Por Dalva Teodorescu
Hoje, em Manchete, mas uma vez, o Estadão se põe a serviço da oposição, desta vez tentando colar na Petrobrás a etiqueta de fragilidade. Estampa na capa os bilhões de perda em bolsa, sabendo que o valor, por mais que pareça enorme para nós pobres leitores, não diz nada quando se fala em bolsa de valores.
Ontem, a manchete era sobre como Serra deve enfrentar PT, não Dilma, mas o PT para defender as privatizações.
Uma estratégia muito bem montada. Enquanto as atenções se voltam para o teatrinho da descriminalização do aborto, a direitona se organiza para atacar os temas onde se sabe frágil, como a fortalecimento da Petrobrás na maior capitalização da atualidade, em todo o mundo.
Essa realidade os tucanos estão tentando deturpar com suas manchetes repetidas. O jornal reconhece que a queda nas cotações das ações da Petrobrás resulta “de expectativas de supostas denúncias de irregularidades no processo de capitalização”.
Esses boatos nasceram no meio financeiro, mas não só. O candidato José Serra já disse que, se for eleito, não vai mudar as regras de exploração para o Pré-Sal, mantendo o sistema como está favorece as multinacionais.
É isso que está em jogo e é aí que está uma das diferenças cruciais entre dois modelos de governo, que devem ser sustentadas e ressaltadas.
Outro ponto importante é que José Serra venceu no primeiro turno somente nos estados onde se desenvolve o Agronegócio. É só olhar na cartografia dos resultados das eleições, que aliás alguém poderia colocar na rede.
É por isso que fica muito estranha a aliança do PV com a candidatura Serra e talvez seja por isso que Marina esteja tão constrangida com essa aliança.
Não se pode pregar o desenvolvimento sustentável e apoiar o agronegócio.
As pesquisas de opinião mostraram que o povo identifica Serra como o candidato dos ricos. Vox populi Vox Dei, que assim continue sendo.
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