélicos em Santa Catarina, pago com dinheiro do governo estadual e municipal, se era passível de multa. Os dois debatedores responderam juntos, quase eco, num salto, dizendo que nesse caso era muito pior, era crime, porque era uso de verba do governo que é dinheiro público. Lembrou que o ato foi inteiramente pago com dinheiro público. Não se sabia se o PT ou qualquer cidadão tinha entrado com representaçao contra o PSDB no Ministério Público. Monica calou, como quem tinha ultrapassado a barreira do permitido e com sutileza mudou de assunto. O assunto voltou na discussão, mas a jornalista tomou o cuidado de nomea-lo “o acontecimento de Santa Catarina”. Nunca mais se falou no ato evangélico nem em Serra nem em PSDB. Fiquei imaginando o quanto deve ser frustante para qualquer profissional, principalmente o jornalista que tem por função primeria o compromisso em trazer informação à populaçao, ter que abrir mão da honestidade e da ética com a qual certamente foi formada, para satisfazer compromissos patronais que vão muito além da lógica ideológica e partidária.

Justiça eleitoral nega representação do PDSB contra o Sensus

Por Dalva Teodorescu

A Justiça eleitoral não aceitou pedido do PSDB de aplicação de multa ao Instituto de pesquisa Sensus. O STE considerou que não houve qualquer irregularidade no registro e no prazo de divulgação da pesquisa que apontou empate técnico. De acordo com Carta Capital, a guerra entre os Institutos de pesquisa começou bem antes da divulgação dessa pesquisa em encontro reunindo os diretores dos maiores institutos. A Datafolha já tinha atacado a Vox Populi e o Instituto Sensus olhava a briga de camarote achando que ele seria a terceira opinião, longe da briguinha dos dois. Doce ilusão. A Datafolha partiu para o ataque da segunda Instituição e tentou desqualificar as duas pesquisas.


Agora a Sensus foi inocentada pela Justiça eleitoral. Os opinadores dos jornais televisivos e da imprensa escrita que tanto alardearam as denúncias do PSDB contra o resultado da pesquisa Sensus agora soltam uma notinha bem discreta. O silêncio da mídia e da oposição (o que é a mesma coisa) é de regra nesses casos, saudamos então as notinhas de final de cadernos.