sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A opinião do Courrier International sobre a velha mídia brasileira

Por Dalva Teodorescu


Os jornais se apressaram em divulgar editorial de Financial Time dizendo que Serra seria melhor opção para o Brasil, nesse momento porque realizaria uma política mais liberal (Menos Estado na economia).

O Jornal O Estado lembrou que antes do Jornal Britânico, revista Economist também manifestou seu apoio ao candidato do PSDB.

O jornal do Dr. Ruy omitiu que as duas publicações pertencem ao mesmo grupo e adotam a mesma linha editorial liberal.

Antes do primeiro turno, muitas publicações estrangeiras se dedicaram ao do governo presidente Lula, sem merecer tanto destaque.

Uma publicação do Frances Courier International trás análises do governo Lula produzida pelas revistas veja, Época e Isto É, além do jornal português, o Público e de um analista mexicano.

Veja, Época e O Público fazem críticas ferozes ao governo Lula, mas também acabam com a ideia de um Brasil socialmente e economicamente melhor, preferem ressaltar o que temos de pior e, lendo o artigo, numa publicação estrangeira fica mesmo constrangedor.

Coube ao Courrier International, em editorial e em um artigo assinado por Paul Jurgens, logo abaixo da crítica virulenta de Época e Veja, precisar que quatro grandes famílias dividem entre si o controle das principais mídias brasileiras: Marinho, Mesquita, Frias e Civita.

Segundo o colunista do Courrier, essas famílias nunca admitiram a eleição de Lula, um presidente com pouca instrução vindo de um estado pobre e formado no sindicalismo.

Paul Jurgens informa ainda que recentemente essas mídias dispararam uma campanha contra Dilma Rousseff na esperança de 'tirar fora" o Partido dos trabalhadores da presidência da República.

A publicação francesa reproduz 3 capas de Veja, uma manchete da Folha e outra do jornal Extra (de O Globo) para ilustrar como as matérias dos jornais são as vezes caricaturais.

Mas, segundo Jurgens, o eleitor não é ‘tapado’ e em respostas a algumas dessas manchetes, as piadas circulam massivamente no Twitter.

O artigo termina dizendo que essa imprensa parece ter perdido sua influência de antigamente. Hoje, diz a matéria, o fato que seu leitor se situa na região sudeste, a mais rica do país, limita sua irradiação.

Isto, segundo o colunista, porque a sociedade tem hoje acesso à informação pelas ONGs e por Internet.

O autor lembra ainda que outras TV abertas adotaram uma postura cautelosa em suas críticas ao governo, sem dúvida para não afastar seu público constituído dos menos favorecidos e da baixa classes média que continuam a admirar um presidente como eles.

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