quarta-feira, 20 de outubro de 2010

PF diz que não foi comprovada utilização de dossiê em campanha eleitoral

Por Dalva Teodorescu


Desmentindo matéria da Folha de São Paulo de hoje, a PF emite nota afirmando a não comprovação da utilização de dossiê, sobre quebra de sigilo fiscal, em campanha eleitoral.

Esperamos que a Folha se retrate diante de seus leitores, pois agora é o Portal de O Globo que divulga a mentira publicada no Jornal Paulista.


20/10/2010 às 17h10m
Jailton de Carvalho

PORTAL GLOBO

BRASÍLIA - A Polícia Federal afirmou nesta quarta-feira que no inquérito que aponta o jornalista Amaury Ribeiro Júnior como o mandante da quebra do sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, foi constatado que os dados foram utilizados para relatórios, "mas não foi comprovada sua utilização em campanha política".

Em nota, a PF informa que as provas apontam que o jornalista "utilizou os serviços de levantamento de informações de empresas e pessoas físicas desde o final de 2008 no interesse de investigações próprias". ( Entenda o escândalo da Receita )

O diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, defendeu nesta quarta-feira a investigação. Segundo ele, a PF não se pauta por interesse político partidário.

- O que queremos é afirmar de novo é que a PF fez um trabalho investigando fatos. E o que tem conotação política partidária não pauta a atuação da Polícia Federal - afirmou Corrêa.

Ainda segundo a PF, em 120 dias foram ouvidas 37 pessoas em mais de 50 depoimentos, que resultaram em sete indiciamentos.

"A Polícia Federal refuta qualquer tentativa de utilização de seu trabalho para fins eleitoreiros com distorção de fatos ou atribuindo a esta instituição conclusões que não correspondam aos dados da investigação", diz a nota.

Reportagem da "Folha de S.Paulo" desta quarta-feira mostrara que a investigação da PF tinha feito uma conexão entre a quebra do sigilo fiscal de pessoas ligadas ao candidato do PSDB à Presidência, José Serra, e o suposto dossiê preparado pelo chamado "grupo de inteligência" da pré-campanha de sua adversária, a petista Dilma Rousseff.

De acordo com o inquérito da PF, Amaury Ribeiro pagou R$ 12 mil ao despachante Dirceu Rodrigues Garcia que, a partir de uma rede de auxiliares, obteve os dados de Eduardo Jorge, além da filha e do genro de Serra na Receita.

Leia abaixo a nota na íntegra:

"Brasília/DF - Sobre as investigações para apurar suposta quebra de sigilo de dados da Receita Federal, a Polícia Federal esclarece que:

"1- O fato motivador da instauração de inquérito nesta instituição, quebra de sigilo fiscal, já está esclarecido e os responsáveis identificados. O inquérito policial encontra-se em sua fase final e, depois de concluídas as diligências, será encaminhado à 12ª Vara Federal do Distrito Federal;

"2- Em 120 dias de investigação, foram realizadas diversas diligências e ouvidas 37 pessoas em mais de 50 depoimentos, que resultaram, até o momento, em 7 indiciamentos;

"3- A investigação identificou que a quebra de sigilo ocorreu entre setembro e outubro de 2009 e envolveu servidores da Receita Federal, despachantes e clientes que encomendavam os dados, entre eles um jornalista;

"4- As provas colhidas apontam que o jornalista utilizou os serviços de levantamento de informações de empresas e pessoas físicas desde o final de 2008 no interesse de investigações próprias;

"5- Os dados violados foram utilizados para a confecção de relatórios, mas não foi comprovada sua utilização em campanha política;

"6- A Polícia Federal refuta qualquer tentativa de utilização de seu trabalho para fins eleitoreiros com distorção de fatos ou atribuindo a esta instituição conclusões que não correspondam aos dados da investigação."

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